sábado, dezembro 31

FIM DE ANO

Pronto.
O 2005 está a dar as últimas.
Tivemos o Benfica campeão, um governo socialista com maioria absoluta, e finalmente o fim do "mito" Santana Lopes.

quinta-feira, dezembro 29

FORA DO TEMPO

Friederich Hegel (filósofo e historiador alemão do século XIX):
"A mulher pode ser educada, mas sua mente não é adequada às ciências mais elevadas, à filosofia e algumas das artes."

quarta-feira, dezembro 28

HOMILIAS

O bispo do Funchal, Teodoro de Faria, criticou na sexta-feira a "campanha laica" e exortou os responsáveis a retirarem também as chagas de Cristo da bandeira nacional, Na mensagem proferida na "missa do parto" a que presidiu, sublinhou que "nós não podemos viver sem sinais. Os sinais da nossa fé são muito importantes. E se os sinais num tempo laico não contam, então que se mude a bandeira nacional, porque nela estão as cinco chagas de Jesus Cristo".

Nota:
Para esta gente, “nós” refere-se a todos, até aos que não lhe deram procuração, nem lhe reconhecem “estaleca” para falar em nosso nome.
Não se esqueçam que os símbolos da bandeira, que nos foram impostos, são nossos e não já património religioso.
Para este “rico” imbecil, a opinião dos outros não contam quando se trata de impor os dogmas da sua seita.
Se ele pudesse, certamente todos os não crentes, os hereges, iriam terminar na fogueira.

terça-feira, dezembro 27

PALAVRAS DOS OUTROS

«O terrorismo contemporâneo tem origens numa deriva totalitária, extremista de pensamento que é de esquerda…»

Ribeiro e Castro


Fui à Biblioteca Nacional e decidi-me a investigar tão notória afirmação do sr Ribeiro.Tem razão sim senhor, a origem está na esquerda e vem do tempo do Robin Hood que era de esquerda revolucionária, alem de ser ladrão. E foi o sacana do Sheriff de Nottingham que era de direita ( por acaso um grande filho da puta) que teve culpa que tão grande mal se propagar pela humanidade. Agora, o sr Ribeiro e seu pupilo o Pagem Melo podiam lembrar-se de outros terroristas de direita chamados de ditadores... É preciso enumerar ?
Este partido ainda passa a movimento...
(Hammer)

segunda-feira, dezembro 26

HIHOM,HIHOM,HIHOM

Quando se derrapa para a burrice, é muito difícil parar. É o caso do parvo do Ribeiro e Castro.

Depois de ter dito que “o terrorismo é filho da esquerda”, volta agora com outra “alarvidade”, “a miséria da África deve-se aos governos de esquerda que tem tido”.

Tem toda a razão sua excelência. A Africa tem estado infestada de governos de esquerda: não eram Idi Amin, Bokassa, Mobutu, e quejandos, notórios homens de esquerda?Nunca é tarde para actualizar conhecimentos! O que seria de nós, sem a clarividência histórica da direita, e principalmente deste brilhante líder?

domingo, dezembro 25

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo XVII
Quando a gente quer fazer graça, mente às vezes um pouco. Não fui lá muito honesto ao lhes falar dos acendedores de lampiões. Corro o risco de dar, àqueles que não conhecem o nosso planeta, uma falsa idéia dele. Os homens ocupam, na verdade, muito pouco lugar na superfície da Terra. Se os dois bilhões de habitantes que povoam a Terra se mantivessem de pé, colados um ao outro, como para um comício, acomodar-se-iam facilmente numa praça pública de vinte milhas de comprimento por vinte de largura. Poder-se-ia ajuntar a humanidade toda na menor das ilhas do Pacífico.
As pessoas grandes não acreditarão, é claro. Elas julgam ocupar muito espaço. Imaginam-se tão importantes como os baobás. Digam-lhes pois que façam o cálculo. Elas adoram os números; ficarão contentes com isso. Mas vocês não percam tempo com esse problema de aritmética. É inútil. Vocês acreditam em mim.
O principezinho, uma vez na Terra, ficou, pois, muito surpreso de não ver ninguém. Já receara ter se enganado de planeta, quando um anel cor de lua remexeu na areia.
- Boa noite, disse o principezinho, inteiramente ao acaso.
- Boa noite, disse a serpente.
- Em que planeta me encontro? perguntou o principezinho.
- Na Terra, na África, respondeu a serpente.
- Ah!... E não há ninguém na Terra?
- Aqui é o deserto. Não há ninguém nos desertos. A Terra é grande, disse a serpente.
O principezinho sentou-se numa pedra e ergueu os olhos para o céu:
- As estrelas são todas iluminadas... Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua? Olha o meu planeta: está justamente em cima de nós... Mas como está longe!
- Teu planeta é belo, disse a serpente. Que vens fazer aqui?
- Tive dificuldades com uma flor, disse o príncipe.
- Ah! exclamou a serpente.
E se calaram.
- Onde estão os homens? repetiu enfim o principezinho. A gente está um pouco só no deserto.
- Entre os homens também, disse a serpente.
O principezinho olhou-a longamente.
- Tu és um bichinho engraçado, disse ele, fino como um dedo...
- Mas sou mais poderosa do que o dedo de um rei, disse a serpente.
O principezinho sorriu.
- Tu não és tão poderosa assim... não tens sequer umas patas... não podes sequer viajar...
- Eu posso levar-te mais longe que um navio, disse a serpente.
Ela enrolou-se na perninha do príncipe, como um bracelete de ouro:
- Aquele que eu toco, eu o devolvo à terra de onde veio, continuou a serpente. Mas tu és puro. Tu vens de uma estrela...
O principezinho não respondeu.
- Tenho pena de ti, tão fraco, nessa Terra de granito. Posso ajudar-te um dia, se tiveres muita saudade do teu planeta. Posso...
- Oh! Eu compreendi muito bem, disse o principezinho. Mas por que falas sempre por enigmas?
- Eu os resolvo todos, disse a serpente.
E calaram-se os dois.

sábado, dezembro 24

UM BOM NATAL

sexta-feira, dezembro 23

CONVERSAS

Resp./MEMÓRIA CURTA
Concordo perfeitamente. Talibans, são fascistas de direita, Fidel é um porco fascista, as ditaduras islâmicas são todas de direita, apesar de serem amigas da Internacional Comunista.
O PC Chinês, esse grupo de fascistas, continua a matar à fome e à cacetada o próprio povo.
E os gajos que estiveram à porta do Palácio de Cristal (não sei bem há quantos anos, que a memória é curta), também eram uns porcos fascistas, não eram? Como se chamava o grande líder desse partido?
Que caraças. Há terrorismo de esquerda e de direita. Não quero um regime salazarista para a minha filha, nem um comunista. Já reparaste o quanto ridículo serão os comunistas de daqui a 100 anos?
"Eu estive na luta anti-fascista....Há-de morrer o último comunista vivo a 25 de Abril de 1974 e os gajos a continuarem a dizer o mesmo.
Eu não sou fascista. Sou social-cristão. Lê os estatutos do extinto MDP/CDE, morto politicamente pelos grandes democratas comunistas e vê as semelhanças com os antigos e os actuais estatutos do CDS. Lê com atenção e reflecte um pouco.
Que caraças, um gajo até acorda cedo, chega ao jornal e leva logo com uma destas.... Se soubesse tinha vindo mais tarde. Eheheheheh
Tens de perder essa tendência, quase maníaco-depressiva contra a direita. Aceita-a como ela é e luta contra ela através de ideais, ideias, de debate.
Pronto, já me deixaste sem vontade de trabalhar. Vou beber um café.

CC

PS – O que vale é que eu nunca fico chateado com estas bocas.

MEU CARO AMIGO
1º -Se há coisa que eu não te admito, é essa de me tentares atribuir a tua pouca vontade de trabalhar, essa não! È sem dúvida uma característica inata da direita. Não podes negar. Eh,eh,eh
2º -Eu não escrevi, em lado nenhum, que o terrorismo provinha da direita, quem afirmou o contrário,(eu ouvi), foi o parvo do Rib. e Castro. Eu só fiz uso da minha memória. E não disse nenhuma mentira, sabes bem...
3º -Quanto a Talibans, Bin Ladem, e ditaduras islâmicas, de Marrocos ao Irão, são quase todas de direita. A China é um país com dois sistemas, um oprime outro explora, como fazia a ditadura Salazarista de que 80% dos CDS's tanto gostavam. Portanto não dever ser de esquerda. Esses do Palácio de Cristal, erram uma "face da moeda". A outra, queimava Centros de Trabalho do PC por todo o Norte. Memória selectiva a teu...·
4º -Essa do social-cristão? respondo-te quando perceber que raio é isso. Um cristão que vive em sociedade? Talvez o contrário de um eremita...
5º -Os Estatutos não dizem nada. Os do velho CDS defendiam uma Sociedade sem Classes. Lembras-te?
6º - Por fim, cometes um erro grave para um jornalista. A última vez que o MDP/CDE concorreu a eleições, fê-lo nas Listas do PS. Quem o "matou" não foi o PC.
Mais algum esclarecimento, é só pedires. Eh,eh,eh

J A

quarta-feira, dezembro 21

O ÚLTIMO

Quando eu já não esperava, e depois de algumas prestações descoloridas, o "velho" Soares voltou em grande.
Ao ataque durante todo o debate, Soares mostrou a diferença entre alguem com cultura geral, e um professor de economia que não sabe mais nada.
Infelizmente, corremos o risco de vir a ter na Presidência da República, alguém que não sabe quantos cantos têm Os Lusíadas.
O homem de Boliqueime foi igual a ele mesmo.
Apresentou a "cassete" que repete todos os dias desde o fim do "tabu", afivelou o mesmo sorriso deslavado e debitou as habituais banalidades.
Todos os "pobres de espírito" vão votar nele.

terça-feira, dezembro 20

POLITIQUEIRO

Marquês Mendes desafia Sócrates a explicar crise na AR O líder do PSD, Luís Marques Mendes, desafiou hoje o primeiro-ministro a explicar o «agravamento da crise» do país na próxima semana, no parlamento, alegando que José Sócrates é responsável pelo aumento do desemprego.

O “pequerrucho” Marques Mendes pode ter muitos defeitos. Mas duma coisa podemos ter a certeza; não é parvo. Sabe bastante bem, que a situação desgraçada em que o país se encontra, se deve em grande parte aos últimos governos de maioria PSD.
A política errada e a “deserção” de Durão Barroso, agravada pela incompetência de “Santana y sus muchachos”, são os verdadeiros credores de explicações.
A continuar assim a usar a barata gincana política, arrisca-se o povo português lhe faça o mesmo que Cavaco Silva; o mande fechar o bico…

segunda-feira, dezembro 19

MEMÓRIA CURTA?

