quinta-feira, novembro 16

DIA A DIA

Os alunos do Ensino Secundários, estão em greve conta as Aulas de Substituição.
Uma Associação de Pais do norte, diz que há ali “dedo” dos professores. Será?

705 Mil mortos e mais de 6 milhões de deslocados.
Nem nos sonhos mais negros, Sadam Hussein se atreveria a tanto.

Donald Rumsfeld julgado por Crimes Contra a Humanidade? Acho muito bem.
Só é pena que Bush, por ser inimputável, não possa ser responsabilizado.

Terminou a coligação de direita na Câmara de Lisboa. Carmona Rodrigues retirou todos os “pelouros” a Mª José Nogueira Pinto.
Não é próprio dizer-se que foi o fim de um “acordo de cavalheiros”.

quarta-feira, novembro 15

SONETO DITADO NA AGONIA

Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura;

Conheço agora já quão vã figura,
Em prosa e verso fez meu louco intento:
Musa!... Tivera algum merecimento
Se um raio da razão seguisse pura.

Eu me arrependo; a língua quasi fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:

Outro Aretino fui... a santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!.

(Bocage
)

terça-feira, novembro 14

A VELHA HISTÓRIA

Pedro Santana Lopes, acaba de “lançar” um livro, «2004: Percepções e Realidade»,
Para bem da sanidade mental dos leitores mais incautos, esperamos que o “lance” para bem longe.
Obviamente que o meu bom gosto não me permite ler produtos do acanhado cérebro do Dr. Lopes, mas posso facilmente imaginar o tema.
O “livruxo” deve falar na tão estafada “teoria da conspiração”, as “facadas nas costas”.
De como todo o país e quiçá arredores, teimam em organizar-se para tramar o Pedrinho, esse grande político incompreendido e injustiçado.
Pobre Kalimero.

segunda-feira, novembro 13

TANTA GENTE FELIZ


O Congresso do Partido Socialista, foi tudo o que já se esperava e nada mais.
Uma reunião de “Contentinhos da Silva”, e pelo meio, um ou outro “Amordaçado”.
Acima de todos, imperial, o “Intrépido Líder” traçou os rumos para o futuro.
Vozes discordantes? Só Helena Roseta. Não abunda a coragem pelas bandas do poder.
Tudo muito à la Coreia do Norte.

domingo, novembro 12

SONETOS (Camões)

Apartava se Nise de Montano,
em cuja alma partindo se ficava;
que o pastor na memória a debuxava,
por poder sustentar se deste engano.

Pelas praias do Índico Oceano
sobre o curvo cajado s'encostava,
e os olhos pelas águas alongava,
que pouco se doíam de seu dano.

Pois com tamanha mágoa e saudade
(dezia) quis deixar me a que eu adoro,
por testemunhas tomo Céu e estrelas.

Mas se em vós, ondas, mora piedade,
levai também as lágrimas que choro,
pois assi me levais a causa delas!

sábado, novembro 11

DIGNIDADE RECUPERADA

Daniel Ortega, da Frente Sandinista de Libertação Nacional, (FSLN), foi eleito presidente da Nicarágua na primeira volta das eleições presidenciais de domingo.
Ortega vai regressar dentro de algumas semanas à presidência do país, cargo que abandonou em 1990, devido á ingerência dos Estados Unidos no país.
Depois de uma pseudo Guerra Civil paga pela Cia, e feita por mercenários, os Contras, que causou dezenas de milhares de mortos, os governos “apadrinhados” pelo vizinho do norte, transformaram a Nicarágua no que é hoje, o país mais pobre da América Latina.

sexta-feira, novembro 10

ALENTEJO


Ponte de Vila Formosa - Seda

quinta-feira, novembro 9

DIA A DIA

O governo sionista volta a atacar na Faixa de Gaza.
Mais um brutal ataque terrorista assassinou dezoito civis, entre os quais sete crianças.
Estou cada vez mais convencido que quem tinha razão era o presidente iraniano.
É preciso destruir Israel.

Mesmo com a condenação “encomendada” de Sadam Hussein, os Republicanos não se safaram de uma derrota em toda a linha.
O povo americano começa a estar farto do cretino do Bush.

Donald Rumsfeld, o verdadeiro “dono” do poder na América, percebeu que os tempos estão a mudar e demitiu-se.
Agora, é só esperar para ver como o novo Secretário de Estado vai “manipular” o alcoólico inimputável que vive na Casa Branca.

quarta-feira, novembro 8

COMENTÁRIOS

(Comentário ao meu post em “Editorial” http://wwweditorial.blogspot.com/)

Biranta said...
O problema da condenação de Saddam à morte é bem mais grave: Saddam foi condenado à morte para servir os interesses da propaganda eleitoral na América; Saddam limitou-se a ser um reles lacaio amigo dos americanos que lhe forneceram os ingredientes e o apoio para cometer os "crimes de guerra" de que é acusado;
Saddam foi condenado à morte pelos piores criminosos (os mais pérfidos e monstruosos) que a história já conheceu.

E eu pergunto: se a Saddam "a morte lhe fica a matar", que fazer com os seus algozes que são mais responsáveis do que ele nos crimes que lhe imputam e que continuam a promover e executar horrores, as piores atrocidades?

Eu não acho que as sociedades devam reagir de forma diferente dos cidadãos (no seu conjunto).

