Já Bocage não sou!... À cova escura
Meu estro vai parar desfeito em vento...
Eu aos Céus ultrajei! O meu tormento
Leve me torne sempre a terra dura;
Conheço agora já quão vã figura,
Em prosa e verso fez meu louco intento:
Musa!... Tivera algum merecimento
Se um raio da razão seguisse pura.
Eu me arrependo; a língua quasi fria
Brade em alto pregão à mocidade,
Que atrás do som fantástico corria:
Outro Aretino fui... a santidade
Manchei!... Oh! Se me creste, gente ímpia,
Rasga meus versos, crê na eternidade!.
(Bocage)
quarta-feira, novembro 15
SONETO DITADO NA AGONIA
Posted by A.Mello-Alter at 11/15/2006 03:00:00 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Ah... Bocage! O meu Poeta predilecto...
ResponderEliminar;)