Ribeiro e Castro perdeu a “tramontana”. Como não se conseguiu impor ao partido com a inicial tendência democrata-cristã, começa agora a deriva para a direita, que pode perfeitamente ir desembocar na família política de onde ele é originário; os fascistas.
Nós não temos memória curta, esperamos é que ele também não tenha.
Quando vem com a suprema idiotice de atribuir o terrorismo à esquerda, temos a obrigação de o lembrar, que terrorista, era o regime que ele serviu e do qual se serviu. E não a esquerda que eles matavam e torturavam.
Esta facilidade que faz com que certos “papagaios” se tivessem deitado “Fervorosos Salazaristas”, e acordado “Grandes Democratas”, tem destas coisas…
Haja, por favor, um pouco de decência e vergonha.

domingo, dezembro 18

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo XVI

O sétimo planeta foi pois a Terra.

A Terra não é um planeta qualquer! Contam-se lá cento e onze reis (não esquecendo, é claro, os reis negros), sete mil geógrafos, novecentos mil negociantes, sete milhões e meio de beberrões, trezentos e onze milhões de vaidosos – isto é, cerca de dois biliões de pessoas grandes.

Para dar-lhes uma ideia das dimensões da Terra, eu lhes direi que, antes da invenção da electricidade, era necessário manter, para o conjunto dos seis continentes, um verdadeiro exército de quatrocentos e sessenta e dois mil, quinhentos e onze acendedores de lampiões.

Isto fazia, visto um pouco de longe, um magnífico efeito. Os movimentos desse exército eram ritmados como os de um balé de ópera. Primeiro vinha a vez dos acendedores de lampiões da Nova Zelândia e da Austrália. Esses, em seguida, acesos os lampiões, iam dormir. Entrava por sua vez a dança dos acendedores de lampiões da China e da Sibéria. E também desapareciam nos bastidores. Vinha a vez dos acendedores de lampiões da Rússia e das Índias. Depois os da África e da Europa. Depois os da América do Sul. Os da América do Norte. E jamais se enganavam na ordem de entrada, quando apareciam em cena. Era um espectáculo grandioso.

Apenas dois, o acendedor do único lampião do Pólo Norte e o seu colega do único lampião do Pólo Sul, levavam vida ociosa e descuidada: trabalhavam duas vezes por ano.

sábado, dezembro 17

FRASES CÉLEBRES

O DECO É INVENDÁVEL, INEGOCIÁVEL E IMPRESTÁVEL"
(PINTO DA COSTA ao recusar a oferta de um clube espanhol)

quinta-feira, dezembro 15

PIOR QUE MAU

O debate entre Alegre e Soares, foi até agora o pior ge todos.
Dois irmãos desavindos, já taralhoucos e sem ideias.
Muito triste...

quarta-feira, dezembro 14

FORA DO TEMPO

Jean-Jacques Rousseau (escritos francês, precursor do Romantismo, um dos mentores da Revolução Francesa, século XVIII):
"Enquanto houver homens sensatos sobre a terra, as mulheres letradas morrerão solteiras."

segunda-feira, dezembro 12

COBARDIA

Foram nojentas as imagens daquele "porco fascista" a agredir Mário Soares.
Não concordo com a Comunicação Social, quando "noticia", « um ex-combatente».
Conheço muitos ex-combatentes, e nenhum tem nada a ver com este troglodita asqueroso.
Foi gente desta que oprimiu de tal maneira os povos das ex-colónias, de modo a dar a descolonização que deu.

domingo, dezembro 11

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo XV
O sexto planeta era dez vezes maior. Era habitado por um velho que escrevia livros enormes.

- Bravo! eis um explorador! exclamou ele, logo que viu o principezinho.
O principezinho assentou-se na mesa, ofegante. Já viajara tanto!
- De onde vens? perguntou-lhe o velho.
- Que livro é esse? perguntou-lhe o principezinho. Que faz o senhor aqui?
- Sou geógrafo, respondeu o velho.
- Que é um geógrafo? perguntou o principezinho.
- É um sábio que sabe onde se encontram os mares, os rios, as cidades, as montanhas, os desertos.
É bem interessante, disse o principezinho. Eis, afinal, uma verdadeira profissão! E lançou um olhar em torno de si, no planeta do geógrafo. Nunca havia visto planeta tão majestoso.
- O seu planeta é muito bonito. Haverá oceanos nele?
- Como hei de saber? disse o geógrafo.
- Ah! (O principezinho estava decepcionado.) E montanhas?
- Como hei de saber? disse o geógrafo.
- E cidades, e rios, e desertos?
- Como hei de saber? disse o geógrafo pela terceira vez.
- Mas o senhor é geógrafo!
- É claro, disse o geógrafo; mas não sou explorador. Há uma falta absoluta de exploradores. Não é o geógrafo que vai contar as cidades, os rios, as montanhas, os mares, os oceanos, os desertos. O geógrafo é muito importante para estar passeando. Não deixa um instante a escrivaninha. Mas recebe os exploradores, interroga-os, anota as suas lembranças. E se as lembranças de alguns lhe parecem interessantes, o geógrafo estabelece um inquérito sobre a moralidade do explorador.
- Por que?
- Porque um explorador que mentisse produziria catástrofes nos livros de geografia. Como o explorador que bebesse demais.
- Por que? perguntou o principezinho.
- Porque os bêbados vêem dobrado. Então o geógrafo anotaria duas montanhas onde há uma só.
- Conheço alguém, disse o principezinho, que seria um mau explorador.
- É possível. Pois bem, quando a moralidade do explorador parece boa, faz-se uma investigação sobre a sua descoberta.
- Vai-se ver?
- Não. Seria muito complicado. mas exige-se do explorador que ele forneça provas. Tratando-se, por exemplo, de uma grande montanha, ele trará grandes pedras.
O geógrafo, de súbito, se entusiasmou:
- Mas tu vens de longe. Tu és explorador! Tu me vais descrever o teu planeta!
E o geógrafo, tendo aberto o seu caderno, apontou o seu lápis. Anotam-se primeiro a lápis as narrações dos exploradores. Espera-se, para cobrir à tinta, que o explorador tenha fornecido provas.
- Então? interrogou o geógrafo.
- Oh! onde eu moro, disse o principezinho, não é interessante: é muito pequeno. Eu tenho três vulcões. Dois vulcões em atividade e um vulcão extinto. A gente nunca sabe...
- A gente nunca sabe, repetiu o geógrafo.
- Tenho também uma flor.
- Mas nós não anotamos as flores, disse o geógrafo.
- Por que não? É o mais bonito!
- Porque as flores são efémeras.
- Que quer dizer "efémera"?
- As geografias, disse o geógrafo, são os livros de mais valor. Nunca ficam fora de moda. É muito raro que um monte troque de lugar. É muito raro um oceano esvaziar-se. Nós escrevemos coisas eternas.
- Mas os vulcões extintos podem se reanimar, interrompeu o principezinho. Que quer dizer "efémera"?
- Que os vulcões estejam extintos ou não, isso dá no mesmo para nós, disse o geógrafo. O que nos interessa é a montanha. Ela não muda.
- Mas que quer dizer "efémera"? repetiu o principezinho, que nunca, na sua vida, renunciara a uma pergunta que tivesse feito.
- Quer dizer "ameaçada de próxima desaparição".
- Minha flor estará ameaçada de próxima desaparição?
- Sem dúvida.
Minha flor é efémera, disse o principezinho, e não tem mais que quatro espinhos para defender-se do mundo! E eu a deixei sozinha!
Foi seu primeiro movimento de remorso. Mas retomou coragem:
- Que me aconselha a visitar? perguntou ele.
- O planeta Terra, respondeu-lhe o geógrafo. Goza de grande reputação...
E o principezinho se foi, pensando na flor.

sábado, dezembro 10

O MENOS MAU

Excelente desempenho de Francisco Louçã, encostou Cavaco ás cordas.
O homem só consegue dizer duas coisas seguidas se for sobre economia.

sexta-feira, dezembro 9

CONTINUA MAU

O debate de ontem entre Jerónimo e Soares, foi igualmente aborrecido.
Jerónimo, usou o habitual registo do PC, (a cassete), mas mais simpático.
Soares, sem chama, apagado, definitivamente velho.
Hoje os telespectadores da SIC Notícias á pergunta:
Quem ganhou o debate?
Responderam; 70% Jerónimo de Sousa, 30% Mário Soares.

quinta-feira, dezembro 8

FOI BOM

Benfica -2 Man.Uni -1
Foi bom de ver a Catedral da Luz voltar às grandes Noites Europeias.
65.000 corações ao rubro assistiram a um jogo de dois dos maiores baluartes do futebol do velho continente.
O Glorioso ganhou, quando pouca gente esperava.
E a festa foi bonitaaaaa...

FOI MAU

O debate de segunda-feira.
Foi aborrecido de morrer e de debate não teve nada. Não passou de dois monólogos desinteressantes.
Está tudo feito para beneficiar Cavaco. Basta chegar, abotoar aquela máscara esfíngica que Deus lhe deu, e debitar meia-dúzia de banalidades.
Sem estar sujeito á réplica, são favas contadas.

terça-feira, dezembro 6

OS PAPA MISSAS

Diz o povo e com razão, “Se queres ser bom, morre ou ausenta”.
Este fim-de-semana foi de romaria a Sá Carneiro, já há muitos anos a mais importante festa “das direitas”.
E lá foram desfiando os habituais encómios: “pai da democracia”, “grande estadista”, “político de eleição”, enfim, aquelas coisas que se dizem de quem já não nos pode fazer sombra.
Obviamente que o homem não foi nada disso, se outras razões não houvessem, porque não teve tempo.
Mas foi bonito de constatar, que só alguém definitivamente “mortinho da silva”, podia juntar na mesma mesa, ou na mesma missa, Mendes e Menezes, Durão e Marcelo, Lopes e Cavaco, um autentico “Saco de Gatos”.

segunda-feira, dezembro 5

A MESMA RECEITA?

