Miguel Cadilhe, o ministro das Finanças de Cavaco Silva, acusa o ex-primeiro-ministro de ser o principal responsável pelo Novo Sistema Retributivo da Função Pública, que conduziu ao enorme aumento da massa salarial dos funcionários no início dos anos 90 e que representa hoje 15% do PIB, sendo a terceira administração pública mais cara da União Europeia.
Diz Cadilhe: «Os trabalhos preparatórios do novo sistema retributivo da função pública (...) correram sob a responsabilidade directa de Cavaco Silva, como ele próprio afirma na sua ‘Autobiografia Política’», e recorda que, no Conselho de Ministros de 1989 em que foi aprovado o novo sistema, apresentou as suas preocupações e procurou sujeitar a sua aplicação à redução de outras despesas e à melhoria da produtividade. Contudo, o Governo não deu a devida continuidade a estas restrições e isso «teve efeitos avassaladores» sobre as despesas correntes do Estado.
Sublinha que tentou contrabalançar o novo sistema nomeadamente com a introdução de auditorias externas aos serviços, mas Cavaco desistiria delas, confessa Cadilhe, «nem sei bem porquê».
O ex-ministro conclui: «Admito que a resistência dos burocratas se tenha aliado às conveniências eleitorais e anti-reformistas dos políticos».
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segunda-feira, maio 30
O PAI DO MONSTRO
Posted by A.Mello-Alter at 5/30/2005 01:19:00 da tarde
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Não sabia que o Cadilhe era de esquerda!!!
ResponderEliminarO maior ataque feito a Cavaco, vem da área política dele.
Se António Vitorino for candidato,aposto que o Cavaco não avança.
Meus amigos, imaginam o que seria o pobre Professor Cavaco Silva na Presidência da República? Era o mesmo que um bom mecânico em Director de Relações Públicas da oficina...
ResponderEliminarNunca se percebeu muito bem o triste fim político de Cavaco Silva. Aquilo do tabu... E agora também já não vale a pena tentar perceber. Mas que o homem não tem jeito nenhum para político, toda a gente já entendeu. Só a cegueira eleitoralista de certas pessoas, que se sentiriam desforradas de muitas derrotas por verem ganhar um candidato de Direita (será?...) e apostam nele como quem aposta num cavalo (o Cavalo Silva??), fizeram criar este mito de que seriam «favas contadas» (no qual, aliás, eu nunca acreditei) e ainda persistem em empurrar o pobre homem para mais outro vexame. Não bastou o primeiro (a Direita, em geral, tem a memória curta...)? Deixem o pobre Professor em paz! Com sorte e algum discernimento (que, diga-se, lhe tem faltado), ainda talvez possa finalmente terminar a sua vida pública com algum brilho, como Governador do Banco de Portugal, por exemplo (sim, porque para esse cargo acredito que tenha ele mérito).