sábado, maio 7

SEDE DE PODER

Na página «Notícias Lusófonas» dá-se conta do comportamento aberrante, anacrónico e anti-democrático da Igreja católica em Timor.

Segundo a Lusa: A Igreja Católica quer que o caos passe ao Poder em Timor-Leste.
«Novas exigências da igreja católica timorense inviabilizaram, o fim da manifestação anti-governamental que há 19 dias mantém o país em suspenso. Exorbitando todas as suas funções num Estado de Direito, a Igreja parece apostada em levar o país para o caos.
A situação em Timor parece um barril de pólvora prestes a explodir, e o porta-voz do Episcopado, padre Domingos Soares, bem se esforça por «incendiar» os ânimos dos manifestantes.
O piedoso prelado tenta acirrar os ânimos da multidão de fanáticos que arregimentou explicando-lhes como devem actuar no caso de a Polícia utilizar gás lacrimogéneo, bem como a forma de a enfrentar caso os tente dispersar pela força.O primeiro-ministro Mari Alkatiri já fez cedências «importantes» à Igreja, um erro estratégico, e assim a saga continua. E a História permite prever que continuará até ao estabelecimento de uma teocracia, uma ditadura religiosa fundamentalista.
A Igreja timorense segue o preconizado por João Paulo II em «Memória e identidade»; ”Parlamentos que criam e promulgam essas leis devem estar conscientes de que transgridem os seus poderes e se colocam em conflito aberto com a lei de Deus e a lei natural”.
N’«O Evangelho da Vida» (1995), João Paulo II, pedia a desobediência pública a César em nome de Deus: «Quando uma lei civil legitima o aborto ou a eutanásia, deixa de ser, por essa mesma razão, uma verdadeira lei civil, e por isso moralmente obrigatória... Está inteiramente privada de autêntica validade jurídica».
Aliás, ele o nunca aceitou a democracia, a que chamou «uma liberdade que cria escravos», uma nova Serpente Bíblica a tentar com o fruto do conhecimento populações que certamente preferiria, tal como o actual Papa, manter simples e longe da influência de intelectuais...

PS: Nas últimas horas o governo e os bispos chegaram a acordo. Mas na surrelfa os padres mais fundamentalistas, continuam a instigar a xenofobia contra Alkatiri.

2 comentários:

  1. Pois é, há que distinguir entre a vontade (ou os hábitos) das pessoas, e a manipulação da Igreja. São coisa diferentes. As primeiras aprendem com o tempo, é preciso compreender, negociar, ceder, educar; a segunda... vai piorando, e não há educação que resista à manipulação e à catequização.

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