Esta gente está plenamente convencida que as pessoas são estúpidas. Serão os seus acólitos…

João Paulo II,o papa supersticioso, que acreditava em milagres e na bondade do Opus Dei, está a caminho da beatificação com um feito ocorrido em França.
Segundo a Agência Ecclesia, uma Irmã religiosa, quem diria, vítima de cancro, obteve a cura sem explicação científica.
Este milagre vem a calhar para a carreira de santidade do papa polaco, pela qual zelam os meios mais conservadores da igreja.
O milagre foi adjudicado ao cadáver do Papa. E veio mesmo a calhar…
Tem graça. Já o fascista Escrivã de Ballaguer, começou a corrida para a santidade com um milagre da mesma especialidade numa freira, também, cuja madre superiora até desconhecia que estava doente.

domingo, dezembro 4

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo XIV
O quinto planeta era muito curioso. Era o menor de todos. Mal dava para um lampião e o acendedor de lampiões...
O principezinho não podia atinar para que pudessem servir, no céu, num planeta sem casa e sem gente, um lampião e o acendedor de lampiões. No entanto, disse consigo mesmo:
- Talvez esse homem seja mesmo absurdo. No entanto, é menos absurdo que o rei, que o vaidoso, que o homem de negócios, que o beberrão. Seu trabalho ao menos tem um sentido. Quando acende o lampião, é como se fizesse nascer mais uma estrela, mais uma flor. Quando o apaga, porém, é estrela ou flor que adormecem. É uma ocupação bonita. E é útil, porque é bonita.
Quando abordou o planeta, saudou respeitosamente o acendedor:
- Bom dia. Por que acabas de apagar teu lampião?
- É o regulamento, respondeu o acendedor. Bom dia.
- Que é o regulamento?
- É apagar meu lampião. Boa noite.
E tornou a acender.
- Mas por que acabas de o acender de novo?
- É o regulamento, respondeu o acendedor.
- Eu não compreendo, disse o principezinho.
- Não é para compreender, disse o acendedor. Regulamento é regulamento. Bom dia.
E apagou o lampião.
Em seguida enxugou a fronte num lenço de quadrinhos vermelhos.
- Eu executo uma tarefa terrível. Antigamente era razoável. Apagava de manhã e acendia à noite. Tinha o resto do dia para descansar e o resto da noite para dormir...
- E depois disso, mudou o regulamento?
- O regulamento não mudou, disse o acendedor. Aí é que está o drama! O planeta de ano em ano gira mais depressa, e o regulamento não muda!
- E então? disse o principezinho.
- Agora, que ele dá uma volta por minuto, não tenho mais um segundo de repouso. Acendo e apago uma vez por minuto!
- Ah! que engraçado! Os dias aqui duram um minuto!
- Não é nada engraçado, disse o acendedor. Já faz um mês que estamos conversando.
- Um mês?
- Sim. Trinta minutos. Trinta dias. Boa noite.
E ascendeu o lampião.
O principezinho considerou-o, e amou aquele acendedor tão fiel ao regulamento. Lembrou-se dos pores-do-sol que ele mesmo produzia, recuando um pouco a cadeira. Quis ajudar o amigo.
- Sabes? Eu sei de um modo de descansar quando quiseres...
- Eu sempre quero, disse o acendedor.
Pois a gente pode ser, ao mesmo tempo, fiel e preguiçoso.
E o principezinho prosseguiu:
- Teu planeta é tão pequeno, que podes, com três passos, dar-lhe a volta. Basta andares lentamente, bem lentamente, de modo a ficares sempre ao sol. Quando quiseres descansar, caminharás... e o dia durará quanto queiras.
- Isso não adianta muito, disse o acendedor. O que eu gosto mais na vida é de dormir.
- Então não há remédio, disse o principezinho.
- Não há remédio, disse o acendedor. Bom dia.
E apagou seu lampião.
Esse aí, disse para si o principezinho, ao prosseguir a viagem para mais longe, esse aí seria desprezado por todos os outros, o rei, o vaidoso, o beberrão, o homem de negócios. No entanto, é o único que não me parece ridículo. Talvez porque é o único que se ocupa de outra coisa que não seja ele próprio.
Suspirou de pesar e disse ainda:
- Era o único que eu podia ter feito meu amigo. Mas seu planeta é mesmo pequeno demais. Não há lugar para dois...
O que o principezinho não ousava confessar é que os mil quatrocentos e quarenta pores-do-sol em vinte e quatro horas davam-lhe certa saudade do abençoado planeta.

sábado, dezembro 3

FRASES CÉLEBRES

“EU DISCONCORDO COM O QUE VOCÊ DISSE"
(DERLEI, do F. C. PORTO, numa entrevista ao Record)

“NO PORTO É TODO MUNDO MUITO SIMPÁTICO. É UM POVO MUITO HOSPITALAR"
(DECO, ao comentar a hospitalidade do povo tripeiro)

quinta-feira, dezembro 1

LAICISMO

O CDS/PP pediu ao Governo informações sobre o processo de retirada de crucifixos das escolas, alertando que «qualquer hostilidade dirigida contra símbolos religiosos não pode deixar de ser entendida como vulgar expressão de intolerância»

Nota
Confesso que os “crucifixos” não me incomodam sobremaneira.
Vêm me á memória os meus tempos de escola, em que o “crucificado” estava ladeado sempre pelos dois “ladrões”, Tomáz e Salazar.
Como os esbirros já se foram, e já lá vão os tempos de conluio da igreja com a ditadura, já não há nenhum perigo.
Os miúdos, estão-se “borrifando” para um bonequinho no qual nem reparam e que não lhes diz absolutamente nada.
Só o que me incomoda, é que a proliferação de símbolos de seitas, sejam elas quais forem, demonstram o atraso da sociedade.

quarta-feira, novembro 30

70 ANOS

Não sou sou nada

Não posso ser nada

Nunca serei nada.

À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

terça-feira, novembro 29

FORA DO TEMPO

Yaroslao, o Sábio (grão-duque de Kiev, autor da primeira constituição russa, Século X):
"A vida de uma mulher vale metade da de um homem, no caso deste morrer, cabe ao Estado e seus parentes reclamarem indemnização."

segunda-feira, novembro 28

VIGARICE

A Greve dos Juízes do dia 26 de Outubro, segundo fontes sindicais, teve uma adesão de 95%, espantoso!
De um universo de aproximadamente 1.400 magistrados, a jornada de luta teve o apoio de 1.330, o que é um número deveras impressionante.
O estranho, é que agora veio a público, que de todos os senhores doutores, só 30% se declararam em Greve para efeitos remuneratórios, ou seja, 420, não receberam o salário.
Quer isso dizer que 910 juizes, apesar de estarem em greve, fizeram “mão leve” ao ordenado. Ou seja, por certo inadvertidamente, Roubaram o Estado.
È verdade, que em todas as profissões há “ovelhas ronhosas”, nenhuma se pode gabar de estar imune a VIGARISTAS…
O que me deixa bastante apreensivo com a qualidade da nossa Justiça, são os números.
Não me consigo abstrair que 910 em 1400, representa 65%, é de deixar os cabelos em pé. Convenhamos, que é muita gente desonesta.

domingo, novembro 27

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo XIII
O quarto planeta era o do homem de negócios. Estava tão ocupado que não levantou sequer a cabeça à chegada do príncipe.
- Bom dia, disse-lhe este. O seu cigarro está apagado.
- Três e dois são cinco. Cinco e sete, doze. Doze e três, quinze. Bom dia. Quinze e sete, vinte e dois. Vinte e dois e seis, vinte e oito. Não há tempo para acender de novo. Vinte e seis e cindo, trinta e um. Uf! São pois quinhentos e um milhões, seiscentos e vinte e dois mil, setecentos e trinta e um.
- Quinhentos milhões de quê?
- Hem? Ainda estás aqui? Quinhentos e um milhões de... eu não sei mais... Tenho tanto trabalho. Sou um sujeito sério, não me preocupo com ninharias! Dois e cinco, sete...
- Quinhentos milhões de quê? repetiu o principezinho, que nunca na sua vida renunciara a uma pergunta, uma vez que a tivesse feito.
O homem de negócios levantou a cabeça:
- Há cinqüenta e quatro anos que habito este planeta e só fui incomodado três vezes. A primeira vez foi há vinte e dois anos, por um besouro caído não sei de onde. Fazia um barulho terrível, e cometi quatro erros na soma. A segunda foi há onze anos, por uma crise de reumatismo. Falta de exercício. Não tenho tempo para passeio. Sou um sujeito sério. A terceira... é esta! Eu dizia, portanto, quinhentos e um milhões...
- Milhões de quê?
O homem de negócios compreendeu que não havia esperança de paz:
- Milhões dessas coisinhas que se vêem às vezes no céu.
- Moscas?
- Não, não. Essas coisinhas que brilham.
- Abelhas?
- Também não. Essas coisinhas douradas que fazem sonhar os ociosos. Eu cá sou um sujeito sério. Não tenho tempo para divagações.
- Ah! estrelas?
- Isso mesmo. Estrelas.
- E que fazes tu de quinhentos milhões de estrelas?
- Quinhentos e um milhões, seiscentos e vinte e duas mil, setecentos e trinta e uma. Eu sou um sujeito sério. Gosto de exatidão.
- O que fazes tu dessas estrelas?
- Que faço delas?
- Sim.
- Nada. Eu as possuo.
- Tu possuis as estrelas?
- Sim.
- Mas eu já vi um rei que...
- Os reis não possuem. Eles "reinam" sobre. É muito diferente.
- E de que te serve possuir as estrelas?
- Servem-me para ser rico.
- E para que te serve ser rico?
- Para comprar outras estrelas, se alguém achar.
Esse aí, disse o principezinho para si mesmo, raciocina um pouco como o bêbado.
No entanto, fez ainda algumas perguntas.
- Como pode a gente possuir as estrelas?
- De quem são elas? respondeu, ameaçador, o homem de negócios.
- Eu não sei. De ninguém.
- Logo são minhas, porque pensei primeiro.
- Basta isso?
- Sem dúvida. Quando achas um diamante que não é de ninguém, ele é teu. Quando achas uma ilha que não é de ninguém, ela é tua. Quando tens uma idéia primeiro, tua a fazes registrar: ela é tua. E quanto a mim, eu possuo as estrelas, pois ninguém antes de mim teve a idéia de as possuir.
- Isso é verdade, disse o principezinho. E que fazes tu com elas?
- Eu as administro. Eu as conto e reconto, disse o homem de negócios. É difícil. Mas eu sou um homem sério!
O principezinho ainda não estava satisfeito.
- Eu, se possuo um lenço, posso colocá-lo em torno do pescoço e levá-lo comigo. Se possuo uma flor, posso colher a flor e levá-la comigo. Mas tu não podes colher as estrelas.

- Não. Mas eu posso colocá-las no banco.
- Que quer dizer isto?
- Isso quer dizer que eu escrevo num papelzinho o número das minhas estrelas. Depois tranco o papel à chave numa gaveta.
- Só isto?
- E basta...
É divertido, pensou o principezinho. É bastante poético. Mas não é muito sério.
O principezinho tinha, sobre as coisas sérias, idéias muito diversas das idéias das pessoas grandes.
- Eu, disse ele ainda, possuo uma flor que rego todos os dias. Possuo três vulcões que revolvo toda semana. Porque revolvo também o que está extinto. A gente nunca sabe. É útil para os meus vulcões, é útil para a minha flor que eu os possua. Mas tu não és útil às estrelas...
O homem de negócios abriu a boca, mas não achou nada a responder, e o principezinho se foi...
As pessoas grandes são mesmo extraordinárias, repetia simplesmente no percurso da viagem

sábado, novembro 26

GOSTAVA DE ENTENDER

O papa Bento XVI sustentará, em documento ainda não publicado, que é inadmissível para a Igreja o sacerdócio dos homossexuais
"A Igreja não pode admitir o sacerdócio daqueles que praticam o homossexualismo, apresentam tendências homossexuais profundamente arraigadas ou apoiam a chamada 'cultura gay'",
A Conferência Episcopal Alemã elogiou e o documento do Vaticano e destacou que o mesmo está em conformidade com o que se pratica há muito tempo nos seminários.
"Na prática, em nossos seminários e noviciados há muito tempo procedemos nesta direcção, o documento está em consonância com o manual "Homossexualismo e Sacerdócio", elaborado em 1999 e depois revisto em 2003 e em 2005, " disse o presidente da Conferência Episcopal, Karl Lehmann.

