quinta-feira, maio 5

SANTO DO PAU OCO

A devota subserviência e o benevolente esquecimento sobre os pesados pecados de João Paulo II, são o prenúncio da reabilitação do cardeal Ratzinger, de que o Opus Deis, a Comunhão e Libertação e os Legionários de Cristo e outras horrendas seitas tratam de levar a cabo.

Sabe-se que a manifestação organizada no funeral, a exigir a rápida canonização, «santo súbito», foi organizada por um padre polaco e por membros da igreja do seu país natal, que distribuíram os cartazes e orquestraram os slogans, como num qualquer comício político.

João Paulo II, considerou o tenebroso Pinochet e a amantíssima esposa como «casal cristão exemplar», ministrou-lhes embevecido a eucaristia e apareceu à varanda do Palácio La Moneda com o frio torcionário para ser ovacionado pelos devotos, sem se lembrar de que, naquele mesmo palácio, se tinha suicidado Salvador Allende, presidente eleito, deposto pelo golpista seu amigo.

Intercedeu pela libertação de Pinochet quando foi detido em Londres, por crimes contra a humanidade, por ordem do juiz Baltasar Garzon, usando argumentos jurídicos. Pediu a sua libertação, alegando que os crimes foram cometidos quando gozava da imunidade de Chefe de Estado. Como se o facto de criminosamente ter tomado o poder, fosse justificativa.
Em 23 de Fevereiro de 1981, quando o grotesco tenente-coronel Tejero Molina tentou restabelecer a ditadura, deu-se a coincidência de estar reunida a Conferência Episcopal Espanhola. Nem o Papa, nem os bispos nem o seu núncio apostólico condenaram a tentativa de golpe de Estado, limitaram-se a recomendar aos espanhóis o piedoso exercício da oração.
Não se limitou a apoiar as ditaduras fascistas da América do Sul, empenhou-se em derrubar os governos democráticos de esquerda numa cegueira insana de quem confundiu sempre as ditaduras estalinistas com o socialismo democrático resultante de eleições livres e submetido à alternância democrática.

Em relação à SIDA o defunto Papa portou-se como um verdadeiro criminoso. Não se limitou a aconselhar a castidade como propalam os seus sequazes, foi cúmplice da mentira que atribuía ao preservativo «minúsculos orifícios» permeáveis ao vírus e promoveu a informação sobre a sua inutilidade em países africanos onde o flagelo está sem controlo. O arcebispo de Nairobi foi ainda mais longe atribuindo aos preservativos responsabilidade pela SIDA sem ter sido desautorizado pelo Papa, apesar do ruído mediático feito à volta da boçal declaração.Muitas violações de crianças se teriam evitado nos Estados Unidos, se em vez de um silêncio cúmplice, exigindo discrição à Igreja sobre os casos de pedofilia dos padres americanos, apesar das repetidas chamadas de atenção que lhe foram feitas, tivesse mandado comunicar os casos às autoridades.

Mas que poderia esperar-se de um admirador de José Maria Escrivá de Balaguer, a quem fez santo, esse grande admirador de Franco que mandou assassinar centenas de milhares de adversários políticos mas nunca faltou à missa e à eucaristia?

7 comentários:

  1. Filha da puta já sei quem tu és estas condenado a morrer.

    ResponderEliminar
  2. Oh pá... afinal eu estava a chamar-lhes: demagogos, manipuladores, mas "eles", os micróbios, vão mais longe... são mesmo é terroristas! Apetece dizer: que meeeedo! Até parece que eles não estão, também, condenados a morrer... Devem achar que ficam cá para semente. Isso (ficar cá) faz parte do vosso pacto com o diabo, sr. anonymous?
    Para responder, como convém a estas ameaças terroristas, só mesmo citando o maior filósofo (e não só) do século XX: "todos os homens têm de morrer um dia, mas nem todas as mortes têm o mesmo significado. Há aqueles cuja morte lamentamos, que serão lembrados para sempre e os outros (a escória da sociedade, digo eu) cuja morte é uma bençao para os vivos". Paz à sua alma, sr. anonymous! Deus lhe perdoe, se puder, porque a humanidade nunca poderá fazê-lo...

    ResponderEliminar
  3. Meu caro Biranta:Tenho a certesa que o Micróbio não tem nada a ver com o 'desgraçado' anonymous.

    ResponderEliminar
  4. Meus caros fiquei com tanto medo do filho de uma égua anónimo que vou abandonar o meu blog.
    Nunca mais vou emitir a minha opinião.
    Ha,ha,ha,ha, puta que o pariu...

    ResponderEliminar
  5. Pessoal, exige-se moderação na linguagem...

    Senão um dia ainda regredimos outra vez às cavernas.

    E VIVA O SPORTING!

    ResponderEliminar
  6. Oh meu amigo micróbio!
    Antes de mais as minhas desculpas pela confusão. Depois, o meu "problema", com o Papa, não é aquilo que ele fez ou não, é os méritos que nos querem impingir, falsamente, que teve. Isto porque a igreja se arvora o direito de influenciar e interferir na vida de todos nós, de influenciar as leis, etc. Portanto, também temos o direito de dizer o que pensamos acerca destas mistificações. Até para não nos impingirem "mais do mesmo", esperando que os tolos, os papalvos porque nos tomam, batam palmas. Agora repare numa coisinha: você não quer que se façam extrapolações das atitudes do Papa, mas fá-las, relativamente aos outros, ainda por cima como forma de inibir as ideias e a sua livre expressão. Compreenda! Quer em relação ao presente, quer em relação ao passado, a sua "verdade" e avaliação não são únicas, nem absolutamente isentas... São apenas as suas e de quem pensa como você (tal como as versões dos factos).

    ResponderEliminar
  7. Por favor,moderação nos palavrões.
    Completamente de acordo com o A.Castanho.

    ResponderEliminar