Nota: Tá bom! Um pouco para o dramalhão…O problema dos nossos queridos líderes, é estarem seguros do nosso voto. Nós, salvo seja, votamos sempre igual, embora escolhendo dois símbolos diferentes, damos sempre o nosso aval á mesma política.
Meu querido amigo,
Na esperança de poder continuar a tratar-te assim, começo por apresentar as minhas mais sinceras desculpas pelo enfado que o meu e-mail te causou. Obviamente que apenas a minha ignorância me impede de reconhecer os méritos daqueles que têm feito o favor de nos governar. Mas eu não sou mau, meu amigo, não sou ingrato, sou uma vítima da falta de dinheiro (porque não o sei gerir como os nossos queridos líderes tão sabiamente nos têm ensinado), o álcool barato que amenizava as minhas iras, que eu considerava, imagine-se, de justo, das más companhias, sim das más companhias com que começo a privar, por vezes ainda de madrugada, de forma quase promíscua nos comboios da linha de Sintra. Gente que se amontoa como animais, gente com os dentes cariados e as unhas por tratar, gente, que seria eu capaz de jurar, colaborou, a despeito e só a despeito, na eleição do Dr. Salazar como o mais ilustre de todos os portugueses.
Se o senhor Silva (logo o senhor Silva), responsável máximo por quase um terço do tempo de governação do pós 25 de Abril, que originou este Paraíso Democrático a quem a própria Suíça só pode pedir meças nos relógios e nos chocolates) acha que são necessários novos aviões, para que não seja posta em causa a dignidade e o conforto da nossa classe dirigente, quem sou eu, a não ser pelos motivos já expostos e pela má influência desse tal Crespo, que às tantas também priva com a malta da linha de Sintra ou quiçá, com os milhares de arruaceiros a quem entregamos a educação das nossas crianças e que depois fazem cenas que a todos nos envergonham, para questionar seja o que for? Mas tive uma visão, meu amigo, a tua falta de pachorra foi a minha Cova de Iria. Aleluia, aleluia, sei que, para mim, ainda há esperança, sei que ainda serei capaz de amar, amar o Big Brother, o engenheiro Sócrates, o senhor Silva, o Barroso e todos os outros que tiveram de abandonar a pátria para nos servir lá em Bruxelas e mais longe ainda.
Do teu
O. Silveiro
Meu querido amigo,
Na esperança de poder continuar a tratar-te assim, começo por apresentar as minhas mais sinceras desculpas pelo enfado que o meu e-mail te causou. Obviamente que apenas a minha ignorância me impede de reconhecer os méritos daqueles que têm feito o favor de nos governar. Mas eu não sou mau, meu amigo, não sou ingrato, sou uma vítima da falta de dinheiro (porque não o sei gerir como os nossos queridos líderes tão sabiamente nos têm ensinado), o álcool barato que amenizava as minhas iras, que eu considerava, imagine-se, de justo, das más companhias, sim das más companhias com que começo a privar, por vezes ainda de madrugada, de forma quase promíscua nos comboios da linha de Sintra. Gente que se amontoa como animais, gente com os dentes cariados e as unhas por tratar, gente, que seria eu capaz de jurar, colaborou, a despeito e só a despeito, na eleição do Dr. Salazar como o mais ilustre de todos os portugueses.
Se o senhor Silva (logo o senhor Silva), responsável máximo por quase um terço do tempo de governação do pós 25 de Abril, que originou este Paraíso Democrático a quem a própria Suíça só pode pedir meças nos relógios e nos chocolates) acha que são necessários novos aviões, para que não seja posta em causa a dignidade e o conforto da nossa classe dirigente, quem sou eu, a não ser pelos motivos já expostos e pela má influência desse tal Crespo, que às tantas também priva com a malta da linha de Sintra ou quiçá, com os milhares de arruaceiros a quem entregamos a educação das nossas crianças e que depois fazem cenas que a todos nos envergonham, para questionar seja o que for? Mas tive uma visão, meu amigo, a tua falta de pachorra foi a minha Cova de Iria. Aleluia, aleluia, sei que, para mim, ainda há esperança, sei que ainda serei capaz de amar, amar o Big Brother, o engenheiro Sócrates, o senhor Silva, o Barroso e todos os outros que tiveram de abandonar a pátria para nos servir lá em Bruxelas e mais longe ainda.
Do teu
O. Silveiro
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