sábado, janeiro 12

COMENTÁRIO A...

http://cronicadoplanalto.blogspot.com/2008/01/quero-l-saber.html
Ao ler este comentário, soou-me que se estava a chamar subdesenvolvido a quem se preocupa com o que a referida lei diz. Penso que a mesma não irá ser posta em prática, pelo menos no coração dos crentes, pois estes não deixam que as leis dos homens interfira na sua fé (atenção: refiro-me à fé cristã, e não à “fé” de sair o euromilhões ou outro jogo, nem mesmo no tempo que fará amanhã);
Nós, crentes, católicos, preocupamo-nos muito mais com outra Lei, aquela dada por Deus a Moisés…ou seja, aos Mandamentos. E cremos que se os mesmos fossem cumpridos, ainda que no resumo dos mesmos - Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos - se estes fossem cumpridos, quão diferente seria o mundo! Mais…bastava cada um, não fazer ao outro o que não gostaria que lhe fizessem a si…e viveríamos “num mar de rosas”! Pois, como diz S. Paulo aos romanos “O amor é o cumprimento perfeito da Lei” (Rm 13,10) «Essa frase conclui uma ampla parte da “Carta aos Romanos”, na qual são Paulo nos apresenta a vida cristã como uma vida de amor, voltada para os nossos irmãos e irmãs. De facto, esse é o novo culto espiritual que o cristão é chamado a oferecer a Deus, inspirado pelo Espírito Santo, que é o primeiro a suscitá-lo nos corações.
Resumindo o conteúdo das suas palavras, o apóstolo afirma que o amor ao próximo nos faz actuar, plenamente, perfeitamente, a vontade de Deus contida na Lei, isto é, nos mandamentos. O amor para com os nossos irmãos e irmãs é o melhor modo, o mais autêntico, para demonstrar o nosso amor a Deus.»
Quanto às fotos, faziam parte da História desses tempos (hoje, provavelmente será assim também, com os actuais representantes da Nação) e estou convencida, que nessa altura, as crianças nem sequer sabiam em que regime estavam…muito menos as alternativas…pois, era tema que não se falava nas escolas e em casa os pais também não falavam, embora me recorde hoje de meias palavras que ouvia e não percebia…e só bem mais tarde vim a compreender, como por exemplo, sempre que o meu avô falava mais alto, lá vinha a minha avó mandá-lo calar e perguntar-lhe se queria ir fazer companhia aos amigos. Só depois do 25 de Abril, soube que esses amigos tinham saído da prisão (Caxias ou Tarrafal) onde passaram parte das suas vidas.

Outra lembrança que me vem sempre à memória foi o dia em que uma avioneta fez cair na vila uns papelinhos com o desenho de uma foice e um martelo. A minha mãe apanhou um e levou-o para a fábrica; quando o mostrou, o responsável pelo pessoal, tirou-lho e meteu-o imediatamente no lume, dizendo para não dizer nada a ninguém, pois “ eles andavam aí”, e ela podia ser presa se a vissem com aquele papel na mão. Ela em casa perguntou ao meu avô e este disse-lhe para ela , não só esquecer o assunto, como estava proibida de o contar a alguém, pois “eles” não perdoavam nada. Hoje nós sabemos quem eram “eles” e as crianças de hoje… saberão…?
Logo, se o assunto dos símbolos religiosos não tira o sono a alguém, a mim , também não, mas preocupa-me; pois , estou a ver-me privada da liberdade que pensei ter adquirido com o 25 de Abril…
Hoje proibem-se as imagens de santos na escolas, no nome das mesmas, depois serão os de hospitais e a seguir? Isto para não falar no fecho de escolas pelas quais a minha geração tanto lutou, e agora os hospitais...Centros Sociais...Confesso que não conheço este tipo de "democracia"... onde não se respeita a maioria da população, para "não ferir susceptilidades "duma minoria....e onde as pessoas são apenas números e é preciso terem menos de 40 anos, pois com mais que isso já "não servem para nada"...

M.Joaquina

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