"Fátima: nos bastidores do segredo", o mais recente livro de Fina d'Armada e Joaquim Fernandes, promete suscitar ainda mais dúvidas sobre as aparições na Cova da Iria de Maio a Outubro de 1917.
Editada pela Âncora Editores, a obra investe na complexificação do conceito, já que, para os autores, todo o processo reúne não apenas a componente religiosa, mas também a política, social e científica. Talvez por isso os dois investigadores acreditem que o acontecimento foi, sobretudo, uma construção habilmente tecida pelo regime da época, com a ajuda dos meios religiosos. "Existem duas Fátimas: a primeira, surgida em 1917, e a segunda, datada de 1942, com a publicação das memórias de Lúcia, nas quais se registaram alterações profundas em relação ao seu depoimento inicial", sustenta Fina d'Armada.
Durante meses a fio, ambos os investigadores coligiram centenas de documentos,contactaram testemunhas e confrontaram fontes diversas. Tudo somado, não têm dúvidas que a existência de Fátima encontra raízes muito profundas nas "estruturas mentais instaladas". Como afirma Joaquim Fernandes, "a Humanidade precisa de acreditar em algo. Apesar das tecnologias e dos recentes avanço, continuamos a ser muito teodependentes, pelo que, se este mito cair, não tardarão a ser criados sucedâneos".Jesuítas determinantes
A principal revelação de "Fátima - nos bastidores do segredo" prende-se com aquilo que os autores consideram ser o papel determinante dos jesuítas na construção do mito. "Foram eles que transformaram umas pequenas aparições num país rural num fenómeno quase único à escala mundial", adianta Joaquim Fernandes.
Apesar das profusas informações fornecidas, a dupla de investigadores não tem pejo em afirmar que persistem enormes dúvidas quanto ao que realmente ocorreu. Negando a hipótese de alucinação colectiva, Fina d'Armada fala em "estímulo externo" como forma de ajudar a explicar o que sucedeu. "Os presentes ouviram aquilo que podíamos definir como um zumbido", explica a autora, adiantando que a compreensão do fenómeno não pode ser alcançada sem o estudo de uma vasta gama de saberes, como a neurociência."Acima de tudo, queremos desmistificar crenças, pois ainda estamos muito longe da compreensão da realidade", completa Joaquim Fernandes.
Editada pela Âncora Editores, a obra investe na complexificação do conceito, já que, para os autores, todo o processo reúne não apenas a componente religiosa, mas também a política, social e científica. Talvez por isso os dois investigadores acreditem que o acontecimento foi, sobretudo, uma construção habilmente tecida pelo regime da época, com a ajuda dos meios religiosos. "Existem duas Fátimas: a primeira, surgida em 1917, e a segunda, datada de 1942, com a publicação das memórias de Lúcia, nas quais se registaram alterações profundas em relação ao seu depoimento inicial", sustenta Fina d'Armada.
Durante meses a fio, ambos os investigadores coligiram centenas de documentos,contactaram testemunhas e confrontaram fontes diversas. Tudo somado, não têm dúvidas que a existência de Fátima encontra raízes muito profundas nas "estruturas mentais instaladas". Como afirma Joaquim Fernandes, "a Humanidade precisa de acreditar em algo. Apesar das tecnologias e dos recentes avanço, continuamos a ser muito teodependentes, pelo que, se este mito cair, não tardarão a ser criados sucedâneos".Jesuítas determinantes
A principal revelação de "Fátima - nos bastidores do segredo" prende-se com aquilo que os autores consideram ser o papel determinante dos jesuítas na construção do mito. "Foram eles que transformaram umas pequenas aparições num país rural num fenómeno quase único à escala mundial", adianta Joaquim Fernandes.
Apesar das profusas informações fornecidas, a dupla de investigadores não tem pejo em afirmar que persistem enormes dúvidas quanto ao que realmente ocorreu. Negando a hipótese de alucinação colectiva, Fina d'Armada fala em "estímulo externo" como forma de ajudar a explicar o que sucedeu. "Os presentes ouviram aquilo que podíamos definir como um zumbido", explica a autora, adiantando que a compreensão do fenómeno não pode ser alcançada sem o estudo de uma vasta gama de saberes, como a neurociência."Acima de tudo, queremos desmistificar crenças, pois ainda estamos muito longe da compreensão da realidade", completa Joaquim Fernandes.
Sem comentários:
Enviar um comentário