quarta-feira, abril 30

Mas será que Paulo Portas nunca vai ser responsabilizado pelas 62.000 fotocópias roubadas do Ministério da Defesa?

Os Outros Galegos

Crónica do invisível: I. O mar em Lisboa
Partimos de Padrão, dai fomos a Pontevedra, onde se uniu a nós o quinto ocupante do carro. Martinho mostrou-nos o ponto exacto onde mataram Alexandre Bóveda. Sentimo-nos muitos no carro, mais dos que éramos, e éramos muitos...
O trajecto até Lisboa foi um fio de palavras. As conversas foram connosco, o já feito, o por fazer... O cansaço tomou logo conta dos corpos, paramos, Ângelo pode assim descansar os olhos enchendo-os de verde em lugar do negro do asfalto. Tiramos a primeira foto. Eu lembrei-me, como é meu costume, de todos os que estavam connosco sem estar... entre eles Rosalia, entre eles Bóveda, entre eles a minha mãe a me ensinar o cantar da joaninha:
“Voa joaninha voa, que teu pai vai em Lisboa, e vai-che traguer pão e cebola...” deves repetir até que a joaninha voar...
E a canção do “Malhão” que eu sempre julguei era galega e depois foi que aprendi que o não era. Aqueles foram tempos em que eu vivia de verdade imersa na lusofonia... e as nossas casas feitas polos castrejos de Castro Laboreiro, e o senhor João, e o Freitas que traz café, sabão, e as duas mulherinhas de olhos gázios, mãe e filha, a nós trazer os panos de cozinha, os refaixos, e as toalhas, e a feira de Santos de Montalegre... e os bois, e a chega, e subir as calças, e os guardinhas sempre a perguntar:
- Mas que há de novo lá por Lisboa?
- Cousa má nenhuma, somente ouvi dizer que o mar se volvera papas.
- Mas isso não pode ser...!
E atravessar um lameiro e do outro lado é Portugal... “Mas como pode ser isso?” De crianças procurávamos entender o que era a fronteira; depois fomos aceitando que era invisível, que era algo no que se falava, algo que nos obrigava a ir classificando tudo...
A canção do Malhão é portuguesa... A da Carolina é galega. Eram tempos sem televisão, e as rádios, como nós, também não aprenderam a parar suas ondas em raias imaginárias e nós sentíamos Montalegre ali pertinho. É estava mesmo.
Hoje o mundo recoloca-se todo dentro de nós e as conversas vão servindo de apoio a este processo que vai tendo lugar em cada um de nós... e o acordo do 86, e o do 91, e os que chegaram a Lusofonia pola via do estudo e a análise profunda, e os que simplesmente nascêramos ali, e depois se nos arrancou para nos transplantar na Hispanofonia... Eu fui desses que não chegaram a prender; e hoje mentes o carro vai bebendo os ventos que nos falam do futuro, vamos abraçando naquinhos esquecidos do nosso passado... E como sempre, era à terceira que os guardinhas eram enganados...
- Mas que há de novo lá por Lisboa?
- Coisa má nenhuma, somente que quando eu vir, vi como a gente toda, grandes e pequenos, homens e mulheres, iam com colheres a correr para o mar....
- Aió, pois olha que vai ser certo que o mar se volvera papas...!
E os guardas do nosso jogo corriam também para o mar, e a raia era livre e nós passávamos de um lado para o outro vencedores ao final.
E chegamos a Lisboa; ao pouco tempo veio o Estraviz e Manuela, e depois Alexandre e Margarida; Joel ligou para nós, ao telefone de Ângelo, e combinamos para o dia a seguir, o dia da Assembleia da República. E lá estava eu, começara enganando a uns guardinhas há perto de quarenta anos e agora era eu a que viera até Lisboa com a minha colher. Era tarde, mas ainda levávamos trabalhinhos para ser acabados no silêncio dos nossos quartos. Foi um momento no que eu agradeci todos os conselhos que me foram dados. Dormimos.
De manhã, logo de um pequeno almoço, ao que, a meu modo de ver, o nome não lhe liga nada bem, fomos para o Palácio de São Bento; uns de metro e outros no carro de Margarida para carrejar os livros; já lá estavam Teresa e Rodrigo. Fomos os primeiros em chegar, os galegos e galegas chegamos mesmo antes de que se abrissem as portas.
