O Presidente e o primeiro-ministro timorenses esperaram ontem em vão pelos dois bispos católicos para a cerimónia de assinatura da Declaração Conjunta que poria fim à manifestação anti-governamental, que se prolonga há 18 dias em Díli.A imprensa e o Corpo Diplomático foram convidados para a cerimónia que devia realizar-se na Presidência da República, mas ao fim de duas horas e meia, o Presidente Xanana Gusmão desistiu de esperar, explicando aos jornalistas que a Igreja ainda está a trabalhar no documento.
Para o documento ser assinado, os bispos Alberto Ricardo Silva, de Díli, e Basílio do Nascimento, de Baucau, deveriam ter respondido à contraproposta que lhes foi remetida quarta-feira pelo Presidente e pelo primeiro-ministro timorenses, cujo conteúdo não foi divulgado.
Entretanto, contactado pela Agência Lusa, o Vigário-geral, ou vigarista geral? da Diocese de Díli, padre Apolinário Guterres, disse desconhecer qualquer convite para uma cerimónia de assinatura de documentos em que estivessem presentes os dois bispos.
Uma autêntica vergonha, a falta de respeito desta escumalha.
sexta-feira, maio 6
POUCA VERGONHA
Posted by A.Mello-Alter at 5/06/2005 01:24:00 da tarde
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No meio desta história triste e rocambolesca, que me parece ainda ir acabar mal, o mais inadmissível é uma confissão religiosa supostamente "civilizada", como a ICAR (Igreja Católica Apostólica Romana), maioritária ou não, arrogar-se o direito de representar politicamente os seus "fiéis" e exigir um diálogo directo com o Governo Democrático de Timor Loro Sae!
ResponderEliminarIsto não é admissível do ponto de vista democrático - nenhuma Igreja tem legitimidade política para interpretar a vontade dos seus "fiéis", apenas se devendo representar a si própria enquanto força da Sociedade, como qualquer outra colectividade ou Associação -, nem sequer do ponto de vista religioso - a única entidade religiosa reconhecida com direitos politico-diplomáticos é o Estado do Vaticano, ou Santa Sé; todas as restantes estruturas da ICAR devem permanecer rigorosamente apolíticas (o que não significa que não possam emitir opiniões, como qualquer Cidadão)!
Digamos que, por exemplo, se houvesse um qualquer conflito institucional entre a C. M. do Porto e um qualquer grupo de adeptos do F. C. P., suponho que representantes da maioria do eleitorado portuense (ou talvez não, como os Católicos em Dili...), o Rui Rio teria que assinar acordos "políticos" com a Direcção do dito Clube? Pois a situação em Dili (por favor, não escrevam nem leiam Díli...) tem, na minha opinião (desculpem lá os micróbios), os mesmíssimos contornos (então, assim já dá mais "pica"?).
Passei pra deixar-te um beijo e dizer que tenho poeminha novo By Vênus, quando puder, volte...
ResponderEliminarBJS
Meu caro Micróbio,quanto às pessoas que aqui comentam, eu não posso fazer nada.
ResponderEliminarEu limito-me a expor as minhas opiniões...
Achas que devo dar um 'pirolito' por cada comentário?