sábado, fevereiro 2

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Vi atentamente a entrevista de quinta-feira, não só porque gosto, mas também porque contava com um convidado que admiro há muito.
Marinho Pinto nestes últimos dias não disse nada de novo. Limitou-se a fazer eco do que todos os portugueses estão “carecas” de saber. Vivemos num país de corruptos. A lei do “quanto mais roubares, mais esperto és”, está-nos no códico genético e a nossa classe dirigente não fez mais do que aperfeiçoar esta nossa aptidão. Tornaram-se mestres na arte do “trambique”.
A história da escuta telefónica que ele relata entre os dois ministros é nova para mim. Mas para quem conhece os três figurões, não é difícil perceber quem faz a chamada, quem a recebe e quem “assina qualquer merda”. (Nobre Guedes chama, Thelmo Correia atende e Costa Neves faz de “pateta alegre”. Histórias do período mais negro da vida nacional desde as Invasões Francesas.

Há uma faceta neste caso do Portucale que, por mais que me esforce, não consigo entender.
Se temos um projecto sucessivamente rejeitado pelos técnicos durante quinze anos que é aprovado ás pessas. Conversas telefónicas que relacionam os ministros assinantes, o banco promotor do projecto e o á altura director financeiro de um partido político. Partido que recebe centenas de financiamentos dados por pessoas fictícias e com muito sentido de humor como; Jacinto Leite Capêlo Rêgo.

Estão á espera de quê Senhores Procuradores?

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