Nota:
Deixa-me sempre estupefacto a falta de coerência desta gente! Que importância pode ter para a igreja a tendência sexual dos padres? Não é verdade que os sacerdotes estão obrigados à abstinência sexual? Não pode influir no seu mistério pastoral, uma função que não se usa. Ou será que um homossexual que fez votos de castidade, ainda assim é um ser inferior aos olhos de Deus?
Não seria melhor este Papa preocupar-se com os padres pedófilos que tanto tem protegido?

sexta-feira, novembro 25

FIM DA FESTA

Era uma vez um povo que renasceu numa alegre manhã de Abril.
E com A Canção, descobriu que era dono do seu próprio destino, não havia mais lugar para grilhetas e tutores.
E de Abril se fez Maio. E a festa foi linda. Uma festa de solidariedade pura e límpida.
E todas as utopias foram possíveis, o futuro ali, mesmo ao alcance das nossas mãos.
As vozes cantaram, e todos os poetas de boa vontade caminhavam na mesma direcção.
E veio Março da nossa maioridade e todo o país obedeceu ao seu povo.
E estávamos no Verão Quente, com o Glorioso PREC do nosso contentamento.
Mas a alegria não dura muito em casa dos pobres, e os vampiros estavam de volta.
Num triste dia de Novembro, um general cinzento que não sabia sorrir, vingou-se, e acabou com a festa…

Eu vim de longe, de muito longe
O que eu andei pr’aqui chegar.
Eu vou p’ra longe, p’ra muito longe
Onde nos vamos encontrar
Com o que temos p’ra nos dar…

quinta-feira, novembro 24

Pinochet foi hoje preso. Vai finalmente ser julgado.
Para qu^tanto trabalho?
Um tiro na cabeça e caixote do lixo.

domingo, novembro 20

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo XII
O planeta seguinte era habitado por um bêbado. Esta visita foi muito curta, mas mergulhou o principezinho numa profunda melancolia.
- Que fazes aí? Perguntou ao bêbado, silenciosamente instalado diante de uma colecção de garrafas vazias e uma colecção de garrafas cheias.
- Eu bebo, respondeu o bêbado, com ar lúgubre.
- Por que é que bebes? Perguntou-lhe o principezinho.
- Para esquecer, respondeu o beberrão.
- Esquecer o quê? Indagou o principezinho, que já começava a sentir pena.
- Esquecer que eu tenho vergonha, confessou o bêbado, baixando a cabeça.
- Vergonha de quê? Investigou o principezinho, que desejava socorrê-lo.
- Vergonha de beber! Concluiu o beberrão, encerrando-se definitivamente no seu silêncio.
E o principezinho foi-se embora, perplexo.
As pessoas grandes são decididamente muito bizarras, dizia de si para si, durante a viagem.

sábado, novembro 19

FORA DO TEMPO

Petrarca (poeta italiano do Renascimento, século XIV):
"Inimiga da paz, fonte de inquietação, causa de brigas que destroem toda a tranquilidade, a mulher é o próprio diabo."

quinta-feira, novembro 17

PRESIDENCIAIS

As presidenciais perderam o interesse.

Jerónimo e Louçã, são candidatos de "mentirinha"
Alegre, é um equívoco difícil de explicar.
Cavaco, para dizer disparates, mais vale estar calado.
Soares, mostra a habitual verborreia dos velhos.

Quem nos há-de valer?

quarta-feira, novembro 16

COMO OS CIGANOS...

Eu gosto dos caminhos para o sul
Onde passa o cigano e a rola brava

Como os ciganos entre sul e viagem do outro lado do rio
Como os ciganos somos de outra margem

Nosso amor é de bala e desafio
E todos os amantes são raianos

Como os ciganos de passagem
Como os ciganos

(Manuel Alegre)

terça-feira, novembro 15

MINISTRO SEM MEDO

O ministro da Indústria espanhol, José Montilla, acusou a rádio Cadeia COPE, propriedade da Conferência Episcopal, de «incitar o ódio» e de «praticar a mentira», antes da manifestação de contra a nova Lei da Educação. Em declarações aos jornalistas, Montilla exigiu «explicações» aos bispos católicos, visando em particular António Maria Rouco Varela, cardeal de Madrid e Antonio Cañizares, arcebispo de Toledo, que acusa de nada terem feito para corrigir os erros da emissão. Sublinhando que «todo o mundo tem o direito de se manifestar», Montilla apelou à «serenidade» dos que usam o «espaço radiofónico», em particular os jornalistas da COPE que dizem «barbaridades» sobre a reforma educativa e promovem «mentiras que não respeitam a liberdade». Nesse sentido, o governante critica vários dos jornalistas e comunicadores da COPE que considera «dedicarem-se à mentira e a atacar todos os que não estão do seu lado», aplicando valores que «não são nem da maioria dos crentes, nem da hierarquia da Igreja». Para Montilla, a emissora institucional da Igreja «ultrapassou a linha do respeito pela informação contrastada», já que o polémico projecto de Lei Orgânica da Educação (LOE), contestado hoje numa grande manifestação em Madrid, não afecta a inclusão da cadeira de religião nos centros públicos. O governante critica igualmente a liderança do maior partido da oposição, o Partido Popular, que participa no protesto de hoje, afirmando que a força política tem «alguma responsabilidade», depois de dois mandatos no governo, «pelo baixo nível educativo dos alunos espanhóis».

Porque é que a ICAR não se limita a “cantar missas” e “vender bulas”? Se os bispo querem fazer política, dispam as “saias” e candidatem-se.

segunda-feira, novembro 14

O MAMARRACHO




1º - Na minha modesta opinião, o “animal” não apresenta nenhuma qualidade artística.
2º - A melhor homenagem ao Alter Real, é apreciá-lo bem vivo e fazer tudo para não deixar privatizar a coudelaria.
3º - Não gosto da tendência dos nossos autarcas para Rotundas e Trambolhos e este é “dois em um”.
Depois de dois bons mandatos, o António Hemitério, não tinha precisão de “borrar a pintura”.

Como diria o Diácono Remédios: - Não havia nexexidade…

sábado, novembro 12

COLABORAÇÕES

Angola comemorou ontem trinta anos de independência.
Foram anos muito sofridos, que o povo angolano não merecia nem desejava, como ficou demonstrado após a morte de Savimbi.
Mais de vinte e seis anos de Guerra Civil da responsabilidade de Jonas Savimbi. Um fantoche criado e armado pelo Exercito Português durante a ditadura, justamente para sabotar a luta dos Movimentos de Libertação.
Quando lhe faltou esse apoio, foi procurá-lo nos racistas da Africa do Sul, ao lado dos quais participou na Invasão do seu próprio país
No dia em que finalmente foi abatido, Angola ficou em paz.

segunda-feira, novembro 7

INTIFADA?

Começou em Paris e está a espalhar-se por toda a França.
Um dia vai atingir o mundo inteiro, podem crer.
Os políticos não se preocupam em tratar da vida dos pobres.
Lá virá o dia em que os pobres vão tratar da vida aos políticos...

domingo, novembro 6

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo XI
O segundo planeta, um vaidoso o habitava.
- Ah! Ah! Um admirador vem visitar-me! exclamou de longe o vaidoso, mal vira o príncipe.
Porque, para os vaidosos, os outros homens são sempre admiradores.
- Bom dia, disse o principezinho. Você tem um chapéu engraçado.
- É para agradecer, exclamou o vaidoso. Para agradecer quando me aclamam. Infelizmente não passa ninguém por aqui.
- Sim? disse o principezinho sem compreender.
- Bate as mãos uma na outra, aconselhou o vaidoso.O principezinho bateu as mãos uma na outra. O vaidoso agradeceu modestamente, erguendo o chapéu
- Ah, isso é mais divertido que a visita ao rei, disse consigo mesmo o principezinho. E recomeçou a bater as mãos uma na outra. O vaidoso recomeçou a agradecer, tirando o chapéu.
Após cinco minutos de exercício, o principezinho cansou-se com a monotonia do brinquedo:
- E para o chapéu cair, perguntou ele, que é preciso fazer?
Mas o vaidoso não ouviu. Os vaidosos só ouvem os elogios.
- Não é verdade que tu me admiras muito? perguntou ele ao principezinho.
- Que quer dizer admirar?
- Admirar significa reconhecer que eu sou o homem mais belo, mais rico, mais inteligente e mais bem vestido de todo o planeta.
- Mas só há você no seu planeta!
- Dá-me esse gosto. Admira-me mesmo assim!
- Eu te admiro, disse o principezinho, dando de ombros. Mas como pode isso interessar-te?
E o principezinho foi-se embora.
As pessoas grandes são decididamente muito bizarras, ia pensando ele pela viagem afora.

sábado, novembro 5

FORA DO TEMPO

Jakob Sprenger (dominicano alemão do período da Inquisição, especialista em bruxarias, século XV):
"Na criação da primeira mulher houve uma falha, pois foi feita de uma costela curva. Curvada na direcção contrária à do homem. Portanto, é um animal imperfeito. É mais fraca de mente e de corpo e por natureza mais impressionável. Tem memória fraca, não é disciplinada, perdendo a todo momento o sentido do dever. Por seus distúrbios passionais e afectivos é vingativa e propensa a renegar a fé. Não é de se estranhar que este sexo tenha dado tantas bruxas."

quinta-feira, novembro 3

GOLPE DO BAÚ

Prestes a receber uma fortuna, devido à iminente morte de seu velho pai viúvo, Charles achou que precisava da companhia de uma linda mulher, bem jovem depreferência, para desfrutar a grana.
Decidido, foi a um bar freqüentado por jovens solteiras e logo viu uma gata de parar o trânsito.
Dirigiu-se a ela e disse:-Eu sou apenas um cara comum, mas em uma ou duas semanas meu pai vai morrer e eu vou herdar uma fortuna de mais de 20 milhões de dólares.A mulher topou na hora e já saiu do bar directo para a casa de Charles.
No dia seguinte ela se tornou sua madrasta.

terça-feira, novembro 1

ONDE PÁRA A “MASSA”

Banca privada lucra 116 milhões por mês
Os lucros dos quatro maiores bancos privados portugueses – Banco Espírito Santo (BES), Millennium (BCP), Banco Português de Investimento (BPI) e Santander Totta – somaram no terceiro trimestre de 2005 mais de 1052 milhões de euros.
Uma subida de cerca de 191 milhões de euros face aos lucros registados pelos quatro gigantes em igual período do ano anterior

Enquanto a sociedade vai vivendo cada vez pior, o Sector Financeiro vai acumulando toda a riqueza disponível.
E como se não bastasse, ainda recebem benesses fiscais do estado.

segunda-feira, outubro 31

OS LOBOS E O REBANHO

Segundo o Diário de Notícias de 27 de Outubro, um relatório elaborado pelo Governo irlandês, deu a conhecer 100 crimes de abuso sexual cometidos por 21 padres na diocese de Wexford.
Os abusos, que afectaram inúmeras crianças, foram cometidos entre 1966 e 2002
.O relatório diz que entre 1960 e 1980, o bispo de Ferns, via o abuso sexual a crianças na sua diocese como um problema «exclusivamente moral». Os padres acusados de abuso eram transferidos para outras dioceses por algum tempo, mas acabavam por voltar.
O administrador da diocese de Ferns, o bispo Eamonn Walsh, apoiou este estudo e disse «aceitar e reconhecer» os seus resultados. «A Igreja pede desculpas sinceras a todos os que foram vítimas de abuso».O primeiro-ministro irlandês, Bertie Ahern, garantiu que as medidas recomendadas no relatório vão ser imediatamente postas em vigor. A Sociedade Irlandesa de Prevenção à Crueldade com as Crianças disse que este relatório é mais uma prova de como a sociedade irlandesa falhou na protecção das crianças.