Éramos onze em total, todos convidados pola Assembleia. Todos respeitados como membros da Lusofonia, e assim nos receberam, e assim no-lo fizeram sentir também os primeiros portugueses que foram chegando, reconhecendo aos mais velhos entre nós, falando em encontros passados, e fazendo sonhar aos mais novos com um dia ser assim reconhecidos polos que hoje aqui encontrávamos.
A manhã começou a ir deixando passar os oradores. Abriu a sessão o Presidente da República; a seguir falou o presidente da Academia de Ciências de Lisboa; depois veio Bechara e o abraço morno do Brasil; falou também o representante de São Tomé e Príncipe; e finalmente, com uma energia que se fez notar, fechou esta sessão a Presidenta do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (CPLP).
Antes de a gente ir a almoçar, os corredores se encheram, as mãos se encontraram, os cartões e os livros mudam de lugar, os sorrisos, os jornalistas, as televisões, o descanso, a imensa escalinata, o bacalhau, o vinho verde, a sobremesa e o café, ai o café... o café aqui é outra cousa, o café aqui é “o café”...
De volta na nobre sala continuou a jornada. Falou o primeiro dos convidados, Vasco de Graça Moura, que não soube estar a altura de si mesmo, talvez por ele se saber perdedor antes de abrir a boca. Atrás dele falou Carlos Reis, que o derrubou com a primeira frase, e continuou a falar com palavras e com suas mãos e com seus olhares vivos e sinceros, e com verdades... e no momento da pausa todos o quiseram cumprimentar e nem foi possível para todos conseguir isso. Na pausa voltaram as conversas e os abraços e os irmãos que nos chamaram de irmãos... sim, definitivamente, por incrível que pareça, o mar se volvera papas e eu fora lá convidada.
A pausa foi breve e pronto voltamos todos à sala. A mesa estava agora integrada polos representantes dos diferentes grupos parlamentares, e ante eles falaram todos os da audiência que tinham turno para isso. Começou a sessão Malaca Casteleiro. Ele estava sentado do lado dos galegos, junto dele estava Bechara, e o outro dos três daquela bancada era Estraviz; eu tive o privilégio de tirar a foto. Lá permaneceram os três, eu lembro ter pensado que nem sempre é por acaso que o destino junta a gente.
Atrás de Casteleiro falaram o resto de oradores; todos se foram alinhando com o discurso de Carlos Reis e o apoio ao acordo ortográfico, com alguma excepção, como a do livreiro que parecia magoado por ter que destruir tanto livro como há na norma antiga... e ele não reparou em que isso nunca se tem feito ao longo da história, se isso se fizer poucos livros de valor haveria nas bibliotecas das Academias; mas enfim, ele falava em nome dos livreiros...
Finalmente chegou a nossa hora, a hora dos galegos... Eu estava sentada no meio, equidistante entre Alexandre e Ângelo, os nossos oradores; agora era a nossa voz que ia encher a sala. Primeiro falou o Alexandre, e todos falamos com ele; depois falou o Ângelo, e todos falamos com ele.
Falamos bem e fomos cumprimentados depois, saudados, parabenizados, e até talvez por algum, temidos, os galegos... Nós, contentes, nossa pertença a Lusofonia tornara-se o que tinha que ser: óbvia... Não podemos saber aonde poderemos chegar, sabemos é que lá chegamos, e sabemos que vínhamos de muito longe e não nos vamos precipitar agora que estamos mais perto... Nós entraremos onde quer que tenhamos de entrar...
Como lhe dizia o Ângelo ao representante do PCP “Os galegos entramos na Lusofonia pola porta grande” E eu reparei que as portam eram muito grandes, e como no conto dos guardinhas, que deixavam o passo livre, estas portas foram abertas para nós passar... E nós passamos, e nos sentimos em casa, aquele espaço era nosso.
Com o final da tarde vieram as despedidas e os planos de futuro. Mas o dia ainda não ia acabar ai para nós que estávamos sendo aguardados no Baixo Chiado, lá na Brasileira, polos membros de AGAL de Lisboa que nos prepararam uma festa que coroou um dia que nascera republicano... Na porta da Brasileira, sem medo da chuva que nos seguira até Lisboa, tiramos nossas fotos com Pessoa, mesmo parece que levava muito tempo a nos aguardar...(continua)

