«Se o homem, com a sua inteligência, não chega a reconhecer Deus como criador de tudo, isso fica-se a dever (...) sobretudo ao obstáculo interposto pela sua vontade livre e pelo seu pecado.»
Karol Wojtyla
A autonomia individual só pode, portanto, ser condenada sem ambiguidades.
«Iludindo-o, (ao homem), vários sistemas filosóficos convenceram-no de que ele é senhor absoluto de si mesmo, que pode decidir autonomamente sobre o seu destino e o seu futuro, confiando apenas em si próprio e nas suas forças. Ora, esta nunca poderá ser a grandeza do homem».
Karol Wojtyla
O indivíduo não pode portanto querer ser senhor do seu destino. Querer fazê-lo é «iludir-se» e afastar-se da «grandeza». Segue-se, inexoravelmente, a ideia de que só é verdadeiramente «homem» quem tem «fé».
«O homem contemporâneo chegará a reconhecer que será tanto mais homem quanto mais se abrir a Cristo, acreditando no Evangelho».
Karol Wojtyla
E está tudo dito, só se é livre se se for crente, se abandone a liberdade individual e quem não quiser nada disto é menos homem. Verdadeiramente um pensamento totalitário.
quinta-feira, abril 14
ENCICLICA «FIDES ET RATIO»
Posted by A.Mello-Alter at 4/14/2005 01:24:00 da tarde
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Camarada bloguista, vou ser sincero: acho um pouco precipitada a tua conclusão. Não será que, na base dela, estão um pouco de má-vontade e preconceito perniciosos?
ResponderEliminarDevemos começar por combater a intolerância e o totalitarismo dentro de nós.
As citações que escolheste da Encíclica Papal (quem me dera ter tempo para ler tanto como tu!...), apenas salientam uma alegada LIMITAÇÃO do pensamento e da condição humanos, não os condenam.
Não se diz em lado nenhum que se é menos Homem sem Fé, apenas que isso impede de atingir o conhecimento absoluto.
Não digo que esta afirmação não seja discutível (não tenho a certeza é de estar preparado para a discutir, dada a minha deplorável educação filosófica, mas isso é outra conversa...), o que eu me permito evidenciar-te é que ainda ninguém teve a coragem de defender que o Homem, mesmo que gozando da plenitude da sua liberdade, pelo menos no sentido comum do conceito, é auto-suficiente para se arrogar a ambição de, um dia, atimgir o conhecimento absoluto.
O resto, bem, é de facto uma questão de Fé, que eu não consigo partilhar (porque me considero agnóstico), mas não tenho capacidade para poder negar.
Um abraço e até Maio! Aí é que temos mesmo que nos encontrar: está prevista a realização de um concerto de Música Antiga na Matriz, no dia 14, por um grupo amador de que eu também faço parte, como cantor (vê lá para o que me havia de ter dado!)!
Desculpa lá o abuso: vai ver os meus comentários (finalmente!) ao texto do amigo João Aurélio - e já agora, se puderes, avisa-o tabém a ele!
ResponderEliminarObrigado.
Gostei d eler...tinha muito a dizer mas ando "Ocupadita"----Hoje tenho o Sarau da escola: casa cheia (400 lugares sentados); estou a "tombos" com os ensaios...nem dormi direito.. Jinho, BShell
ResponderEliminarAmigo A.Castanho
ResponderEliminarÉ provável que tenhas razão. Mas meu caro amigo, eu não escrevo para anunciar certezas, mas para exorcizar dúvidas. E se possível obter respostas.
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É isso que eu tento fazer sempre. Consegui-lo…são outros quinhentos.
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O Papa é um homem, logo, alegadamente limitado para adjectivar o pensamento humano.
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A maneira como a Igreja refere as pessoas sem Fé, diz tudo. E uma coisa é ter fé, outra é conhecer.
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Só discutindo nos preparamos para entender. “da discussão nasce a luz”
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Eu também sou Agnóstico, não sou ninguém para negar a fé dos outros. E em face de uma prova…estou aberto a rever os meus conceitos.
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Até Maio...