Quem tem filhos pequenos, tem que ter muito cuidado. Até nas pessoas que em princípio, deviam estar a cima de qualquer suspeita, já não se pode confiar.
Numa pequena diocese, 21 lobos no meio do rebanho. E quantos mais por descobrir?
E a vergonha do “encobrimento”, de transferi-los, para lhes proporcionar novos “territórios de caça”?

domingo, outubro 30

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo X
Ele se achava na região dos asteróides 325, 326, 327, 328, 329, 330. Começou, pois, a visitá-los, para procurar uma ocupação e se instruir.
O primeiro era habitado por um rei. O rei sentava-se, vestido de púrpura e arminho, num trono muito simples, posto que majestoso.

- Ah! Eis um súbdito, exclamou o rei ao dar com o principezinho.
E o principezinho perguntou a si mesmo:
- Como pode ele reconhecer-me, se jamais me viu?
Ele não sabia que, para os reis, o mundo é muito simplificado. Todos os homens são súbditos.
- Aproxima-te, para que eu te veja melhor, disse o rei, todo orgulhoso de poder ser rei para alguém.
O principezinho procurou com olhos onde sentar-se, mas o planeta estava todo atravancado pelo magnífico manto de arminho. Ficou, então, de pé. Mas, como estava cansado, bocejou.
- É contra a etiqueta bocejar na frente do rei, disse o monarca, Eu o proíbo.
- Não posso evitá-lo, disse o principezinho confuso. Fiz uma longa viagem e não dormi ainda...
- Então, disse o rei, eu te ordeno que bocejes. Há anos que não vejo ninguém bocejar! Os bocejos são uma raridade para mim. Vamos, boceja! É uma ordem!
- Isso me intimida... eu não posso mais... disse o principezinho todo vermelho.
- Hum! Hum! respondeu o rei. Então... então eu te ordeno ora bocejares e ora...
Ele gaguejava um pouco e parecia vexado.
Porque o rei fazia questão fechada que sua autoridade fosse respeitada. Não tolerava desobediência. Era um monarca absoluto. Mas, como era muito bom, dava ordens razoáveis.
"Se eu ordenasse, costumava dizer, que um general se transformasse em gaivota, e o general não me obedecesse, a culpa não seria do general, seria minha".
- Posso sentar-me? interrogou timidamente o principezinho.
- Eu te ordeno que te sentes, respondeu-lhe o rei, que puxou majestosamente um pedaço do manto de arminho.
Mas o principezinho se espantava. O planeta era minúsculo. Sobre quem reinaria o rei?
- Majestade... eu vos peço perdão de ousar interrogar-vos...
- Eu te ordeno que me interrogues, apressou-se o rei a declarar.
- Majestade... sobre quem é que reinas?
- Sobre tudo, respondeu o rei, com uma grande simplicidade.
- Sobre tudo?
O rei, com um gesto discreto, designou seu planeta, os outros, e também as estrelas.
- Sobre tudo isso?
- Sobre tudo isso... respondeu o rei.
Pois ele não era apenas um monarca absoluto, era também um monarca universal.
- E as estrelas vos obedecem?
- Sem dúvida, disse o rei. Obedecem prontamente. Eu não tolero indisciplina.
Um tal poder maravilhou o principezinho. Se ele fosse detentor do mesmo, teria podido assistir, não a quarenta e quatro, mas a setenta e dois, ou mesmo a cem, ou mesmo a duzentos pores-do-sol no mesmo dia, sem precisar sequer afastar a cadeira! E como se sentisse um pouco triste à lembrança do seu pequeno planeta abandonado, ousou solicitar do rei uma graça:
- Eu desejava ver um pôr-do-sol... Fazei-me esse favor. Ordenai ao sol que se ponha...
- Se eu ordenasse a meu general voar de uma flor a outra como borboleta, ou escrever uma tragédia, ou transformar-se em gaivota, e o general não executasse a ordem recebida, quem - ele ou eu - estaria errado?
- Vós, respondeu com firmeza o principezinho.
- Exacto. É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar, replicou o rei. A autoridade repousa sobre a razão. Se ordenares a teu povo que ele se lance ao mar, farão todos revolução. Eu tenho o direito de exigir obediência porque minhas ordens são razoáveis.
- E meu pôr-do-sol? lembrou o principezinho, que nunca esquecia a pergunta que houvesse formulado.
- Teu pôr-do-sol, tu o terás. Eu o exigirei. Mas eu esperarei, na minha ciência de governo, que as condições sejam favoráveis.
- Quando serão? indagou o principezinho.
- Hem? respondeu o rei, que consultou inicialmente um grosso calendário. Será lá por volta de... por volta de sete horas e quarenta, esta noite. E tu verás como sou bem obedecido.
O principezinho bocejou. Lamentava o pôr-do-sol que perdera. E depois, já estava se aborrecendo um pouco!
- Não tenho mais nada que fazer aqui, disse ao rei. Vou prosseguir minha viagem.
- Não partas, respondeu o rei, que estava orgulhoso de ter um súbdito. Não partas: eu te faço ministro!
- Ministro de quê?
- Da... da justiça!
- Mas não há ninguém a julgar!
- Quem sabe? disse o rei. Ainda não dei a volta no meu reino. Estou muito velho, não tenho lugar para carruagem, e andar cansa-me muito.
- Oh! Mas eu já vi, disse o príncipe que se inclinou para dar ainda uma olhadela do outro lado do planeta. Não consigo ver ninguém...
- Tu julgarás a ti mesmo, respondeu-lhe o rei. É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues julgar-te bem, eis um verdadeiro sábio.
- Mas eu posso julgar-me a mim próprio em qualquer lugar, replicou o principezinho. Não preciso, para isso, ficar morando aqui.
- Ah! disse o rei, eu tenho quase certeza de que há um velho rato no meu planeta. Eu o escuto de noite. Tu poderás julgar esse rato. Tu o condenarás à morte de vez em quando: assim a sua vida dependerá da tua justiça. Mas tu o perdoarás cada vez, para economizá-lo. Pois só temos um.
- Eu, respondeu o principezinho, eu não gosto de condenar à morte, e acho que vou mesmo embora.
- Não, disse o rei.
Mas o principezinho, tendo acabado os preparativos, não quis afligir o velho monarca:
- Se Vossa Majestade deseja ser prontamente obedecido, poderá dar-me uma ordem razoável. Poderia ordenar-me, por exemplo, que partisse em menos de um minuto. Parece-me que as condições são favoráveis.
Como o rei não disse nada, o principezinho hesitou um pouco; depois suspirou e partiu.
- Eu te faço meu embaixador, apressou-se o rei em gritar.
Tinha um ar de grande autoridade.
As pessoas grandes são muito esquisitas, pensava, durante a viagem, o principezinho

sábado, outubro 29

O EQUÍVOCO

Assisti com muito interesse ao Manifesto, bastante medíocre diga-se, do Prof. Cavaco.
De quem há dez anos não se pronuncia sobre nada de interessante, esperava algumas ideias sobre Política Geral, Política Externa, Europa, Relações com a CPLP, Ambiente, Justiça, em suma uma dica de como Cavaco Silva vê Portugal e o Mundo.
Puro engano... O Economista de Santa Comba, perdão!, Boliqueime, equivocou-se e trouxe-nos um Programa de Governo.
Ora, caso o senhor não saiba, nós já teemos governo, com maioria absoluta e em princípio de mandato.
Do que me ficou, fora as banalidades de ocasião, foi que:
Ou o Professor dissolve a Assembleia e tenta fazer primeiro-ministro o “criado” Marques Mendes.
Ou vamos ter uma co-habitação muito difícil com grande prejuízo para o país.

quinta-feira, outubro 27

Continua hoja a Greve dos Juizes. Parece que com grandes resultados. 4.000 processos adiados e 50.000 pessoas afectadas, no primeiro dia.
Esperemos que o governo não ceda às pressões Corporativas de Suas Excelências.
Eles voltam depressa ao "emprego", ao trabalho, já não garanto.

SABER A QUEM

No convento das carmelitas uma jovem mulher aparecia todas as manhãs a rezar junto ao altar da Virgem Maria.
Intrigada, um dia a madre superiora perguntou-lhe o motivo da súplica, ao que a devota respondeu:

- Venho aqui rezar duas ave-marias a pedir um filho.
- E já experimentou um padre nosso? - indagou a madre.

quarta-feira, outubro 26

“GATOS GORDOS” EM GREVE

O Estado Novo deu-lhes um estatuto de Casta Superior e cumulou-os de “mordomias”.
Em troca, eles colaboraram com a Ditadura Fascista, uns por medo, outros com “alegria”. Presidiram aos Tribunais Plenários, aplicaram penas por Delito de Opinião, condenaram Democratas ao Exílio, ao Degredo e à Prisão.
Quando chegou, a democracia em vez de fazer a devida e esperada limpeza, não o fez.
Continuaram os mesmos a gerir o Sistema Judicial, a administrar a mesma justiça, à medida da bolsa de cada um, e a formar os seus herdeiros, quando muitos deles nunca perceberam o que é a democracia. ( um dos nossos juízes do Supremo, mandou prender um cidadão, porque este não o deixou passar à frente na fila do Multibanco).
Continuaram a acumular regalias intoleráveis à custa de chantagem a governos fracos nos últimos trinta anos. Mas como foram perdendo o Estatuto, perderam a vontade de trabalhar, tornaram-se maioritariamente uma classe de “poltrões”.
Só assim se explica que na vizinha Espanha o sistema funcione com 10 juízes por 100.000 habitantes, e nós com 14/100.000, estejamos neste estado.
Agora que finalmente um governo tem a coragem de vir repor um pouco da justiça que eles não querem nem sabem aplicar, aqui d’ El Rei, que estão a limitar o Poder Judicial.