Concha Roussia
Santiago de Compostela, 12 Abril 2008


Nota:
Para mim, homem do sul, os galegos são outros. Para os Alentejanos, os galegos eram gentes das contratas vindos das Beiras em ranchos de maltrapilhos, fazer as ceifas e obrigar a baixar as magras jornas. Estes são outros. Vivem para lá do rio Minho e sentem orgulho em pertencer á Lusofonia. Falam um Português com outro tempêro, que não deixa de ser a língua de todos nós.

terça-feira, abril 29

Portugal no "nosso" melhor


O Guardador de Rebanhos (Alberto Caeiro)

I
Eu nunca guardei rebanhos,
Mas é como se os guardasse.
Minha alma é como um pastor,
Conhece o vento e o sol
E anda pela mão das Estações
A seguir e a olhar.
Toda a paz da Natureza sem gente
Vem sentar-se a meu lado.
Mas eu fico triste como um pôr do Sol
Para a nossa imaginação,
Quando esfria no fundo da planície
É se sente a noite entrada
Como uma borboleta pela janela.
Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma
Quando já pensa que existe
E as mãos colhem flores sem ela dar por isso.
Como um ruído de chocalhos
Para além da curva da estrada,
Os meus pensamentos são contentes.
Só tenho pena de saber que eles são contentes,
Porque, se o não soubesse,
Em vez de serem contentes e tristes,
Seriam alegres e contentes.
Pensar incomoda como andar à chuva
Quando o vento cresce e parece que chove mais.
Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.
E se desejo às vezes
Por imaginar, ser cordeirinho
(Ou ser o rebanho todo
Para andar espalhado por toda a encosta
A ser muita cousa feliz ao mesmo tempo),
É só porque sinto o que escrevo ao pôr do Sol,
Ou quando uma nuvem passa a mão por cima da luz
E corre um silêncio pela erva fora.
Quando me sento a escrever versos
Ou, passeando pelos caminhos ou pelos atalhos,
Escrevo versos num papel que está no meu pensamento,
Sinto um cajado nas mãos
E vejo um recorte de mim
No cimo dum outeiro,
Olhando para o meu rebanho e vendo as minhas ideias,
Ou olhando para as minhas ideias e vendo o meu rebanho,
E sorrindo vagamente como quem não compreende o que se diz
E quer fingir que compreende.
Saúdo todos os que me lerem,
Tirando-lhes o chapéu largo
Quando me vêem à minha porta
Mal a diligência levanta no cimo do outeiro.
Saúdo-os e desejo-lhes sol,
E chuva, quando a chuva é precisa,
E que as suas casas tenham
Ao pé duma janela aberta
Uma cadeira predilecta
Onde se sentem, lendo os meus versos.
E ao lerem os meus versos pensem
Que sou qualquer cousa natural
Por exemplo, a árvore antiga
À sombra da qual quando crianças
Se sentavam com um baque, cansados de brincar,
E limpavam o suor da testa quente
Com a manga do bibe riscado

Avenida da República 1904 / Lisboa


segunda-feira, abril 28

Lisboa, 25 Abril 2008





Fotos. Lumife

Da Blogosfera

Paulo Portas: a impunidade não pode continuar - 3
(...)
Porque foi a incúria (no mínimo) de Paulo Portas pelo interesses do Estado que levou Portugal a enterrar uns faraónicos €1,07 mil milhões na aquisição de dois submarinos - que o país vai ficar a pagar por largos anos - de que o país precisa tanto como ... de um porta-aviões (bem sei, bem sei, que a Marinha invocava o periscópio da Espanha a controlar-nos os mares). Mas a lógica desse contrato começa a ser mais inteligível quando está sob investigação judicial um estranho pagamento na conta em Londres da empresa ESCOM (UK), ligada ao BES, (pelo menos 24 milhões) de onde aparentemente foram desviados fundos para, através de contribuições de militantes imaginários como o tal "Jacinto Leite Capelo Rego", rechear as contas do partido de Paulo Portas... (E não só, e não só!.... uma fonte militar que viveu por dentro o processo da aquisição dos submarinos disse-me recentemente que mal Paulo Portas se meteu a negociar o contrato e fez entrar a ESCOM ao barulho e naturalmente mais gente, de outros partidos na AR, o contrato passou a custar mais 35%! Ao Estado, ao nosso bolso colectivo, sim, sim!)
(...)
Ana Gomes em Causa Nossa

Nota:
Muito branda, a eurodeputada. Este nosso hábito de não chamar o verdadeiro nome ás coisas, levou o país á desgraçada situação em que se encontra. Eu estou plenamente convencido, que Paulo Portas nunca fez nada por incúria. Justiça lhe seja feita.

