segunda-feira, setembro 11

11 DE SETEMBRO

Hoje é segunda-feira 11 de Setembro, e eu devia discorrer sobre a “vaca fria” como todos
Mas não me apetece, que se lixe.
Não tenho “pachorra” para ofender as duas maiores famílias terroristas do mundo: Bush e bin Laden.

Prefiro dar a ler Manuel da Fonseca.

SEGUNDA

Quando foi que demorei os olhos sobre os seios nascendo debaixo das blusas, das raparigas que vinham, à tarde, brincar comigo?...
... Como nasci poeta, devia ter sido muito antes que as mães se apercebem disso
e fizessem mais largas as blusas para as suas meninas. Quando, não sei ao certo.
Mas a história dos peitos, debaixo das blusas, foi um grande mistério.
Tão grande que eu corria até ao cansaço.
E jogava pedradas a coisas impossíveis de tocar, como sejam os pássaros quando passam voando.
E desafiava, sem razão aparente, rapazes muito mais velhos e fortes!
E uma vez, de cima de um telhado, joguei uma pedrada tão certeira, que levou o chapéu do senhor administrador!
Em toda a vila, se falou, logo, num caso de política; o senhor administrador mandou vir, da cidade, uma pistola, que mostrava, nos cafés, a quem a queria ver; e os do partido contrário, deixaram crescer o musgo nos telhados com medo daquela raiva de tiros para o céu...
Tal era o mistério dos seios nascendo debaixo das blusas!

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