Está visto, que só “o mexer-lhes nos bolsos” os faz sair da letargia.
VÃO TRABALHAR, MALANDROS…

terça-feira, outubro 25

NÃO HÁ PACHORRA

Esta histeria em que anda a Comunicação Social, é patética.Até passar de "moda", o filão Gripe das Aves vai sendo bem explorado.Morre um papagaio em Inglaterra, e abre todos os jornais das nossas televisões. Que critérios jornalísticos são estes baseados no alarme? Não seria mais didáctico esclarecer sem banalizar? Se vier a acontecer algo de mais grave, as pessoas já estão anastesiadas de tanta especulação inútil, e já nem ligam.

E depois, com tanta gente a morrer de fome todos os dias, é notícia a morte de seis galinhas na Tailândia!

segunda-feira, outubro 24

NOTÍCIAS DO CAVAQUISTÃO

Quando no último sábado LHE perguntaram o que achava se o Partido Socialista desistisse do Referendo e alterasse a Lei da Interrupção Voluntária da Gravidez na Assembleia, Sua Excelência respondeu que; “Não compete ao Presidente da Republica pronunciar-se sobre…” e que “…é uma matéria da responsabilidade da Assembleia Nacional”
Ficámos a saber que:

1º - Sua Excelência já se considera o futuro presidente. Para quê o incomodo de fazer eleições?
2º - Sua Excelência ainda não percebeu que a Assembleia Nacional foi “dissolvida” há mais de trinta anos.

Se de boca fechada, é merecedor de algum crédito, quando começa a falar é uma tristeza.

domingo, outubro 23

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo IX
Creio que ele aproveitou, para evadir-se, pássaros selvagens que imigravam. Na manhã da partida, pôs o planeta em ordem. Revolveu cuidadosamente seus dois vulcões em actividade. Pois possuía dois vulcões. E era muito cômodo para esquentar o almoço. Possuía também um vulcão extinto. Mas, como ele dizia: "Quem é que pode garantir?", revolveu também o extinto. Se eles são bem revolvidos, os vulcões queimam lentamente, regularmente, sem erupções. As erupções vulcânicas são como fagulhas de lareira. Na terra, nós somos muito pequenos para revolver os vulcões. Por isso é que nos causam tanto dano.
O principezinho arrancou também, não sem um pouco de melancolia, os últimos rebentos de baobá. Ele julgava nunca mais voltar. Mas todos esses trabalhos familiares lhe pareceram, aquela manhã, extremamente doces. E, quando regou pela última vez a flor, e se dispunha a colocá-la sob a redoma, percebeu que estava com vontade de chorar.
- Adeus, disse ele à flor.
Mas a flor não respondeu.
- Adeus, repetiu ele.
A flor tossiu. Mas não era por causa do resfriado.
- Eu fui uma tola, disse por fim. Peço-te perdão. Trata de ser feliz.

A ausência de censuras o surpreendeu. Ficou parado, inteiramente sem jeito, com a redoma no ar. Não podia compreender essa calma doçura.
- É claro que eu te amo, disse-lhe a flor. Foi por minha culpa que não soubeste de nada. Isso não tem importância. Foste tão tolo quanto eu. Trata de ser feliz... Mas pode deixar em paz a redoma. Não preciso mais dela.
- Mas o vento...
- Não estou assim tão resfriada... O ar fresco da noite me fará bem. Eu sou uma flor. - Mas os bichos...
- É preciso que eu suporte duas ou três larvas se quiser conhecer as borboletas. Dizem que são tão belas! Do contrário, quem virá visitar-me? Tu estarás longe... Quanto aos bichos grandes, não tenho medo deles. Eu tenho as minhas garras.
E ela mostrava ingenuamente seus quatro espinhos. Em seguida acrescentou:
- Não demores assim, que é exasperante. Tu decidiste partir. Vai-te embora!
Pois ela não queria que ele a visse chorar. Era uma flor muito orgulhosa...

sábado, outubro 22

“FOI-SE O TABU”

Aníbal Cavaco Silva, é candidato à Presidência da República. O país ficou finalmente a saber o que já há muito se sabia.
Gostei da encenação que foi montada para as televisões, desde a Travessa do Pessoulo até ao CCB.
Gostei dos tons da sala, da luz e das dez bandeiras de Portugal bem alinhadas.
Gostei da cor do fato, da camisa brancae da gravata vermelha.
Gostei sobretudo da completa ausência dos “trambolhos” sociais democratas, dos quais se demarcou.
Gostei do estilo ascético e humilde, entre Salazar e Tony Carreira. Sublime!
Parabéns ao profissionais que montaram o esquema. Vai vender-se mais que a Margarina Becel, ou o Queijo da Ilha. Estive sempre à espera de ouvir a célebre frase; “mas agora já chega de bolas, está na altura de me dedicar mais ás fatias”

O discurso é que foi fraquinho. Meia dúzia de banalidades, nada de novo como é habitual no professor.
Mas não há problema. È por demais sabido que a esmagadora maioria dos apoiantes de Cavaco, são “analfabetos funcionais”, mesmo que o homem desse um “golpe de asa”, e se saísse com algumas capacidades oratórias, eles não iam mesmo perceber.

quinta-feira, outubro 20

VOLTEI

“Olá cá estou eu, o Brise continuo…”
Que disparate!! Não é nada disso.
Esta minha mania das limpezas, levou-me a apagar coisas a mais. Fiquei sem portas USB. Depois de uma semana no “ferreiro” e de 17 euros de factura, está tudo nos “trinques”.
Agora, juro solenemente, que tão cedo não me apanham a fazer “faxina” no Disco C.

quarta-feira, outubro 12

MENSAGEM - Fernando Pessoa

OS TEMPOS V

NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Numa o que é mal numa o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!

Vale, Fratres.

terça-feira, outubro 11

AUTÁRQUICAS 200S

"TUDO COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES"

Os resultados do escrutínio foram os habituais:

PS - 127 votos
PSD - 22 votos
CDU - 128 votos

Na última eleição, o PS tinha perdido por 2 votos, agora por 1. É preciso ter azar...

domingo, outubro 9

DELÍRIOS ALCOÓLICOS

Num daqueles espectáculos lamentáveis que são os comícios do homem, assim falou o bastardo, (para não dizer filho da puta), que manda na Madeira.

«Eu estou aqui de peito aberto a enfrentar o tal mais poderoso de Portugal, que eu não tenho medo dele, nem sequer fisicamente»

«esse Jorge Coelho, de quem toda a gente parece ter medo em Portugal, disse que na Madeira não há liberdade, quando todos nós sabemos quem controla toda a comunicação social do continente e quando todos sabem quem controla os dinheiros que fazem o PS funcionar».

«Que tome juízo e deixe os portugueses em paz, até porque um dia os portugueses vão pedir contas a esse Jorge Coelho quando for a hora da verdade».

Rezam as crónicas que o senhor cambaleava. E que no meio de um rosto afogueado, se destacavam as orelhas e o nariz extremamente avermelhados.
Como soe dizer-se no Alentejo, “tava com uma bebedeira naqueles cornos…”.

sábado, outubro 8

MEMÓRIA

14/06/28 a 08/10/67

HASTA SIEMPRE

Aqui sona la clara,
La entranhável transparencia,
De tu querida presencia,
Comandante Che Guevara.

Aos filhos:

Queridos Hildita, Aleidita, Camilo, Célia e Ernesto:
Se alguma vez tiverem que ler esta carta, será porque eu não estarei mais entre vocês. Quase não se lembrarão de mim e os mais pequenos não recordarão nada.
O pai de vocês tem sido um homem que actua, e certamente, leal a suas convicções. Cresçam como bons revolucionários. Estudem bastante para poder dominar as técnicas que permitem dominar a natureza.
Sobretudo, sejam sempre capazes de sentir profundamente qualquer injustiça praticada contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo.
Essa é a qualidade mais linda de um revolucionário.
Até sempre, meus filhos. Espero vê-los, ainda.
Um beijão e um abraço do Papai

Ernesto Guevara de la Serna

sexta-feira, outubro 7

AUTÁRQUICAS 200S


CÂMARA MUNICIPAL DE ALTER DO CHÃO
PS
Hemitério José Antunes Monteiro
Luís Miguel Velez Marques
Virgílio Adriano Mouro Vidinha
Maria Helena Lopes Sousa Sancho
António Manuel Roxo Heitor Pista
Sónia Maria Silva Passeiro
João Marques Aço
Carlos Gonçalves Tavares
João Aurélio Raposo
António Luís Buxo Mourato

CDU
João Matos Louro
João Manuel Laureano Martins
Mário Sérgio Malheiro Mendes
Maria de Matos Pimenta
Tomé Marchão Rodrigues
Álvaro Mateus F. Belo Calado
Francisco Monteiro Piedade Gonçalves

Nota do Editor:
As gestões PS da câmara, sempre foram madrastas para Seda, principalmente as do Pista. Vamos esperar para ver.
Se a CDU adoptar o seu tipo de gestão, distribuir as verbas pelas freguesias e dar apoio técnico, vai tudo mudar em Seda.

quinta-feira, outubro 6

AUTÁRQUICAS 200S

CÂMARA MUNICIPAL DE ALTER DO CHÃO

CDS/PP PSD-
Joviano Martins Vitorino
Ana Mafalda dos Prazeres Sadio
Francisco José Pires Ramos
Manuel António Poupas Carola
João Maria C. Ferreira Roquette
Norberto Manuel de Vargas
Maria Helena Pimenta B. L.Reis

MICA
Francisco António Martins dos Reis
Heloísa Isabel Ribeiro Valente dos Santos
João Manuel Palha Marques Baía Ferra
Fátima Jesus Cardoso Madeira Barradas
Álvaro Manuel Gonçalves Arriaga
Paula Maria Macedo de Albuquerque
João Fernando Pinheiro Santos Gonçalves Jesus
Francisco José Leal Bilé Nobre

Nota do Editor:
Segundo o dito popular, “o pai é corvo e a mãe é gralha…”
Mas deve ser dito que para Seda, foram bons os mandatos do António Hemitério.
Quanto ao MICA…o Chico Perro é para levar a sério?


quarta-feira, outubro 5

VIVA A REPÚBLICA

Faz hoje 95 anos que Portugal se viu livre da monarquia e principalmente da família dos Bragança.
Esta miserável família, era tudo o que o país menos precisava depois de seis décadas de jugo estrangeiro. E é basicamente graças a ela, que nós somos ainda hoje o que somos.
A dinastia começou mal.
O primeiro D. João IV, colaboracionista com os ocupantes, não moveu um palha durante a sublevação, e só a pontapé no traseiro, a mulher o obrigou a aceitar o trono. Um Poltrão.
O segundo D. Afonso VI, era idiota, coitado. Acabou por perder o Trono e a Mulher, para o irmão.
D. João V, reinou nos tempos do Ouro do Brasil. Esturrou tudo em faustos e obras de que o país nada aproveitou. Um Megalómano.
D. José, ocupou o trono, no tempo em que Reinou o Marquês de Pombal. Um Banana.
D. Maria I, acabou louca.
D. João VI, (ainda regente da louca) quando sentiu o cheiro dos franceses, meteu o rabo entra as pernas e fugiu para o Brasil. O país ficou a saque, tanto dos franceses, como dos aliados ingleses.
D. Pedro IV, (I do Brasil), á luz dos conceitos da época, devia ter sido enforcado por Alta Traição, logo que pôs os pés em Portugal. Não foi, e ele e o irmão, arrastaram-nos para uma terrível Guerra Civil.
Dos outros que se seguiram até 1910, pouco há a dizer…
D. Carlos, era um homem muito culto, mas muito mulherengo e caloteiro. (não pagava a quem o servia). Baixou a cabeça no Ultimato Inglês.
Se em 1640, uma estrangeira não tivesse dito: Antes rainha uma hora, que duquesa toda a vida; não teríamos a dinastia de Bragança, e hoje seríamos um país muito melhor.

