O POLVO

As transcrições do Diário de Notícias das escutas telefónicas no âmbito do “Caso Apito Dourado”, são a prova do estado nojento a que chegou o futebol português.

Boavista - Alverca (2-1), golos marcados nos 7 minutos de compensação. Valentim Loureiro informou o árbitro, Paulo Pereira, da classificação do observador do jogo - oito pontos. "Já sabe que conta aqui comigo", disse o major ao juiz.

Belenenses - Boavista, árbitro Bruno Paixão. Conversa entre João Loureiro e Ezequiel Feijão, ex-árbitro e observador da Liga, o presidente do Boavista pede que a equipa de arbitragem seja abordada, dando as instruções:
-"Ele [Bruno Paixão] chegou onde pediu (...), se quer umas viagenzinhas para o ano e tal... temos... temos... de atalhar caminho, pá!(...) Tu pediste... foi-te concedido".

Boavista - Beira-Mar. João Loureiro contactou o observador Pinto Correia para este dar um "toque" ao árbitro Nuno Almeida, assim:
"Que nós que temos grande consideração(...), é malta que o pode fazer chegar onde ele quer... porque ele é ambicioso e tal".
Pinto Correia responde:
-"Eu sei como é que lhe dou a volta".

Marítimo - Nacional da Madeira, o árbitro Martins dos Santos foi escutado a confessar que prejudicou o Nacional:
-"Queriam lá um penalty, mas eu puni o gajo com amarelo."
Ao árbitro foi prometida a subida de escalão na arbitragem do seu filho André Santos .
-"Consegue dar-me essa graça que eu responsabilizo-me pela outra", disse Martins dos Santos a António Henriques da FPF.

È assim. Mas não vai dar em nada.
O Major Batateiro vai continuar a arengar em todas as televisões, como se fosse uma pessoa séria.
O idiota do filho vai continuar a ser presidente do Boavista, pelo menos até o pai o levar ao “colo” para um “tacho” mais lucrativo.
Os árbitros corruptos vão continuar a ser os mais bem classificados no fim dos campeonatos.
E a pouco e pouco “juizezecos” de mão, vão arquivando processos por falta de provas.
Só neste país miserável, é que um tipo indiciado por corrupção no futebol, continua a mandar no futebol.