Jaime Nogueira Pinto, um dos raros portugueses que não tem vergonha de se assumir como fascista, acaba de lançar um livro intitulado; António de Oliveira Salazar - O Outro Retrato.
Obviamente que não li. Certamente sentiria asco ao segurar nas mãos semelhante estrume. Mas ouvi uns ecos.
A nossa sociedade subdesenvolvida, ainda é muito atreita a actos considerados porcos, tais como escarrar no chão e divulgar este tipo de trampa.
Sustenta o Sr. N. Pinto, (N de nojento), que a ditadura só é responsável por sessenta mortes durante os quarenta e oito anos.
Coisa que até seria patético rebater;
MUEDA – MOÇAMBIQUE 16/06/1960
Depois, sem mais uma palavra, mandou a policia amarrar as mãos daqueles que estavam à parte, e a polícia começou a bater-lhes. Eu estava ao pé. Vi tudo. Quando o povo viu o que estava a acontecer, começou a manifestar-se contra os portugueses, e os portugueses limitaram-se a mandar avançar os camiões da polícia para lá meter os presos. Contra isto continuaram as manifestações. Nesse momento a tropa ainda estava escondida e o povo avançou para a polícia, tentando impedir que os presos fossem levados dali. Então o governador chamou a tropa, e, quando os soldados apareceram, mandou-os abrir fogo. Mataram à volta de 600 pessoas.
Obviamente que este Massacre e mais outras dezenas como Wyriamu, etc, não contam.
Apesar de considerarem a unidade de um Portugal do Minho a Timor, tratava-se de indígenas, pretos.
Para um bom fascista, eram seres inferiores. Duvidavam até que tivessem alma. Não têm portanto entrada no número contabilizado.
Obviamente que não li. Certamente sentiria asco ao segurar nas mãos semelhante estrume. Mas ouvi uns ecos.
A nossa sociedade subdesenvolvida, ainda é muito atreita a actos considerados porcos, tais como escarrar no chão e divulgar este tipo de trampa.
Sustenta o Sr. N. Pinto, (N de nojento), que a ditadura só é responsável por sessenta mortes durante os quarenta e oito anos.
Coisa que até seria patético rebater;
MUEDA – MOÇAMBIQUE 16/06/1960
Depois, sem mais uma palavra, mandou a policia amarrar as mãos daqueles que estavam à parte, e a polícia começou a bater-lhes. Eu estava ao pé. Vi tudo. Quando o povo viu o que estava a acontecer, começou a manifestar-se contra os portugueses, e os portugueses limitaram-se a mandar avançar os camiões da polícia para lá meter os presos. Contra isto continuaram as manifestações. Nesse momento a tropa ainda estava escondida e o povo avançou para a polícia, tentando impedir que os presos fossem levados dali. Então o governador chamou a tropa, e, quando os soldados apareceram, mandou-os abrir fogo. Mataram à volta de 600 pessoas.
Obviamente que este Massacre e mais outras dezenas como Wyriamu, etc, não contam.
Apesar de considerarem a unidade de um Portugal do Minho a Timor, tratava-se de indígenas, pretos.
Para um bom fascista, eram seres inferiores. Duvidavam até que tivessem alma. Não têm portanto entrada no número contabilizado.
Eu li o livro. E estive umas boas horas a falar com ele. O Jaime Nogueira Pinto não se assume como fascista. Apenas acha, e eu também, que a história do Estado Novo tem de ser contada, levando em conta também as coisas boas e não apenas as más. Mais: um fascista é alguém que quer revolucionar por um ideal, por um mundo novo. O Salazar sempre foi conservador, pela manutenção da tradição, do mundo que conhecia. Lê o livro, que vale a pena.
ResponderEliminarCarlos
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarNão li o livro, até ver, mas espero ler, um dia destes.
ResponderEliminarE sabes, acho que a História de um Povo, tem que ser contada, não pode ser esquecida, mais não seja em memória dos que caíram...
Não pudemos esquecer o que fomos, donde nascemos, quais foram as nossas limitações e saber passar essas memórias aos vindouros, para que saibam, para que analisem, para que tirem os dividendos daquilo que herdaram
Um abraço ;))