domingo, agosto 10

sábado, agosto 9

Vida Local

Exmos Senhores
Direcção da Comissão de Melhoramentos da Freguesia de Seda
Vossas excelências no vosso comentário fazem referência ao vosso trabalho voluntário. Não posso deixar de vo-lo agradecer, não só em meu nome, mas também no de todos os que dele beneficiam. A Instituição sempre beneficiou da abnegação de pessoas cujo mister é ajudar sem receber nada em troca. Até eu já o fiz. Imaginem.
Os primeiros impressos de constituição da Comissão de Melhoramentos da Freguesia de Seda, foram feitos por mim. Tendo também colaborado na escolha do nome.
O pedido de inscrição como IPSS, impressos trazidos pelo Abelha de Lisboa, foram preenchidos por mim também.
Os Estatutos foram revistos e limpos em minha casa.
Quando, já com a obra em construção, não havia dinheiro para pagar a primeira empreitada, para pedir ao estado a devolução do IVA. Havendo quem tivesse uma avultada quantia para oferecer e não o podendo fazer nominalmente, há quem saiba porquê, fui eu quem gizei o depósito anónimo a partir de Ponte de Sor, na conta da Instituição.
Algum tempo depois, quando o tesoureiro da altura, sr João Arcângelo, afogado em trabalho, me convidou para o lugar de administrativo, eu disse-lhe que já não tinha condições físicas para tal, mas que podia arranjar-lhe a pessoa certa. Se hoje a Instituição conta com a colaboração de um Funcionário Administrativo de uma honorabilidade e competência ímpares, em parte também a mim o deve.
Muitas pessoas têm colaborado ao longo destes anos. Umas modestamente como eu, outras mais activamente. È o caso das funcionárias que trabalharam gratuitamente algum tempo, da Rita, da Lídia, da Sra. Maria Teresa, etc.

Talvez devido a tudo isso eu me tenha sentido tão magoado.

Atentamente,

sexta-feira, agosto 8

Eu não tenho nada contra assaltantes de bancos. Não são os bancos quem nos assaltam todos os dias? Assim como assim, ladrão que rouba a ladrão...
Mas fazer reféns, não está certo.

quinta-feira, agosto 7

Vida Local

Câmara Municipal de Alter do Chão

A Câmara Municipal dá apoio ao projecto de Arqueologia a decorrer desde o início de Julho na Quinta do Pião, a 5 quilómetros de Alter em direcção a Cabeço de Vide.
Nesta vila romana trabalham nas escavações uma equipa de estudantes, de várias universidades do país, assistida pelo Arqueólogo Jorge António. Segundo o Arqueólogo esta vila romana “pensa-se que nunca foi escavada, houve uma autorização em 1963 para realizar as escavações mas não há provas que isso tenha acontecido”.
Os pioneiros desta investigação já encontraram alguns fragmentos, um botão e um brinco em bronze, e há indícios de que uma das estruturas, das três existentes, tenha sido umas termas, muito comuns nas vilas romanas. Numa outra estrutura foram encontradas cinzas, o que indica a possível presença de um forno.
Este é um trabalho importante para a vila de Alter no âmbito do seu património histórico-cultural e a Câmara Municipal irá acompanhar e divulgar o percurso desta investigação que só termina no final do mês de Setembro.
O local das escavações poderá ser visitado de 2ª a Sábado das 6:00 às 14:00 horas. É um local diferente que vale a pena conhecer!

Como Chegar à Quinta do Pião?
Na estrada de Cabeço de Vide, antes de chegar ao Monte do Papa Leite, virar à esquerda para um caminho de areia clara, possivelmente haverá indicação.

