sexta-feira, julho 14

COAGIR OS TRIBUNAIS?

Este país está cada vez mais corrupto. Como se não bastasse a miserável qualidade dos nossos magistrados, os políticos ainda ajudam.
Num gesto só entendível como coacção da Justiça, um conhecido “senhor” do norte, indiciado por muitos e variados crimes foi convidado com todas as honras, a jantar na Assembleia da República.
È verdade que até trânsito em julgado, todo o réu é considerado inocente.
Mas os senhores deputados tinham necessidade de enviar alguma mensagem aos tribunais?
Não é com gestos destes que se coagem as instituições?
E qual será o próximo convidado? Outro do “Apito Dourado”? Ou do “Caso Casa Pia”?
Já que esta casa está assim tão aberta aos que têm problemas com a Justiça…
Porque não o Bibi? Não! O Bibi não tem poder de influência.

3 comentários:

  1. Violação de segredo de justiça. «O Independente» diz que não se provou «teoria da conspiração» contra Sócrates

    A directora de «O Independente», Inês Serra Lopes, e o jornalista daquele semanário Francisco Gouveia Teixeira, foram acusados pelo Ministério Público pelo crime de violação de segredo de justiça no âmbito do inquérito relativo às notícias publicadas em 2005 sobre a investigação ao «caso Freeport».

    De acordo com aquele semanário, que esta sexta-feira publica a acusação, o antigo inspector da PJ, Elias Torrão, foi acusado pelo crime de violação de segredo de funcionário.

    O semanário realça que a acusação deixou cair por terra a «teoria da conspiração», aventada na altura por alguns jornais, sobre o envolvimento da directora de «O Independente» num escândalo de corrupção juntamente com figuras ligadas ao PSD, com vista a prejudiciar a eleição de José Sócrates para primeiro-ministro. E garante que o documento da PJ, que incluía o nome do agora primeiro-ministro, é verdadeiro.

    De acordo com o semanário, o Ministério Público arquivou as suspeitas de corrupção activa para acto ilícito e de violação de segredo de justiça contra Armando Jorge Carneiro, administrador da «Revista Tempo», José Maria Bello Dias, advogado e ex-colega de escritório do antitgo ministro Rui Gomes da Silva, e Miguel Almeida, então colaborador de Pedro Santana Lopes.

    A história remonta a Fevereiro de 2005. O «O Independente» noticiou que a PJ suspeitava que a alteração da lei que permitiu a edificação do centro comercial Freeport, em Alcochete, protagonizada pelo ex-ministro do Ambiente, José Sócrates, teria tido como contrapartida o financiamento da campanha do PS.

    Estávamos em campanha eleitoral para as legislativas e a Procuradoria Geral da República e a Polícia Judiciária esclareceram, por meio de comunicado, que Sócrates não era arguido e que não existia «até ao momento» qualquer suspeita de ilícito criminal praticado pelo líder do PS.

    O «caso Freeport» continua sob investigação.

    VEM AGORA DEFENDER O TEU PRINCEPEZINHO!!!! PARA COAGIRES A LIBERDADE DE EXPRESSÃO!

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  2. Por muito inocente, folclórico e exclusivamente gastronómico que seja o jantar na Assembleia da República oferecido ao presidente do FC Porto, num momento em que há um processo a correr — mesmo sabendo todos, como suspeitamos, que vai prescrever e ser arquivado — estamos perante um caso lamentável de mais do que aparente pressão do poder político sobre o poder judicial.

    Leonor Pinhão.
    in "A Bola" 13/07/2006

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