Olha aí meu. “Chibaram-me” que tas a promover uns Jogos Florais sobre a Rádio Álamo. Eu acho que versalhadas é p’ra rotos e gajas. Mas se dá “arame”, podes crer, eu vou nessa. Em tempo de crise, tudo o que vem á rede são aérios.
Cá vai.
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Sem entrar por maledicências
Temos esta, e viva o velho
No ranking das audiências
É a melhor do concelho.
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Há alegria nos ares
Passa fado, pimba e dança
Toca em empregos e lares
Na Cunheira, Seda e Chança
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Os locutores são chaparros
O patrão, gato-pingado
Ouvi-la dentro dos carros
Inté limpa o mau-olhado
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Há gente que não a grama
Chamam-lhe rádio fatela
Famílias topo de gama
Os Constantino, os Catela…
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Os Reis, estão divididos
Há quem goste e outros não
Correram por dois partidos
Nesta última eleição
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Não sendo trouxa, o Cachucho
Ele só perde por engano
Perde o Correia, ganha o Bucho,
Os padres, o Joviano
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P’ra terminar um aviso
Assim em forma de quadra
Não mostra ter muito siso
Quem sua mulher não guarda
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Ouvindo o doutor Calçadas
A locutar com tal brio
Ponham-se a pau, camaradas
Cuidem bem do mulherio
Felizardo Montanelas
(o gavião do Outêro)
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PS: O amigo desculpe se o poema é curto, mas sempre ouvi dizer que o tamanho não interessa. Vá preparando o “guito” que isto tá no papo.
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Nota do editor: Não sei quem “chibou”, mas há aí um grande engano. O Crónicas do Planalto agradece todas as colaborações desinteressadas. Mas essa do prémio, só pode ser brincadeira. E você é um pouquinho machista, não?
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
ResponderEliminarEste "Felizardo Montanelas" tem um jeito para a rima de fazer inveja. Continue a presentear-nos, se o Sr. Moderador concordar, com a sua actualizada rima bem Montada.
ResponderEliminarA.A.
O amigo Felizardo prometeu continuar a escrever para o blog, só precisa de temas.
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