TV da Síria

Sem Comentários

domingo, abril 27

Candidatos VI

Santana Lopes. Há Santana Lopes! É o desejado de José Sócrates, que apanhou o jeito de o zurzir forte e feio. Das revistas cor-de-rosa que vão vender como uva mijona. Dos média em geral que deliram com as suas trapalhadas. E do Crónicas do Planalto, que também adora as gaffes do nosso dandy.

E como eu ansiava, ele não nos vai falhar. Já o tinha anunciado na A.R, e o Circo Ambulante que montou nos últimos messes,* era só mais um pronuncio. Só quem não acompanhava o seu blog, podia duvidar. Com os constantes anónimos, (ele próprio?), a implorar que voltasse. Está decidido. O Crónicas apoia o Lopes.

THE SHOW MUST GO ON

PS: Se o maluquinho da ilha também se candidatar, tenho que apoiar os dois. Fa-lo-emos em dias alternados.

sábado, abril 26

Partido Rasca

Alguém falava há anos na Geração Rasca. Eu penso que ela está bem plasmada no que é neste momento o grupo parlamentar do CDS/PP.

O discurso lido sexta-feira por Mota Soares, subordinado ao tema Família e Demografia, foi a peça mais estúpida e desconchavada que me foi dado ouvir nos últimos tempos.

Não faço ideia de que escreveu aquela trampa, Paulo Portas?. Mas fosse quem fosse, devia tê-lo lido e percebido, que o que não era disparate, contradizia toda a prática do partido.

Salvé Cavaco


Apesar de a personagem nos dizer muito pouco, não nos podemos esquecer que é o Chefe de Estado. Vê-lo sentado no lugar de honra da Assembleia da República, recorda-nos a Assembleia Regional onde não lhe foi permitida a entrada.
È gratificante ver o presidente recuperado da humilhação a que se sujeitou na Madeira.
Nem o investimento num novo mandato, justifica ser refém dum triste ditadorzeco de meia pataca.

sexta-feira, abril 25

25 de Abril, sempre...



Agradecimento a:

Concha Rousia (Galiza)

ABRIL, REVOLUÇÃO

…..
Quem a fez era soldado

homem novo, capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
…..

Ary dos Santos

Lembro-me perfeitamente do dia. Manhã fria e chuvosa, saímos como todos os dias ás 6,30 da manhã. Era assim nesses tempos, os miúdos saíam de casa pela madrugada e voltavam noite cerrada. O convívio com os pais era muito restrito.
Depois da volta habitual; Chança, Cunheira, Monte da Pedra, Aldeia da Mata, Flôr da Rosa, Crato e Alter, onde chegávamos depois das 8:00 horas, parávamos frente ao portão do colégio particular. Rapazes para um lado, raparigas para outro.
Mas nesse dia havia algo diferente no ar. No átrio das salas de aula, as funcionárias; Menina Teresa e Menina Antónia, ouviam um pequeno rádio onde não cantava o Mourão, o Artur Garcia, a Tonicha. Tocava coisas diferentes. Havia uma música ritmada que falava de fraternidade, de igualdade, de povo.
Acho que nos mandaram para casa a meio da manhã. E eu, miúdo de 14 anos, nem fazia ideia o quanto o meu mundo tinha mudado naquela madrugada
.

quinta-feira, abril 24

Negócio a Tosco

Vendemos o espaço em tosco” diz o ex-presidente do Boavista

È bem tosco este Dr. João Loureiro. Não tivera um pai perito em negócios de batatas e com um telemóvel tão bem relacionado, o Joãzinho nunca teria sido um astro da música pop, (que horror), e neste momento estaria a arrumar carros num qualquer Parque de Estacionamento dos subúrbios do Porto.

Há mesmo gente que nasce com o rabo virado para a lua.

Candidatos V

Patinha Antão também anunciou a candidatura. ´E do tipo pastilha elástica, para mastigar e deitar. A ganhar, perguntar-se-á no dia seguinte: Quem é o próximo?

quarta-feira, abril 23

Candidatos IV

De Pedro Passos Coelho, eu gosto. É jovem, tem presença, podia ser candidato ao PSD ou a namorado da Barbie. Faz política desde o berço e não se lhe reconhece uma ideia. Já deve ser professor de qualquer coisa numa dessas universidades “manhosas”. Com estes atributos, seria um excelente candidato a Primeiro-Ministro em 2013. Mas no PSD não há espaço para corridas de fundo. O futuro é já hoje e há um saco de gatos desesperados por tachos.

