OS TEMPOS V
NEVOEIRO
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Numa o que é mal numa o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
É a hora!
Vale, Fratres.
quarta-feira, outubro 12
MENSAGEM - Fernando Pessoa
Posted by A.Mello-Alter at 10/12/2005 02:42:00 da tarde
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Como esta condiz connosco...
ResponderEliminarUm beijo
Fernando Pessoa e a sua mensagem. Selecção de poema com gosto. Cumprimentos.
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