Esta história é uma boa lição para os rafeiros que continuam a ser lacaios da américa, a defender toda a espécie de ignomínias... desde que "made in USA"... E eu confesso que não lamentaria nada que lhes acontecesse o mesmo, porque assim provavam da receita que consideram boa para os outros...

Cântico Negro

"Vem por aqui" dizem-me alguns com olhos doces,
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom se eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui"!
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
Que eu vivo com o mesmo sem vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe.

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde,
Por que me repetis: "vem por aqui"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois, sereis vós
Que me dareis machados, ferramentas, e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátrias, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios.
Eu tenho a minha Loucura!

Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que me guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou,
Sei que não vou por aí.

(José Régio)

terça-feira, novembro 7

IRAQUE

A situação no Iraque está cada vez mais complicada.
Hoje, já ninguem no seu perfeito juizo, defende a invasão.
As forças ocupantes só têm duas hipóteses.
Ou a curto prazo fazem uma retirada ordenada, com calma.
Ou acabam por ter que saír á pressa. Reeditar o Vietname.
O aparecimento dos "snipers" no teatro de guerra, vai ser a gota de agua.

segunda-feira, novembro 6

BARBÁRIE


Nada me move a favor de Sadam Hussein. Antes pelo contrário.
Se me fosse dado opinar sobre a sentença a aplicar ao ditador iraquiano, desconfio que diria:
-A Pena de Morte fica-lhe a matar.
Mas uma sociedade não pode reagir como um simples cidadão. Há valores mais altos a ter em conta.
Uma região de culturas, Berço de Civilizações, que há milénios produziu o Código de Hamurahbi, não pode comportar-se como se ainda fosse dominada por um ditador, ou não passasse de um país recente, sem passado, sem história.
A Pena de Morte é um sintoma de menoridade. A Vingança exercida por todos.
Envergonha-nos.

domingo, novembro 5

SONETOS (Camões)

A Morte, que da vida o nó desata,
os nós, que dá o Amor, cortar quisera
na Ausência, que é contr' ele espada fera,
e co Tempo, que tudo desbarata.

Duas contrárias, que üa a outra mata,
a Morte contra o Amor ajunta e altera:
üa é Razão contra a Fortuna austera,
outra, contra a Razão, Fortuna ingrata.

Mas mostre a sua imperial potência
a Morte em apartar dum corpo a alma,
duas num corpo o Amor ajunte e una;

porque assi leve triunfante a palma,
Amor da Morte, apesar da Ausência,
do Tempo, da Razão e da Fortuna.

sexta-feira, novembro 3

O MANUELINHO DA ILHA

Não é fácil escrever a Crónica de uma entrevista que não aconteceu. Quem não viu, perdeu um programa nalguns pontos hilariante.
O homem entrou aos coices, como é seu hábito, e terminou com uma “piadola” de um humor muito rasca. De mau gosto.
Pelo meio, o habitual discurso populista que todos já conhecemos de jingeira. Uma atitude “pidesca” em relação as Açores. E a constatação de que o traste não admite que lhe diminuam a capacidade da “gamela”. As suas obras faraónicas e os proventos para a roubalheira dos apaniguados, não podem ser postos em causa.
Enfim. Todo um exercício digno de um oficial de Informação e Propaganda da ditadura. Para um divulgador da ideologia fascista, perfeito, se não tivessem passado três décadas.
Só o Canal Público seria capaz de conceder Tempo de Antena a um velho troglodita, a abanar a papada e a ler números de um “papelucho”.
Para terminar fez uma graçola de muito mau gosto para um ordinário que trata os jornalistas por «bastardos, para não dizer filhos da puta», sic.
Ofereceu asilo político a Judite de Sousa.

quinta-feira, novembro 2

VISTA DE SEDA


Foto de João Aurélio Raposo

quarta-feira, novembro 1

O PIOR PORTUGUÊS DE SEMPRE

Este país sempre foi uma espécie de grande Entroncamento. Tem sido um alfobre de fenómenos, esta nossa terra. Para o bem e para o mal.
Se durante estes séculos, tivemos portugueses de alta estirpe, daqueles em quem poder não tem a morte, como Camões, Gama, Pessoa, Zeca, ou Saramago.
Também é verdade que a nossa quota de “ervas daninhas” é bastante apreciável.
Como pior de todos nós, temos vasto campo de escolha nos ilustres filhos da desprezível Casa de Bragança. A mais cruel praga que pode acontecer a uma nação.
Há muito por onde escolher. D. João IV, o Poltrão, D. Afonso VI, o Imbecil, D. João V, o Esbanjador, D. José, o Banana, D. Maria, a Tonta e os filhos Cobardes, D. Carlos, o Caloteiro. A todos eles o título ficava a matar.
Enfim, é escolher meus senhores, é escolher…

Dos actuais, falta-nos o necessário distanciamento para uma apreciação mais desapaixonada.
Do passado recente as feridas ainda estão verdes, a sangrar. Está ainda muito na memória aqueles quatro meses de pesadelo. A nova sensação de se sentir vergonha de ser português.
Isso tolhe-me o discernimento para optar entre:
Santana Lopes, o mais quixotesco primeiro-ministro que algum país já teve.
Ou Jorge Sampaio, o responsável por tamanha humilhação.