Deputado Compatível II

O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, afirmou domingo que a situação de Vitalino Canas, também porta-voz do PS, «não está conforme com a lei e tem que ser corrigida. Que enquanto provedor das empresas de trabalho temporário, em nome de instituições privadas, está a negociar com organismos do Estado e com a secretaria de Estado das Comunidades e Instituto do Emprego e da Formação Profissional.
Basta olhar para a televisão, para constatar que o deputado comunista está a ficar gordo instalado. Se tivesse lido o Crónicas do Planalto de 03/Abril, teria podido tomar medidas mais cedo.

http://cronicadoplanalto.blogspot.com/2008/04/deputado-compatvel.html/

O PCP já não é o que era. Depois admiremse quando forem ultrapassados pela esquerda.

terça-feira, abril 22

Serei tudo o que disserem, por inveja ou negação...

Candidatos III

Manuela Ferreira Leite, é o Dom Sebastião do partido. Há-de chegar numa manhã de nevoeiro, mas quando as eleições não estiverem tão próximas. Esta só corre p’ra ganhar. Entrando agora, queima-se. Ainda não esquecemos que enquanto Ministra das Finanças, pregava o rigor mas esquecia-se de pagar os seus próprios impostos. E teve muito a ver com 6,8% de défice.

No entanto é o único homem capaz de causar problemas a Sócrates. E vai mesmo a jogo…

Bento XVI confessa que “os escândalos de pedofilia na igreja católica americana foram mal geridos”.
È um problema de gestão? Se tivessem sido bem geridos estava tudo bem? O Papa está a falar de crianças abusadas por pessoas que deviam merecer a máxima confiança, ou numa questão de gestão noticiosa.
O rottweiler de deus, quer dizer que o problema, não foram os actos nojentos dos homens da igreja, mas o facto de não os conseguir esconder.
E fica-se pelo pedido de desculpas? Porque não expulsá-los da igreja?
É admissível que a igreja lhes pague as defesas em tribunal? Os mude de paróquia sem avisar o rebanho que espera um pastor e recebe um lobo?
Lembremo-nos que há cartas do cardeal Ratzinger a mandar os bispos americanos abafar o escândalo.

Candidatos II


José Pedro Aguiar Branco é o candidato que acabou por apear Menezes. Este já começou a fazer a folha á marionete de Rui Rio, o ódio de estimação. Não me parece que o burguesinho do Porto, como diz o outro, tenha qualquer hipótese. Além disso trás no curriculum a peçonha do santanismo. Terrível…

(desistiu a favor de Ferreira Leite)

segunda-feira, abril 21

Eu, pecador me confesso. Menti! Quando anunciei recolher-me cedo a Vale de Lençóis, pensava cumprir. Não o fiz devido ao divertimento no Magalhães Pessoa. Assim, lá tive que ver o Benfica, e esperar que “o céu não me caísse na cabeça”. O jogo foi o esperado. Uma vitória fácil do Porto. Honra aos vencidos!

Como uma desgraça nunca vem só, ontem também fui humilhantemente despedido do Rosamármore. Sem direito a pré-aviso, o sr. Barbosa, depois de me atirar á cara a sua ilustríssima linhagem familiar, a julgar pelos nomes, apontou-me a porta da rua. Muito triste…

Ficou-me no entanto o consolo de provar a mim mesmo, que apesar da minha provecta idade, ainda tenho capacidade intelectual para meter facilmente no bolso, um ilustríssimo representante da burguesia portuense, (talvez nobreza). Mas esta história, prometo contá-la mais tarde.

(Ah! Que este meu triste despedimento não vos sirva de chacota. Por favor…)

CANDIDATOS I

Vi na quinta-feira a entrevista de António Borges na RTP 1. Não se assumiu como candidato, ficou nas covas como é usual. Borges está nas mesmas condições de Santana Lopes anos atrás. È sempre indicado como “possível”, mas ninguém sabe porquê. Gosta de andar em bicos de pés.
António Borges, o presidente da minha Assembleia Municipal como político, tem um grande futuro atrás dele.

domingo, abril 20

Hoje é dia de deitar cedo. Mal batam as 20 horas, recolho-me a “Vale de Lençóis” e corto todas as minhas ligações com o mundo exterior, especialmente com o Porto. Se amanhã tiver motivos de regozijo, duvido muito, cá estarei para contar.

