quarta-feira, maio 20

Memórias

Essa estranha mania que nós temos de “de tudo dar fé”, será de alguma utilidade?

Agora que li uma história sobre o largar o dia-a-dia para ir ver uma “novidade” um “facto inusitado”, trouxe-me memórias antigas e pôs-me a pensar. Coisa rara…

Nos princípios dos anos setenta, houve um inverno muito rigoroso. Durante várias semanas nevou na serra de São Mamede. Foi tanta a neve que os lobos, ainda os havia, com fome, desceram da serra e atacaram rebanhos nas áreas de Aldeia da Mata, Monte da Pedra, por aí. Lembro-me de ser afixado um Edital a aconselhar os caçadores a não irem sozinhos para o Mato de Alter.

Naquela altura, nós costumávamos sair do colégio depois do almoço e ir á taberna do “tio” Luis Lagarto beber um copo de “três” e comprar cigarros a vulso. Lembro-me agora que num dia não parei e fui á porta da câmara ler o Edital.

Não me lembrava de nada disso, apareceu-me ontem num “flash” de memória. Nem sei que impulso me levou naquela tarde a quebrar a minha rotina.

Será que foi, sem saber, a necessidade de contá-lo trinta e muitos anos depois? Será que todos nossos actos têm um objectivo?

1 comentário:

  1. Pois, meu caro,
    na minha opinião todos os nossos actos além de terem consequências, acontecem com determinado objectivo.
    O objectivo dos actos, por vezes não é muito claro, mas com o passar do tempo vamos perceber. Acontece também, que o objectivo desse acto pode não ser para nos satisfazer a nós ou ao nosso interesse, mas qualquer outra pessoa ou outro interesse, mesmo assim não deixa de ser um objectivo.

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