Por ti falo. E ninguém sabe. Mas eu digo
meu irmão, minha amêndoa, meu amigo
meu tropel de ternura, minha casa
meu jardim de carência, minha asa.
Por ti morro e ninguém pensa. Mas eu sigo
um caminho de nardos empestados
uma intensa e terrífica ternura
rodeado de cardos por muitíssimos lados.
Meu perfume de tudo minha essência
meu lume minha lava meu labéu
como é possível não chegar ao cume
de tão lavado céu?
Ary dos Santos, in 'Fotosgrafias'
(enviado por Hélder Castilho)
Sem comentários:
Enviar um comentário