Portugal no "nosso" melhor


"No seu próximo mandato, virei aqui dar conta da plantação que irei fazer com as sementes que levo daqui de laurissilva”

Cavaco Silva para Alberto João


Nota:
Está descoberto o que faz um presidente “engolir sapos”. Como este mandato de Alberto João termina depois do de Cavaco, este só pode assistir ao próximo mandato, re-candidatando-se. O Sr Silva está já a trabalhar para o segundo mandato. Por um futuro apoio do “rei momo” da ilha, aceitou todas as condições e muitas mais aceitaria. A dignidade presidencial, ficou em Lisboa.

sábado, abril 19

Não entendo

Se Menezes considerou pouco tempo os quatro meses dados por Marques Mendes para as anteriores directas, porque as marcou agora só com um mês e poucos dias?
È possível neste espaço de tempo criar uma equipa coesa e credível? Haverá aí uma jogada oculta?
Quererão; “Não estou nesta corrida” e “Não estarei nesta corrida”; dizer coisas diferentes
?

Configurações


sexta-feira, abril 18

Que é feito de Sócrates?

Espantosamente, o PM anda muito apagado. Ou com menos energia. Ou com falta de motivação. Ou com pouca atenção. É certo que tem apresentado uma série de coisas novas, mas a sensação generalizada é que já ninguém liga. Porque será?
Talvez a crise. Será que o PM ainda não percebeu que os portugueses estão mal, preocupados com o seu dia a dia, inquietos com o que ainda está para vir e sem nenhum interesse em programas e políticas para a próxima década?
Sócrates é PM, mas de um país irreal. Que ia crescer muito - mas já não vai -, que estava imune à crise financeira mundial, que tinha feito as pazes com o défice. Que país é esse, o do PM?

Luís Delgado

Nota:
Em parte tem razão o “comissário político” da direita. Este modelo PS, foi “chão que já deu uvas”. Nova vitória de Sócrates, nunca com maioria absoluta e só por não haver alternativa. Eu não posso acreditar, embora na esfera profissional fosse muito bom para ele, que Luis Delgado, de sã consciência, acredite na alternativa possível do PSD. Nem a dupla acéfala Santana/Menezes pode ser levada a sério para ganhar eleições, muito menos uma coligação com um PP virtual. Depois dos escândalos com os governantes deste partido, seria temerário voltar a trazê-los para a área do poder. E muito perigoso.
Se não aparecer um homem(mulher)providencial no PSD, e eu não acredito em homens providenciais, ou se o PS não decidir mudar de líder, ainda menos crível, em 2009 é, ou Sócrates ou o caos

PS: Escrito alguns minutos antes da conferencia de imprensa de Menezes
..

quinta-feira, abril 17

TV do Qatar

Sem Comentarios

AQUI JAZ

R I P
(é hora de rasgar cartões)

quarta-feira, abril 16

A viagem á Madeira continua. Todos os deputados regionais, á excepção do BE, se foram fartar ao banquete. É complicado para um político português resistir a uma boca livre.
O presidente está a refinar-se na arte de falar. Cada vez fala mais tempo sem dizer nada.
O senhor da ilha comanda o baile a seu belo prazer e ri-se na cara dos paspalhos.
E o Sr. Silva deixou mesmo a dignidade em Lisboa. Voltará a recuperá-la?

terça-feira, abril 15

Cartas d’Além Tejo

Amigo Mello
Tenho seguido com muito interesse, no Crónicas do Planalto, o seu desafecto com o Alberto João. Tenha muito cuidado, o bicho é ladino. Esconde-se atrás da imunidade política para escoucinhar em todas as direcções, mas recorre a tribunal sempre que alguém lhe responde á letra. Ainda há pouco, um jornalista foi condenado por lhe chamar palhaço rico. Queira deus, o amigo não se arrependa como eu me arrependi amargamente.
Passo a explicar:
Eu costumo dar aos meus animais domésticos o nome de pessoas conhecidas. É olhar para eles e batizá-los. Deste modo, tenho neste momento, um cágado chamado Paulinho e um burro chamado Lopes.
O ano passado, um compadre meu, ofereceu-me um cachorro com três semanas. Bem gordinho, focinho largo, ar aparvalhado, pensei logo; Alberto João.
Registei-o, vacinei-o contra a raiva, coisa que já deviam ter feito ao seu homólogo, e o nome ficou.
Passou a ser conhecido na vizinhança e objecto de galhofa pelo nome que tinha. Mas o meu canito cresceu. Tornou-se um belo rafeiro alentejano, que em nada lembra o sabujo da ilha. Eu agora, sempre que o chamo, sinto remorsos. É como se o estivesse a ofender, a chamar-lhe um nome feio.
Eu já ouvi dizer, que para nós, querendo, se pode mudar de nome. Para os cães também será possível? Eu gostava de ver o bicho livre desta afronta.
Talvez o amigo Mello, que sabe das leis, me possa encaminhar.

