Capítulo XVI
O sétimo planeta foi pois a Terra.
A Terra não é um planeta qualquer! Contam-se lá cento e onze reis (não esquecendo, é claro, os reis negros), sete mil geógrafos, novecentos mil negociantes, sete milhões e meio de beberrões, trezentos e onze milhões de vaidosos – isto é, cerca de dois biliões de pessoas grandes.
Para dar-lhes uma ideia das dimensões da Terra, eu lhes direi que, antes da invenção da electricidade, era necessário manter, para o conjunto dos seis continentes, um verdadeiro exército de quatrocentos e sessenta e dois mil, quinhentos e onze acendedores de lampiões.
Isto fazia, visto um pouco de longe, um magnífico efeito. Os movimentos desse exército eram ritmados como os de um balé de ópera. Primeiro vinha a vez dos acendedores de lampiões da Nova Zelândia e da Austrália. Esses, em seguida, acesos os lampiões, iam dormir. Entrava por sua vez a dança dos acendedores de lampiões da China e da Sibéria. E também desapareciam nos bastidores. Vinha a vez dos acendedores de lampiões da Rússia e das Índias. Depois os da África e da Europa. Depois os da América do Sul. Os da América do Norte. E jamais se enganavam na ordem de entrada, quando apareciam em cena. Era um espectáculo grandioso.
Apenas dois, o acendedor do único lampião do Pólo Norte e o seu colega do único lampião do Pólo Sul, levavam vida ociosa e descuidada: trabalhavam duas vezes por ano.
domingo, dezembro 18
O PEQUENO PRINCIPE (A. de Saint-Exupéry)
Posted by A.Mello-Alter at 12/18/2005 03:17:00 da tarde
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Votos de que este Natal traga alegria, paz e muita felicidade para todos os dias do Ano Novo.
ResponderEliminarBoas Festas.
beijinho ranhoso....
ResponderEliminaratchim!
A saga continua...
ResponderEliminarAbraço da Zona Franca