sábado, outubro 17

Nuno (Pinóquio) Melo



Esta semana gostei sobretudo da história que o Nuno Melo contou no programa dos "Gato Fedorento".

Estava o Nuno Melo todo contente numa feira, na sua habitual popular caça ao voto, quando abordou um cigano que lhe disse que ganhava 800€ de rendimento mínimo, e que não votava enquanto não lhe aumentasse o subsidio. Entretanto, uma jornalista que tinha escutado a conversa, comentou que ganhava metade daquele rendimento, e que ainda tinha de pagar impostos...

Reparem como numa pequenina frase o Nuno Melo consegue dar tantos pontapés na realidade. Em primeiro lugar, nenhum cigano ou outra pessoa qualquer pode receber 800€ de rendimento mínimo porque o rendimento mínimo não existe. O subsidio em causa chama-se rendimento social de inserção. Em segundo lugar, tendo em conta os comentário racistas que os dirigentes do CDS têm feito, fico desde já admirado por um membro do partido ter falado com um cigano. E por último, a jornalista ganhava metade de 800€. Pelas minhas contas, isso dá 400€. O salário mínimo (andam por aí alguns dirigente da juventude popular que também querem acabar com o salário mínimo) é de 450€, portanto, ou a jornalista não sabe quanto ganha (não pode ganhar menos que o salário mínimo) ou alguém foi apanhado a aldrabar.


(Bruno de Oliveira
)

Nota:
Este é o CDS/PP que temos. Até um dos seus mais destacados dirigentes, não hesita em apelar ao racismo, á mentira, á demagogia e ao populismo.

3 comentários:

  1. A malta do cds-pp é toda muito pobrezinha.
    Quando se ganha tão pouco, ou até mesmo nada, vive-se à custa de mulheres...
    É muito mais sugestivo, convenhamos!
    ML

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  2. Mau.... Mau Maria.
    Parece-me que este é o Quim que desconhece a realidade.
    Há na verdade muitas pessoas de etnia cigana (e não só) a receber 800 euros de rendimento de inserção social (não vejo o mal de lhe chamar-mos rendimento mínimo garantido, porque são poucos os que voltam à vida activa). Para que isto aconteça, basta que tenham 4 filhos - os quais até direito têm a subsídio para as refeições nas escolas e para os livros escolares. Apesar de estarem a vender artigos de contrafacção nas feiras.
    Quanto ao ordenado dos jornalistas, por aqui onde trabalho... é chapa 500 euros brutos. Ora faz lá as contas a ver se não dá 400 euros líquidos... E, pior ainda se for a recibos verdes!.
    Sim, é este o jornalismo que temos. O País que temos. O Nuno Melo sabe bem do que fala! E o CDS também!
    Carlos Caldeira

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  3. Concordo com o rendimento de inserção social mas discordo com o modo como é aplicado. Para combater este tipo de fraude só com uma nova lei fiscal que permita um melhor apuramento entre os ganhos reais e os declarados o que abrange todas as camadas da nossa sociedade.

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