Do seu criado,
Joaquim Carrapato

segunda-feira, abril 14

Abaixo de Cão

Nota:
Longe de mim tentar apoucar os cães. Este bastardo, para não dizer filho da puta, não chega nem a caca de cão. Nem ele nem os tramposos do seu partido que são reféns dele.
Dissesse Sócrates dos deputados da oposição, um décimo do que este camelo diz e caía “o Carmo e a Trindade”. È um país de políticos castrados. Esperemos que o Sr. Silva reaja.

domingo, abril 13

O Colosso da Madeira

Proposta de Baltazar Aguiar
"Construção de uma estátua de Jardim "com cerca de 50 metros de altura" à entrada do porto do Funchal insere-se nesta lógica de fazer oposição. A resolução entregue na Assembleia Legislativa da Madeira prevê que a estátua "seja concebida de forma a possuir uma escada interior que permita aos visitantes a subida até à altura da cabeça dessa obra de arte, de onde poderão observar a baía e a mui nobre cidade do Funchal, através dos olhos do seu amado líder". E "que na base do pedestal sejam colocadas pequenas rodas em aço, como nos antigos moinhos da ilha do Porto Santo, ligadas por correias transmissoras a um mecanismo propulsor interno, que permita que a estátua acompanhe o movimento do sol, como fazem os girassóis".

sábado, abril 12

Benfica 0 - 3 Académica

Foi mau de mais para ser verdade

sexta-feira, abril 11

Foi uma semana terrível para Portugal. Quarta-feira um furacão causou o caos no distrito de Santarém. Hoje, o nosso pior cataclismo desde o Terramoto de 1755, deixou de “andar por aí” e anunciou que “está a regressar”.

Que mais nos irá acontecer…


quarta-feira, abril 9

Quem Te Viu e Quem Te Vê...


As "Casacas" de Durão Barroso

«Deixe lá os espíritos que se auto-masturbam, deixe esses espíritos andarem nas suas confabulações, nós temos muito que fazer para que Portugal volte, de novo, aos caminhos que precisa e necessita trilhar»

Alberto J. Jardim

Segundo o último discurso o Manuelinho da ilha deu conta aos seus apaniguados das suas novas práticas; A Auto-Masturbação.
Para que não fique com os dedos tão sujos como tem a língua, recomendamos-lhe este objecto.

terça-feira, abril 8

Acordo Ortográfico

Tenho estado a acompanhar o debate sobre o Acordo Ortográfico. Maioritariamente as opiniões são favoráveis ao acordo, salvo raras excepções, uma delas de Graça Moura.
O deputado europeu, estupidamente chega a alegar “inconstitucionalidade”, delírios do Dr. “Graxa”.
Portugal só peca por não ter já ratificado o acordo. Não podemos, não só ficar de fora, mas temos que tentar liderar o processo. Usar a nossa autoridade de povo berço da língua, para sensibilizar Angola e Moçambique a fazê-lo.
Se os políticos portugueses cometessem a suprema estupidez de fazer com que ficássemos de fora, dentro de três gerações, na nossa terra falar-se-ia uma variante arcaica da língua que nós inventámos, e que é a nossa maior contribuição para a humanidade.
Só temos duas hipóteses; ou assinar o acordo e enfrentar o futuro, ou agarrarmo-nos aos velhos pergaminhos, não mudar nada e ir morrendo.

Avenida da Liberdade 1946 / Lisboa


segunda-feira, abril 7

A Mentira do Campeonato

Porque razão o sr Batista que na jornada passada via até de mais, de repente ficou cego?

Não cometemos a deselegância de perguntar ao sr Paixão, quem lhe pagou. Mas sim, porque anulou um golo limpíssimo.

domingo, abril 6

Agitam-se as sotainas com a eminência da nova Lei sobre o divórcio. Certamente que, se não receassem o ridículo, iriam recorrer ao “patrão” e ameaçar com excomunhões e o inferno. Eu não consigo perceber tanto “cacarejo” nas sacristias. Afinal a lei que se adivinha não torna a separação obrigatória, só se divorcia quem quer. E nem sequer se vai aplicar aos católicos, que não admitem o divórcio.

sábado, abril 5

Memória do "Crónicas"

05-04-04
O Iraque está cada vez mais a “ferro e fogo”. Os Xiitas, que supostamente foram libertados pelo grande pai americano, estão cada vez mais fartos dos invasores. Qualquer dia, se não houver cuidado, começa a fazer sentido lembrar as imagens da fuga de Saigão.