Do - Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal

A Verdadeira Identidade de Florindinha

Capítulo II (continuação)
A Chica tinha duas explicações que dependiam do seu estado de espírito. Quando estava de bem com ele, jurava a pés juntos que era o malandro do Malaquias que punha uma droga no vinho. Que desde que a mulher lhe tinha posto os cornos e fugido com o louceiro, só queria ver desgraça na casa alheia.
Quando andava atacada de ciumeira, a culpa continuava a ser do corno do Malaquias; mas por causa da "vaca" da ucraniana de grandes tetas, com quem vivia amasiado e que tinha a servir ao balcão.
A vida lá ia correndo mansamente na aldeia de Vila Formosa, as crianças cresciam e nada de muito grave perturbava a santa vida da "nossa" família.A única alteração a esta rotina, devia-se ás trapalhadas do Zé, que muitas vezes se enganava na porta ao voltar a casa.
A principal vítima destes enganos, (propositados?), era a vizinha da frente; a menina Alice. Era normal vê-la a escorraçar o "borracho" de casa, armada de uma grande Moca de Rio Maior.
Alicinha era a "fiel depositária" da chave da igreja e catequista da aldeia. Tinha cinquenta e cinco anos e vivia sozinha desde a morte dos pais. Dizia-se na aldeia que durante a sua longa vida de beata, só se tinha dado mal com um padre. Da já longínqua desavença, resultou a imediata transferência do jovem padre e o internamento de uma semana da Alicinha numa clínica de Badajoz a tratar uma doença de nervos.
A Chica não lhe falava desde que o Zé começou a enganar-se na porta. E não se importava de lhe gritar da sua porta:- Porca! Santinha do pau oco! Queres dar-me cabo da vida como ao padre Ricardo? Mas eu dou-te uma pazada no toutiço, ratazana de sacristia…

(continua)

segunda-feira, agosto 4

Vida Local

Exmos Senhores
Direcção da Comissão de Melhoramentos da Freguesia de Seda

A vossa decisão no que me diz respeito, é de uma tremenda injustiça e desumanidade.
Eu estou na instituição desde o 1º dia, (entraram comigo o meu pai, João Lindo, Joaquim Melita e Juliana. Todos convencionados) e esse era o critério mais justo de admissão, mas arranjaram maneira de me fazer ultrapassar por quem vos apeteceu.
Não consigo perceber, porque é que 703,67 € saídos totalmente do meu bolso, vos dão maior prazer que os mesmos 703,67 €, (porque a instituição recebe sempre o mesmo), pagos por mim e pela Seg. Social. Só pode haver duas razões; ou v/excias pensam que eu sou rico, ou encontraram alguém do vosso agrado para ocupar o lugar que por direito me pertence. Ou será só um caso de xenofobia? Mas quando perceber para quem foi o lugar entenderei.
Alguém com mais necessidades, não encontraram certamente.
Todas as pessoas entendidas no assunto a quem tenho exposto este caso, me dizem que só seria possível haver discriminação positiva. V/excias vão em sentido inverso. Benza-os Deus.
Porque eu dou muito trabalho? Como já lhes expliquei, o que a instituição recebe é igual. E certamente, se eu me recusar a entrar, não vão dispensar nenhuma das funcionárias. Aposto que nunca se preocuparam em perguntar que trabalho dou. Em quatro anos que pago os Serviços Especiais, nunca ocupei mais do que 20 a 30 minutos por dia.
De si, Sr presidente, não esperava grande coisa. Afinal, conhecemo-nos de vista. Falámos uma única vez, não temos uma história.
Do parente João Arcângelo, que considero amigo e a quem devo favores, não entendo a atitude, não me parece a sua maneira correcta de agir. Por certo que valores mais altos se levantaram. Quais? Não sei.
Quem me magoa fundo, é o Alexandre. Uma amizade de 30 anos, grande parte deles a trabalhar juntos sem nunca termos tido um desentendimento, mereciam outro respeito. Se a situação fosse inversa, até podia ser que tivesse o mesmo desfecho, mas nunca antes da minha demissão.
Sempre, para onde quer que fui, fiz amigos e fui bem tratado. É na minha própria terra que sinto a discriminação.
O que estão a fazer comigo, é um acto tremendamente indigno, (desculpem o termo). Espero que nunca estejam na minha situação para experimentarem tão grosseira falta de solidariedade.
Eu estou a tentar de todas as maneira, que alguma Instituição me pague os 330,25 € que deviam ser suportados pela Seg. Social. Se não conseguir, vou mesmo assim. Corremos o risco, de que daqui por três ou quatro meses, v/excias tenham que me pôr na rua.
Mas devo informar, que destes factos irei dar conhecimento aos órgãos de soberania competentes para que o Estado tome conhecimento e avalie a idoneidade e a capacidade gestionária das instituições com quem celebra contratos de cooperação, os quais assentam no cumprimento dos princípios estabelecidos no Pacto de Cooperação para a Solidariedade e nos elementares princípios de cidadania.