Raios Partam os Bragança e Viva a República.


terça-feira, outubro 4

AUTÁRQUICAS 200S

ASS. FREG. SEDA / CDU

Alexandre dos Anjos Rosa
Edgar Manuel C. Martins Roldão
António Apolinário Antunes Cruz
Filipe Jorge Pereira Antunes
José Alves Pereira
Sérgio Manuel Narciso Correia
Egídio Pedrógão Martins Roldão
Fabião Heitor Coutinho
Luís José Alves Almeida
José Luís Palhas Narciso

Nota do editor:
Tem como “mais valia” as qualidades do cabeça de lista. Experiência, bom senso, e uma honestidade a toda a prova.

segunda-feira, outubro 3

A VOZ DO DONO?

Telmo Correia, (aqui está o novo líder que sou eu), como é habitual nele, voltou a fazer disparate?
Esquecendo que ainda há bem pouco tempo o partido o mandou “vender chuxas”, veio pôr-se em bicos de pés, e afrontando Ribeiro e Castro, lançar a candidatura presidencial de Paulo Portas.
Parece, à primeira vista, uma trapalhada do bom do Telmo, tão useiro e vezeiro nelas, mas só à primeira vista.
Senão vejamos. Não me parece que o CDS/PP, esteja neste momento em condições de “contar espingardas”, nem que seja uma altura favorável ao ex-Ministro da Defesa.
1º - O partido ainda não recuperou das últimas eleições.
2º - O novo líder ainda não mobiliza e duvido que o venha a fazer alguma vez.
3º - É muito estreita a faixa para “pescar” votos para Portas. Tendo à sua esquerda um candidato forte, Cavaco Silva, e à direita os fascistas do PNR e demais Cabeças Rapadas, em “pé de guerra” contra o que eles chamam de “lobby gay”.
Esta “boca” de Telmo Correia, só pode ser “estratégia” de Portas para tentar “desgastar” Ribeiro e Castro, para o substituir por um “homem de mão”.

AUTÁRQUICAS 200S

ASS. FREG. SEDA / PS

Manuel Antunes de Matos
José Hilário Santos
Célia Cristina Bernardino
João Tibúrcio Arcângelo
António Salvado Bernardino
Maria Teresa Marques Pinto Engrácio
Hilário Manuel do Nascimento Varela
Joaquim Fernando Lourenço
Adriano Beirão Fernandes
João Correia Cordeiro
José Alexandre Engrácio Martins
Fernanda Aires Barrocas
Manuel Diogo de Matos
Sofia da Conceição Marques Castanho
Joaquim António Alves Almeida
João Gabriel Ratel
João Correia Castanho
Rui Miguel de Jesus Cardeira

Nota do editor:
Uma lista equilibrada, não fora alguns candidatos mais capazes estarem em posições não elegíveis.

domingo, outubro 2

CANDIDATO FADISTA


Na última sexta-feira, num jantar de campanha, Carmona Rodrigues cantou o fado.
Incentivado pela assistência, composta põe Zés da Câmara, Pintos Bastos, Josés Cids, Lilis Caneças e outras “tristes figuras” do nosso ridículo Jet7, Carmona deu vexame.
Não percebo, por mais que me esforce, a queda que os nossos políticos têm para o piroso.
Qualquer pessoa, mesmo cantando tão desafinado, tem o direito de, depois de uns copos, abrir a garganta no meio duma roda de amigos, não vem daí mal ao mundo…
Mas num acto político público, com a presença da comunicação social, haja decoro.
A lamentável sessão, terminou com o desafinado fadista a cantar:

Tudo isto existe,
Tudo isto é triste,
Tudo isto é fado…

E é bem verdade…

AUTÁRQUICAS 200S

ASS. FREG. SEDA / PSD/CDS-PP

Rosária Maria Bucho Q. Cordeiro
Joaquim António Diogo Clara
Élio David Ventura Alves
Dionísio José Pereira Abaladas
Inês Mendes Lourenço
Manuel Mourato Gonçalves Arriaga
José Zacarias Catapirra Lourenço
Sandra Maria Gonçalves Godinho
Mariana Cristina R. V. Barreto Clara
Maria José Garcia Rolo
Paulo Alexandre Varela Branco

Nota do editor:
Sem a mínima hipótese de vitória, pode perfeitamente vir a “tramar” o Partido Socialista.

sábado, outubro 1

AUTÁRQUICAS 200S


PROGRAMA DO PS PARA SEDA
Com vista à obtenção de um "viver melhor" na nossa terra os militantes e simpatizantes do PS apresentam a todos os eleitores da freguesia o programa que lhes parece mais realista e adequado ao combate das maiores carências sentidas por todos nós.Para dar cumprimento ao nosso programa apresentamos os candidatos que julgamos mais capazes para exigirem a sua execução prática.São mulheres e homens que já mostraram localmente a sua coerência de atitudes, a sua capacidade detrabalho e o seu querer para um trabalho colectivo sério que projecte a nossa freguesia para um patamar superior de desenvolvimento.Porque ao fim de 20 anos de uma só força política, por vezes em colaboração com outras ideologias tão antagónicas, iremos primar pela transparência e clareza.
Os autarcas do PS terão o necessário discernimento e contribuirão para um maior desenvolvimento da freguesia de Seda para bem de todos os que nela residem

ACÇÂO SOCIAL E SOLIDARIEDADE
Envidar os esforços necessários para a entrada em funcionamento do Lar de Idosos em 2006.
Levantamento das carências da população idosa tendo em vista a resolução dos casos mais graves, designadamente no âmbito da habitação social.
Criação de um atendimento aos utentes para resolução ou encaminhamento de todos os assuntos de carácter oficial.

OBRAS E PATRIMÒNIO
Arranjo da via de comunicação e muro de suporte que liga a estrada em frente do mercado às traseiras da Rua das Cortes e pavimentação da estrada do curral.
Reparação do troço da muralha que se encontra em ruínas e levantamento do património degradado para efeitos de recuperação.
Melhoramento do largo de S.João.

AMBIENTE E ESPAÇOS VERDES
Criação e/ou manutenção de espaços verdes nas seguintes zonas: Centro de Dia e piscina; adro da igreja matriz;zonas circundantes da fonte santa e ribeirinho.
Construção de um parque infantil.

ABASTECIMENTO
Dinamização do funcionamento do mercado.

OUTROS
Estabelecimento de protocolos com a Câmara Municipal para : manutenção e rega de espaços verdes; funcionamento do complexo desportivo e tanque de aprendizagem; pequenas obras de reparação urgente nas residências de pessoas com carências económicas devidamente justificadas.

(João Aurélio Raposo)

quinta-feira, setembro 29

PASSEATA

Os bispos de espanha ameaçam sair à rua em manifestação, se passar no Parlamento o projecto de lei Orgânica de Educação, já aprovado em Conselho de ministros, e que transfere o vínculo laboral dos professores de Religião para as respectivas Igrejas.

Com que direito esta canalha pretende impor uma disciplina do seu interesse, nomear pessoas da sua confiança e obrigar o estado a pagar?

A determinação de José Luís Zapatero de transformar a Espanha num país laico, como manda a Constituição, põe os bispos de cabeça perdida.
Estavam confiados no direito divino para continuar a ser donos de Espanha, e afinal, basta um governante legitimado pelo voto para pôr as mitras em ebulição e as sotainas a rodopiar.

quarta-feira, setembro 28

MENSAGEM - Fernando Pessoa


OS TEMPOS II

TORMENTA

Que jaz no abismo sob o mar que se ergue?
Nós, Portugal, o poder ser.
Que inquietação do fundo nos soergue?
O desejar poder querer.

Isto, e o mistério de que a noite é o fausto...
Mas súbito, onde o vento ruge,
O relâmpago, farol de Deus, um hausto
Brilha, e o mar 'scuro 'struge.

terça-feira, setembro 27

É FARTAR VILANAGEM

O pobre Povo Português, um destes dias deixa de aguentar tanto “parasita” nas suas costas.
O novo “político chulo” é Pedro Santana Lopes, que se vai aposentas aos 49 anos.
Depois de uma vida totalmente passada a mamar na “porca da política”, este paradigma da incompetência, vai aproveitar os 7 anos que passou nas câmaras da Figueira da Foz e Lisboa, onde só fez merda, para ir buscar mais de 3.000 € mensais.
Este mesmo político, que durante a última Campanha Eleitoral, defendeu o aumento da idade da reforma.
Para o Povo, só aos 65 anos e após 40 anos de trabalho, vem a parca reforma. Mas para os Políticos, por mais vigaristas e incompetentes que sejam, e este é o, é o que se vê.

segunda-feira, setembro 26

LÓGICA INFANTIL

BELEZA

"Não tem a ver com sermos bonitos ou não. Eu sou bonito e ainda não encontrei ninguém para casar comigo."

