sábado, junho 7

Memória do Crónicas (07/06/04)

A UM AMIGO GUERREIRO
Antes de mais, obrigado pelo teu comentário, ao meu “Post” Perder a Memória, de 27/05.
Eu também não entendo nada de guerras. Acho até que só quem entende de guerras é quem ganha alguma coisa com elas. Ou então o grupo de miúdos dos Altos Estudos Militares, com os peitos cheios de medalhas provavelmente «ganhas» na Feira da Ladra, que fizeram espalhar pelas televisões na altura da Invasão do Iraque, para tentar manipular a opinião pública.
Ah! o Nuno Rogeiro percebe, mas esse percebe de tudo.
O Iraque e o Afeganistão, não estão em guerra. Estão ocupados. O segundo baseado numa Resolução das Nações Unidas, e o primeiro, com base na força, à revelia de todo o Direito Internacional.
Nos tempos dos nossos avós trogloditas, é que valia tudo, certamente que já ouviste falar na Convenção de Genebra. Os vencidos não devem receber compaixão, isso quer dizer que não têm direitos, o que é falso, têm direito ao respeito e a um tratamento digno.
Quanto aos que chamas “mártires” que não lutam como soldados. Quantos soldados conheces capazes de dar a vida pela causa em que acreditam? Estão errados? Do nosso ponto de vista estão. Mas não se lhes pode negar a coragem por darem a vida por aquilo em que acreditam, merecem o nosso respeito.
Quanto aos”danos colaterais que não serão assim tantos”, não sei o que serão para ti “os tantos”. No Iraque só na fase de invasão, foram mais de 10.000 mortos civis, a maioria mulheres e crianças. Não sei se consideras danos colaterais os feridos, as casas e vidas destruídas, coisas sem importância.(lembras-te daquele miúdo que perdeu pernas e braços?), danos colaterais.
Tens toda a razão os soldados só lutam onde lhe mandam, (ainda bem) e não têm culpa de haver más decisões políticas, que muitas vezes até ultrapassam os “actores políticos”.
E por fim, as prisões servem para “privar” as pessoas que o merecem, da liberdade, não da dignidade.

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