sábado, setembro 23

CACIQUISMO

Um documento secreto da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), traça um plano estratégico de contestação à nova legislação.
As autarquias pretendem interromper o apoio às instituições do Estado, como o combustível para a GNR (o que poderá reduzir a mobilidade das patrulhas), fotocópias à PSP (entre outros consumíveis), serviços nas escolas e centros de saúde (pequenas reparações, pinturas, jardinagem, etc.).
Além disso, não está afastada a possibilidade de ser reduzida a periodicidade da prestação de alguns serviços básicos às populações, como a recolha do lixo.


(Correio da Manhã)

Ontem na Antena 1, o presidente da ANMP, Fernando Ruas, negou peremptoriamente a existência do dito documento. Mas admitiu a intenção de usar de todos os meios ao seu alcance para chantagear o governo.
Não lhes passa pela cabeça cortar nos carros de luxo, nas rotundas, nas múltiplas inaugurações das obras de fachada e nos dinheiros que vão parar aos cofres dos seus partidos e aos bolsos dos “patos bravos” por via de obras sobre avaliadas.
Mas sim, pôr em causa a segurança e a saúde ambiental da populações. Até com os doentes e as crianças estão dispostos a “jogar”.
Se os autarcas estão dispostos a afrontar o governo, para quê usar os mais fracos? Porque não se recusam, por exemplo, a receber os seus chorudos ordenados?
Eu não consigo entender, como é que numa democracia, no século XXI, ainda há lugar na política para este género de caciques trogloditas.
Não será altura dos munícipes começarem a corrê-los à pedrada?

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