Seda, 04/08/2008
Atentamente,
(Grito de revolta contra a principal característica das pessoas pouco inteligentes; A Insensibilidade)

domingo, agosto 3


sábado, agosto 2

Humanos

Quero é viver

A Verdadeira Identidade de Florindinha

Capitulo II
Quando o Zé chegou da herdade do Vesgo já a farsa estava em andamento. Os rapazes estavam todos no quarto a conhecer a nova deusa da casa e a dona Engrácia, tia de Chica, com a ajuda de uma vizinha, labutavam nos tachos a fazer fatias "paridas" com muito açúcar e canela para confortar os estômagos das canseiras do dia.
O Zé encarou a boa nova com alguma frieza. Não foi muito expansivo, coisa do seu feitio. Mas a maior prova de que gostou, foram as rodadas de pinga que pagou na taberna do Malaquias, coisa nunca vista nele, e a semanada inteirinha de bebedeira que inaugurou nesse dia.
A apreensão da Chica quanto á manutenção da mentira, depressinha se esfumou. Não iria ser difícil esconder do pai da criança a verdade sobre Florindinha. Zé da Horta era um homem pouco atento. Nunca lhe passou pela cabeça chegar o nariz por perto das fraldas dos filhos, não era agora que ia mudar. Isso era coisa de mulher. De mulher ou de mariconso, que vai dar no mesmo. Depois, aquela crença que ganhou na semana dos festejos, depressa se acentuou. Aos dias de trabalho, seguiam-se as tarde de copos. Normalmente só vinha para casa já muito perto da hora de jantar, bem emborrascado, a cantar o «era o vinho meu bem, era o vinho» e a trocar o passo, pronto a chegar a roupa ao pêlo á pobre Chica e aos miúdos.
Nunca tinha sido "uma flor que se cheirasse" e cada vez estava pior. Tivesse a Chica tempo e um corpo para tal, ter-lhe-ia há muito enfeitado a cabeça com um belo chapéu de dois bicos. (cala-te boca).
Nunca se soube bem ao certo o que despoletou esta queda do Zé da Horta para a vinhaça

(continua)

sexta-feira, agosto 1

Cavaco e a Andropausa

Este grave comunicado presidencial, foi dos casos políticos mais caricatos dos últimos tempos. O país ficou suspenso, cuidando que algo de grave estava para acontecer. Afinal a montanha acabou por parir um rato. Não passou disso. Uma pequena ameaça aos poderes presidenciais que desencadeia uma reacção despropositada.
Não é a primeira vez que Cavaco em relação aos Açores, se comporta como um leão indomável. Estivesse em causa a Madeira, outro galo cantaria.
Estou convencido que este pequeno incidente só serviu para mexer um pouco com a “silly season” e não passou de uma presidencial crise histérica. Com o tempo, o “desarranjo hormonal” vai passar e tudo voltará a ser como dantes, no quartel de Abrantes.
Não nos esqueçamos que Cavaco, para no futuro poder ajudar a amiga Manuela Ferreira Leite, tem que primeiro garantir a reeleição. Portanto, não fazer ondas.