Nos EUA, foram eleitos os americanos mais “Tontos” do ano. Os vencedores foram Janet e Michael Jackson. Jorge Bush foi 10º classificado. Há que reconhecer, o homem merecia mais.

05-04-05
AUTÁRQUICAS
Manuel Maria Carrilho, é um excelente candidato à Câmara de Lisboa. Não será difícil desalojar o Lopes. A cidade precisa de um presidente que transmita uma vertente cultural à capital do país. Os lisboetas já estão fartos de Casinos e Noivas de Santo António.
Quanto ao Porto, não gosto do Francisco Assis. Mas é preferível a Nuno Cardoso.

CASO ISALTINO
A Polícia Judiciária, visitou novamente na semana passada o “barão” do PSD Isaltino Morais, no âmbito de um Processo de Corrupção e Branqueamento de Capitais.
Ao que parece, este caso esteve esquecido durante a vigência do Governo da Direita.

sexta-feira, abril 4

Música Celta - Galiza

Para um verdadeiro homem do Sul, com todo o imaginário virado para o mundo árabe, um autentico mouro, estes sons das gaitas de foles são intrigantes. Tão diferentes do meu Cante Alentejano. Gostava de saber mais sobre a música e cultura Celta.

quinta-feira, abril 3

Deputado Compatível

Quando há um ano se discutiu no Parlamento a Lei do Trabalho Temporário, o deputado Vitalino Canas fez uma declaração de voto, porque a lei do PS era ainda demasiado restritiva. Ia em ‘contraciclo’.

Ora o deputado era também Provedor do Trabalho Temporário. Pago por quem? Isso mesmo pela associação do ramo.
Um dos casos de promiscuidade de que Marinho Pinto tanto fala. O bom do Vitalino, interfere no Parlamento numa Lei onde quem lhe paga tem interesses.

Em nome de quem votou, e até fez declaração de voto, o deputado?
Do Povo que o elegeu e lhe paga, ou da Associação do Trabalho Temporário que também lhe paga?

A qual dos senhores servia Vitalino Canas?

quarta-feira, abril 2

Dói-me o Tibet

Hoje dói-me o Tibet
como me doí a Galiza
ou como me tem doído
a África e os meninos.

Hoje dói-me o Tibet
e minhas lágrimas
rasgam meus olhos
num profundo desejo
de ser Oriental.

Hoje dói-me o Tibet
porque o Tibet sou eu
e dói-me também
porque me dóis Tu.

Concha Rousia
Santiago de Compostela, 2 de Abril de 2008

Pinto Monteiro está muito preocupado com a miúda do liceu Carolina Michaelis. Um pequena bomba de hormonas, histérica e mal educada merece a atenção do Procurador do Ministério Público. Foi muito mais lesto neste caso de “lana caprina”, que com as ladroagens dos políticos.
Diz o povo e com razão: Mal da raposa, quando anda aos grilos.

Avenida de Roma 1962 / Lisboa


terça-feira, abril 1

Não Há Pachorra

“o sr primeiro-ministro queria uma vénia pelos 2,6%...”

Paulo Portas

Eu já não suporto a voz esganiçada do Paulinho das Feiras. O tipo nesta sua segunda liderança perdeu a capacidade de nos divertir com as suas tiradas espectaculares. Como perdeu a chama e a originalidade, ficou só o populista demagogo que não tem vergonha de dizer as maiores barbaridades.
Senão vejamos; o líder do PP, que acha os números pouco importantes deve explicar-nos o seguinte:

O governo PPD/PSD, herdou o estado com um défice de 4,7%. Subiu o IVA 2%. Passados três anos tínhamos um défice de 6,8%. (incluindo receitas extraordinárias)

O PS recebeu da direita um défice de 6,8%. Subiu o IVA os mesmos 2%. Passados três anos, temos um défice de 2,6%.

Eu nunca votei PS, provavelmente nunca virei a votar. Mas é óbvio que os resultados das duas últimas opções políticas estão á vista.

Dir-me-ão, como diz Portas, que o sucesso se deve atribuir aos contribuintes portugueses que têm sido espremidos.
Mas havia outra maneira?
Quem é que paga sempre as crises e as megalomanias dos políticos?
Quem vai pagar os submarinos?
Os vinte e cinco milhões de euros de luvas?
E a oferta á Estoril-Sol?