terça-feira, abril 11

RAZÕES PRA GUERRA

(...)A administração Bush quer a todo custo impedir que o governo iraniano abra uma bolsa que comercie o petróleo em euros [1] . Se isto acontecer, centenas de milhares de milhões de dólares seriam despejados de volta nos Estados Unidos, esmagando a moeda verde e destruindo a sua economia. Eis porque Bush & Co. estão a planear levar o país à guerra contra o Irão. É uma defesa óbvia do actual sistema global e da continuidade do domínio da divisa de reserva, o dólar.

Não há armas nucleares ou programas de armas nucleares, mas os planos económicos do Irão colocam uma ameaça à América.
A América monopoliza o comércio de petróleo. O petróleo é denominado em dólares e vendido tanto no NYMEX como no International Petrolem Exchange (IPE) de Londres, possuídos ambos pelos americanos. Isto força os bancos centrais de todo o mundo a manterem enormes stocks de dólares.

O monopólio americano da divisa é o perfeito esquema da pirâmide. Enquanto os países forem forçados a comprar petróleo em dólares, os Estados Unidos podem continuar os seus gastos perdulários com impunidade.

Este é o cenário perturbante se uma bolsa do Irão for estabelecida e derrubar o dólar do seu sublime poleiro. E é isto que torna a perspectiva da guerra, mesmo da guerra nuclear, muito provável.
Liberal ou conservadora, a análise é a mesma. Se a América não perceber o catastrófico potencial da bolsa do Irão, os americanos podem aguardar por horrendas circunstâncias.

Há soluções pacíficas para este dilema, mas não se a administração Bush insistir em esconder-se por trás da burla imbecil do terrorismo ou de programas imaginários de armas nucleares. Bush precisa confessar tudo ao povo americano acerca da natureza real da crise global de energia e cessar de invocar Bin Laden e armas de destruição em massa para defender a agressão americana.(...)

http://resistir.info/energia/bolsa_teerao.html#notas

2 comentários:

  1. Para si, sua Excelência, o Rei da incoerência e que sofre da obsessão de Santana Lopes (Vamos lá saber porquê? Ou talvez não!!!)

    ESTE PS


    É no interior do próprio PS que se começam a ouvir algumas vozes de descontentamento, ou pelo menos de aviso, quanto ao rumo da governação.

    Por entre a milimétrica agenda política com que o Governo vai marcando a actualidade nos media, irromperam algumas brechas que tiveram o condão de recuperar o termo trapalhada, até há pouco mais de um ano bastante em voga, para classificar alguns episódios da acção governativa.
    Os desentendimentos entre os ministros Costa e a demissão do director da Polícia Judiciária, bem como as declarações contraditórias no que diz respeito à taxa de alcoolemia permitida aos condutores, vieram perturbar o sonífero estado de graça de que goza José Sócrates.
    Estranhamente, o anúncio de um défice das contas públicas de cerca de 6% passou relativamente incólume e o silêncio foi de tal forma ensurdecedor que obrigou Bagão Félix, mais uma vez, a pagar a despesa do contraditório através de um artigo de opinião.

    Curiosamente, ou talvez não, é no interior do próprio PS que se começam a ouvir algumas vozes de descontentamento, ou pelo menos de aviso, quanto ao rumo da governação.
    No mesmo dia em que o Presidente da República inaugurava a cooperação estratégica com uma visita ao Hospital D. Estefânia para qual convidou o ministro da Saúde, Correia de Campos recebia no Diário de Notícias uma forte crítica de um membro da Comissão Nacional do PS, Reis Marques, com o mórbido título Mais facilmente se mudam governantes....
    Tudo por causa das derivas liberais, que no entender deste socialista pairam na solidão do gabinete de Correia de Campos e que poderão pôr em causa um pilar do Estado Social. Daí a conclusão: Mais facilmente se mudam governantes do que se alteram fundamentos e princípios de um colectivo como é este PS.
    Será?

    Em primeiro lugar seria interessante saber se este PS é o mesmo PS de José Sócrates e se o colectivo faz parte ou se é ouvido pelo núcleo estratégico do Governo.
    Com fina perspicácia, Marina Costa Lobo notou esta semana, a propósito da apresentação do PRACE, que os poderes do primeiro-ministro estão a aumentar, no acentuar de uma tendência que terá consequências políticas não apenas no interior do Governo, mas igualmente no interior do Partido Socialista.
    A linha parece ser a da criação de uma elite dirigente plasmada com o Governo, sob a voz de comando do primeiro-ministro, e de um inerente enfraquecimento do partido, ou seja, do tal colectivo.

    A outra questão que seria interessante clarificar era se a posição do primeiro-ministro relativamente ao sistema de financiamento e de acesso à Saúde está mais próxima da do dirigente Reis Marques ou da do ministro Correia de Campos.
    Não só porque a resposta à mesma é importante para definir o modelo que o Governo perspectiva para uma área tão sensível e com tanto impacto nas nossas vidas, como para procurarmos compreender o que é, o que quer e para onde caminha este Partido Socialista que está hoje no Governo em Portugal.

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  2. Estou quase a rever a minha opinião.
    Afinal podes não ser tão estúpido como aparentas.
    Mas o que tem isso a ver com o meu post?
    Cumprimentos ao parvo do Lopes.

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