Foi há precisamente cem anos que nasceu Marcelo Caetano.
Lembro-me vagamente da “Queda da Cadeira”, e do subsequente consulado do último Presidente do Concelho.
Mas pelo que tenho lido, e principalmente pelas “Cartas…” de Freire Antunes, fiquei com muito má impressão sobre o carácter do homem e do político.
A tão falada “Abertura” nunca existiu, e o Caetano político navegou sempre em aguas turvas. Nunca foi respeitado, nem direita nem pela esquerda.
A direita nunca lhe perdoou os discursos dúbios e o facto de se tentar demarcar do “Mostrengo” que foi Salazar.
A esquerda nunca poderia aceita-lo sem, afastar Thimaz, encerrar a DGS, abolir a censura e repensar as colónias.
O mito Marcelo Caetano que por vezes ainda ressoa, tem como base de sustentação o respeito temeroso da pequena burguesia estúpida e ignorante.
A Primavera Marcelista, nunca passou de um Salazarismo Desnorteado.
quinta-feira, agosto 17
SALAZARISMO DESNORTEADO
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Pouco me lembro de Marcelo Caetano, a não ser algumas poucas "conversas em família" que eu achava muito enfadonha porque não entendia nada... Era muito nova mas achava que aquela cara era de alguém falso, que não me inspirava confiança, temia-o até, sem saber propriamente porquê! Mais tarde vim a perceber a razão. E tenho a dizer que concordo contigo. 100%. E acho um exagero assinalar os 100 anos do seu nascimento... Todavia há que saber "separar as águas" e no campo académico tenho a confessar que reconheço o valor do professor de direito, uma área do saber que não sendo a minha me seduz imenso.
ResponderEliminarNem eu ouso pôr isso em causa.
ResponderEliminarSó dou a minha modestíssima opinião.
O Consulado de Marcello Caetano
ResponderEliminarficou para a história como uma "evolução na continuidade" do regime de Salazar. O seu inquestionável valor académico não foi suficiente para realizar as reformas que se impunham.A direita detentora do poder tinha tudo a perder com o fim do Império Colonial.A independência dos povos africanos não estava na sua agenda.