Ó Fernanda, dado que já estou cansado do ar teatral a que ele equivale em todo o horário de cada canal, no noticiário, no telejornal, ligando-se ao povo, do qual ele se afasta, gastando de novo a fala já gasta e a pôr agastado quem muito se agasta por ser enganado.
Ó Fernanda, dado que é tempo de basta, que já estou cansado do excesso de carga, do excesso de banda, da banda que é larga, da gente que é branda, da frase que é ópio, do estilo que é próprio para a propaganda, da falta de estudo, do tudo que é zero, dos logros a esmo e do exagero que o nega a si mesmo, do acto que é baço, do sério que é escasso, mantendo a mentira, mantendo a vaidade, negando a verdade, que sempre enjoou, nas pedras que atira,
mas sem que refira o caos que criou.
Ó Fernanda, dado que já estou cansado, que falta paciência, por ter suportado em exagerado o que é aparência.
Ó Fernanda, dado que já estou cansado, ao fim e ao cabo, das farsas que ele faz, a querer que o diabo me leve o que ele traz, ele que é um amigo de São Satanás, entenda o que eu digo:
Eu já estou cansado! Sem aviso prévio, ó Fernanda, prive-o de ser contestado! Retire-o do Estado! Torne-o bem privado!
Ó Fernanda, leve-o! Traga-nos alívio! Tenha-o só num pátio para o seu convívio!
Ó Fernanda, trate-o! Ó Fernanda, amanse-o! Ó Fernanda, ate-o! Ó Fernanda, canse-o!
domingo, novembro 29
Ode a Fernanda Câncio
Posted by A.Mello-Alter at 11/29/2009 02:05:00 da tarde
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário