domingo, junho 17

RESQUÍCIOS DO 10 DE JUNHO

No último 10 de Junho, assisti à cobertura televisiva habitual nesta data.
Ao discurso de Cavaco, não liguei grande coisa. Já é recorrente os nossos políticos pensarem e agirem duma maneira, e fazer constar o seu contrário. Com o presidente apetece dizer que é como Frei Tomás. Um belo exercício de hipocrisia.
Embora os condecorados este ano não tenham sido muitos; veio-me à memória o poeta Carlos Tê: “eu nunca vi pátria assim, pequena e com tantos peitos”.
A avaliar pela quantidade de portugueses distinguidos, Portugal devia estar à frente de todos índices económicos. São estes distintos filhos que engrandecem as nações. São eles as locomotivas do progresso e do bem-estar das comunidades. Porque não está, não sei. Mas desconfio.

Hoje a RTP repetiu a cerimónia de condecorações. E voltou-me à ideia o que tinha pensado há oito dias.
Devia haver dois adventos diferentes. Um para os realmente merecedores da honraria, e outro para “clientela política”, chefes do jogo do bicho e fugitivos à polícia. Condecorar no mesmo acto o bispo Manuel Martins e o “chulo” da política Mira Amaral, só apouca o primeiro.
Se Manuel Martins, pelo muito que fez pelos outro, merecia muito mais, já Mira Amaral, está muito bem pago com a “pornográfica” a que se conseguiu aboletar.
Haja um pouco de pudor…

Sem comentários:

Enviar um comentário