Ricardo - 7 anos

domingo, setembro 25

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo VIII
Pude bem cedo conhecer melhor aquela flor. Sempre houvera, no planeta do pequeno príncipe, flores muito simples, ornadas de uma só fileira de pétalas, e que não ocupavam lugar nem incomodavam ninguém. Apareciam certa manhã na relva, e já à tarde se extinguiam. Mas aquela brotara um dia de um grão trazido não se sabe de onde, e o principezinho vigiara de perto o pequeno broto, tão diferente dos outros. Podia ser uma nova espécie de baobá. Mas o arbusto logo parou de crescer, e começou então a preparar uma flor. O principezinho, que assistia à instalação de um enorme botão, bem sentiu que sairia dali uma aparição miraculosa; mas a flor não acabava mais de preparar-se, de preparar sua beleza, no seu verde quarto. Escolhia as cores com cuidado. Vestia-se lentamente, ajustava uma a uma sua pétalas. Não queria sair, como os cravos, amarrotada. No radioso esplendor da sua beleza é que ela queria aparecer. Ah! Sim. Era vaidosa. Sua misteriosa toalete, portanto, durara dias e dias. E eis que uma bela manhã, justamente à hora do sol nascer, havia-se, afinal, mostrado
E ela, que se preparava com tanto esmero, disse, bocejando:
- Ah! Eu acabo de despertar... Desculpa... Estou ainda toda despenteada...
O principezinho, então, não pôde conter o seu espanto:
- Como és bonita!
- Não é? Respondeu a flor docemente. Nasci ao mesmo tempo que o sol...
O principezinho percebeu logo que a flor não era modesta. Mas era tão comovente!
- Creio que é hora do almoço, acrescentou ela. Tu poderias cuidar de mim...
E o principezinho, embaraçado, fora buscar um regador com água fresca, e servira à flor.
Assim, ela o afligira logo com sua mórbida vaidade. Um dia por exemplo, falando dos seus quatro espinhos, dissera ao pequeno príncipe:
- É que eles podem vir, os tigres, com suas garras!
- Não há tigres no meu planeta, objetara o principezinho. E depois, os tigres não comem erva.
- Não sou uma erva, respondera a flor suavemente.
- Perdoa-me...
- Não tenho receio dos tigres, mas tenho horror das correntes de ar. Não terias acaso um pára-vento?
"Horror das correntes de ar... Não é muito bom para uma planta, notara o principezinho. É bem complicada essa flor..."
- À noite me colocarás sob a redoma. Faz muito frio no teu planeta. Está mal instalado. De onde eu venho...
Mas interrompeu-se de súbito. Viera em forma de semente. Não pudera conhecer nada dos outros mundos. Humilhada por se ter deixado apanhar numa mentira tão tola, tossiu duas ou três vezes, para pôr a culpa no príncipe:
- E o pára-vento?
- Ia buscá-lo. Mas tu me falavas... Então ela redobrara a tosse para infligir-lhe remorso
Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela. Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.

"Não a devia ter escutado - confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter enternecido..."
Confessou-me ainda:
"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar."

sábado, setembro 24

A CAMINHO DO 3º MUNDO?

Um cidadão português é apanhado a 200 Km por hora e não lhe é aplicada a multa de lei nem é apreendida a carta ao motorista. O cidadão em causa é o presidente do Tribunal Constitucional.
O primeiro-ministro inaugura uma unidade industrial que labora ilegalmente em terrenos agrícolas desde 1997.
João van Zeller, que se demitiu dos cargos administrativos que ocupava na TVI e na RETI, disse que foram as cumplicidades entre os partidos socialistas, português e espanhol que permitiram a "tranquila assinatura" do acordo entre a Media Capital e a Prisa.
O vice-presidente de uma câmara denuncia pressões do poder político e de promotores imobiliários para a aprovação de projectos urbanísticos.
Autarcas, dirigentes desportivos, ex-autarcas, candidatos a autarcas, ex-governantes, chefes de gabinete, amigos e angariadores de dinheiro para os partidos são arguidos ou estão indiciados como coniventes em processos de corrupção ou tráfico de influências...
Uma autarca foge à justiça, e quando lhe apetece regressa, sem que nada lhe aconteça.

Estas são só algumas das notícias que se podem ler profusamente em quase toda a comunicação social.

O nosso Sistema Judicial está nesta vergonha, porque não houve coragem para, no dia 26 de Abril de 74, “correr” com todos os juízes, em vez de os cumular de mordomias.
Esta cambada de “bois mansos”, que de bom grado serviu a ditadura, nunca tiveram “tomates” para se recusar a presidir ao famigerados Tribunais Plenários, que enviavam para a prisão os democratas opositores ao regime, continuam a governar os destinos da justiça e formar os novos juízes.
Continuaram a administrar a justiça à medida do “bolso” de cada um. E quem não seguir a cartilha, é corrido como o Rui Teixeira,

quinta-feira, setembro 22

(IN)JUSTIÇA

O Supremo Tribunal indonésio absolveu na ultima quinta-feira, um alto responsável da polícia acusado de atrocidades em 1999 em Timor-Leste, decisão que se soma a uma já longa lista de desculpabilizações de oficiais julgados por crimes de guerra.
Três dos cinco juízes do tribunal confirmaram a absolvição de Hulman Gultom, ex-chefe da polícia do distrito de Díli.

Os defensores dos direitos humanos têm acusado a justiça indonésia de operar como uma máquina de "branqueamento" dos responsáveis de crimes políticos, neste quadro se inserindo, precisamente, a decisão de hoje do Supremo Tribunal.

Dos 18 acusados que compareceram perante o tribunal especial criado pela Indonésia para julgar os seus nacionais implicados na onda de violência e morte que varreu Timor-Leste, 17 foram ilibados e o único condenado, que interpôs recurso, conta com idêntico veredicto.

quarta-feira, setembro 21

APARIÇÃO

Agora já acredido em Fátima.
Finalmente apareceu a Senhora.
Mas não foi em cima de uma oliveira na Cova de Iria.
Apareceu no aeroporto da Portela de Sacavém.

MENSAGEM - Fernando Pessoa

OS TEMPOS I

NOITE

A nau de um deles tinha-se perdido
No mar indefinido.
O segundo pediu licença ao Rei
De, na fé e na lei
Da descoberta, ir em procura
Do irmão no mar sem fim e a névoa escura.

Tempo foi. Nem primeiro nem segundo
Volveu do fim profundo
Do mar ignoto à pátria por quem dera
O enigma que fizera.
Então o terceiro a El-Rei rogou
Licença de os buscar, e El-Rei negou.

Como e um cativo, o ouvem a passar
Os servos do solar.
E, quando, o vêem, vêem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distância.

Senhor, os dois irmãos do nosso Nome
O Poder e o Renome –
Ambos se foram pelo mar da idade
À tua eternidade;
E com eles de nós se foi
O que faz a alma poder ser de herói.

Queremos ir buscá-los, desta vil
Nossa prisão servil:
É a busca de quem somos, na distância
De nós; e, em febre de ânsia,
A Deus as mãos alçamos.

Mas Deus não dá licença que partamos.

terça-feira, setembro 20

OPINIÕES

Estes actos terroristas praticados no Iraque, indiscriminadamente, sobre os cidadãos daquele país, incluindo mulheres e crianças (ou seleccionando principalmente crianças) têm a mesma marca da CIA que todos os outros atentados terroristas praticados pelo Mundo, para "justificar" a guerra.
É a estratégia que permite perpetuar, "ad eternum" a ocupação por parte das tropas americanas (ou passar os custos da ocupação para outros países, usando a ONU, mantendo os USA o controlo do território e os benefícios, incluindo a posse do petróleo)...

O que eu me pergunto, por vezes, é: que raio de gente são os governantes, actuais, iraquianos, para serem assim tão rafeiros dos USA?
Serão também agentes recrutados pela CIA desde há muito?
A origem e autoria dos atentados, é tão óbvia que até um cego vê (até nós, de tão longe). Como é que eles não vêem?Ou será que sabem bem o que se passa e são cúmplices de tão nefandos crimes?Piores do que os inimigos só mesmo os traidores!

( Biranta )

segunda-feira, setembro 19

CÃES EM LISBOA

Este fim de semana lisboeta, foi marcado pelos cães.
No sábado, a concentração de “cabeças rapadas”, no domingo a de “bobys peludos”.
A RTP, como serviço público que se preza, esteve nas duas e fez entrevistas aos animais que por lá encontrou.
No sábado, “rosnaram ódio”, no domingo, “abanaram o rabo”.
E se por acaso se pôde vislumbrar nalguma destas concentrações, algum resquício de inteligência, foi na dos cães de quatro patas.

domingo, setembro 18

O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)

Capítulo VII
No quinto dia, sempre graças ao carneiro, este segredo da vida do pequeno príncipe me foi de súbito revelado. Pergunto-me, sem preâmbulo, como se fora o fruto de um problema muito tempo meditado em silêncio:
- Um carneiro, se come arbusto, come também as flores?
- Um carneiro come tudo que encontra.
- Mesmo as flores que tenham espinho?
- Sim. Mesmo as que têm.
- Então... para que servem os espinhos?
Eu não sabia. Estava ocupadíssimo naquele instante, tentando desatarraxar do motor um parafuso muito apertado. Minha pane começava parecer demasiado grave, e em, breve já não teria água para beber...

- Para que servem os espinhos?
O principezinho jamais renunciava a uma pergunta, depois que a tivesse feito. Mas eu estava irritado com o parafuso e respondi qualquer coisa:
- Espinho não serve para nada. São pura maldade das flores.
- Oh!
Mas após um silêncio, ele me disse com uma espécie de rancor:
- Não acredito! As flores são fracas. Ingênuas. Defendem-se como podem. Elas se julgam terríveis com os seus espinhos...
Não respondi. Naquele instante eu pensava: "Se esse parafuso ainda resiste, vou fazê-lo saltar a martelo". O principezinho perturbou-me de novo as reflexões:
- E tu pensas então que as flores...
- Ora! Eu não penso nada. Eu respondi qualquer coisa. Eu só me ocupo com coisas sérias!
Ele olhou-me estupefacto:
- Coisas sérias!
Via-me, martelo em punho, dedos sujos de graxa, curvado sobre um feio objeto.
- Tu falas como as pessoas grandes!
Senti um pouco de vergonha. Mas ele acrescentou, implacável:
- Tu confundes todas as coisas... Misturas tudo!
Estava realmente muito irritado. Sacudia ao vento cabelos de ouro:
- Eu conheço um planeta onde há um sujeito vermelho, quase roxo. Nunca cheirou uma flor. Nunca olhou uma estrela. Nunca amou ninguém. Nunca fez outra coisa senão somas. E o dia todo repete como tu: "Eu sou um homem sério! Eu sou um homem sério!" e isso o faz inchar-se de orgulho. Mas ele não é um homem; é um cogumelo!
- Um o quê?
- Um cogumelo!
O principezinho estava agora pálido de cólera.
- Há milhões e milhões de anos que as flores fabricam espinhos. Há milhões e milhões de anos que os carneiros as comem, apesar de tudo. E não será sério procurar compreender por que perdem tanto tempo fabricando espinhos inúteis? Não terá importância a guerra dos carneiros e das flores? Não será mais importante que as contas do tal sujeito? E se eu, por minha vez, conheço uma flor única no mundo, que só existe no meu planeta, e que um belo dia um carneirinho pode liquidar num só golpe, sem avaliar o que faz, - isto não tem importância?!
Corou um pouco, e continuou em seguida:
- Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa: "Minha flor está lá, nalgum lugar..." Mas se o carneiro come a flor, é para ele, bruscamente, como se todas as estrelas se apagassem! E isto não tem importância!
Não pôde dizer mais nada. Pôs-se bruscamente a soluçar. A noite caíra. Larguei as ferramentas. Ria-me do martelo, do parafuso, da sede e da morte. Havia numa estrela, num planeta, o meu, a Terra, um principezinho a consolar! Tomei-o nos braços. Embalei-o. E lhe dizia: "A flor que tu amas não está em perigo... Vou desenhar uma pequena mordaça para o carneiro... Uma armadura para a flor... Eu...". Eu não sabia o que dizer. Sentia-me desajeitado. Não sabia como atingi-lo, onde encontrá-lo... É tão misterioso, o país das lágrimas!