Naquele pique-nique de burguesas, 
Houve uma coisa simplesmente bela, 
E que, sem ter história nem grandezas, 
Em todo o caso dava uma aguarela.
Foi quando tu, descendo do burrico, 
Foste colher, sem imposturas tolas, 
A um granzoal azul de grão-de-bico 
Um ramalhete rubro de papoulas.
Pouco depois, em cima duns penhascos, 
Nós acampámos, inda o Sol se via; 
E houve talhadas de melão, damascos, 
E pão-de-ló molhado em malvasia.
Mas, todo púrpuro a sair da renda 
Dos teus dois seios como duas rolas, 
Era o supremo encanto da merenda 
O ramalhete rubro das papoulas!
(Cesário Verde)
quarta-feira, fevereiro 1
DE TARDE
Posted by
A.Mello-Alter
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2/01/2006 02:45:00 da tarde
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Hoy cumple 1 año este bello espacio llamado Culturas
ResponderEliminarPaso a dejar un saludo de parte de Guerreiro da Luz & Freyja y a darles las gracias por la compañía.
Y a invitarlos a seguir compartiendo con la Cultura y por la Cultura
Un abrazo de Guerreiro da Luz & Freyja