(continuação…)
Amigo Luís Lourenço. Perguntas o que penso do Vinte e Cinco de Abril. Vou satisfazer a tua curiosidade.
Naquele dia Vinte e Cinco de Abril de 1974, o Povo ficou livre. Foram criadas grandes esperanças. A maioria do Povo português festejou o fim da ditadura.
O governo do General Vasco Gonçalves fez Leis contra a corrupção e Leis para proteger todos aqueles que viviam do seu trabalho. Muitos compraram ou construíram casa.
O ensino Universitário começou a ser extensivo a todos e não apenas para os filhos dos senhores do poder. Deixou de ser preciso o “senhor cunha” para arranjar trabalho.
Mas os governos que lhe sucederam, nomeadamente o governo do Dr. Mário Soares, retirou todas as Leis que protegiam a nação dos oportunistas e promulgou Leis de contratos a prazo para os Trabalhadores. Aliou-se às forças que nos oprimiram durante os anos do fascismo e criou leis bem piores que as de Salazar.
Fez leis para aumentar os ordenados dos políticos, deputados, presidentes de câmaras, ministros, etc., etc.
Com aquelas leis os políticos aumentam os ordenados a eles próprios, quando querem. Actualmente ganham ordenados chorudos.
A corrupção atinge todas as estruturas do Estado. Como são eles que fazem as leis a seu favor, ninguém presta contas.
Quando algum é chamado à justiça para prestar contas acaba por desgraçar mais o Povo, porque pedem uma grande indemnização ao Estado por ter posto em causa o seu bom nome. E o Povo é que tem de pagar tudo.
O emprego é só para os amigos dos políticos.
Os que não são do partido do poder só arranjam trabalho tendo uma “grande Cunha”.
A riqueza da nação passou para meia dúzia de magnates.
A censura aos meios de comunicação é feita pelos donos da comunicação social. Como têm tudo nas mãos, são eles que determinam as notícias que devem ser publicadas ou difundidas nas rádios, televisões e jornais.
A situação para aqueles que vivem de trabalho está muito complicada.
O Povo está a abandonar o país e parte para outros países, tal qual fazia nos tempos da ditadura!
O país está a saque. Os políticos comem tudo. Para estes marmanjos, o Vinte e Cinco de Abril foi um maná. Eles nunca estiveram tão bem na vida. Nunca houve tanta ladroagem em Portugal. Isto está podre meu caro Luís Lourenço.
É isto, como podes verificar, aquilo que eu penso e sinto.
Um forte abraço.
Excelente colaboração, muito obrigada A.A.. A sua visão das razões que levaram ao 25 de Abril, é bastante elucidativa, da forma como a vida nacional se encontrava na época. No entanto há também a considerar o contexto macro, e os condicionalismos internacionais. Estes cada vez mais iam apertando o cerco, nomeadamente no que se refere às colónias, a situação estava a ser insustentável. Incisiva a sua visão da actualidade, de facto o 25 de Abril veio estender um tapete vermelho a uma corja, que tomou o nosso país, hoje somos mais informados, mas apenas do que convém. A triologia de Fátima, Futebol e Fado, só sofreu a alteração do Fado, que foi substituído pelas mais diversas formas de alienação ( de que são exemplo os concursos de televisão e as telenovelas), a classe média está em extinção acelarada. Hoje só sobrevivem os pobres e, vivem á larga os cada vez mais ricos. Os nossos filhos têm que trabalhar em centros comerciais, por ordenados miséraveis ou em call centers em condições precárias. A cambada vai rindo de todos nós e, fazendo aliados entre aqueles que se deixam iludir com as pequenas migalhas que eles lhes atiram. Ao que vemos estão impunes e todos metidos no mm embrulho desde a Casa Pia até à Face Oculta.
ResponderEliminarUm forte abraço,
Luísa
Crise
ResponderEliminarVivemos uma época onde tudo tem a assinatura da crise. Tudo se começa a colocar em causa. Nunca se ouviu falar em tanta crise. A esperança é já de não se alargar a crise. Mas ela já conseguiu invadir os alicerces da maioria das famílias portuguesas.
Os governos e os governantes não ficam imunes. A crise invadiu o modelo económico e financeiro. Já chegou ao sistema bancário e às bolsas. Mas atenção, estas bolsas atingidas são as nossas! Penetrou no AMOR. Apesar ainda do amor se escrever com as mesmas quatro letras, ele não é oriundo da mesma raiz que lhe deu origem. Talvez por isso nenhuma Companhia de Seguros se aventuraria a tomar conta deste negócio! Já a amizade caminha a passos largos para se converter, ou não esteja já transformada numa palavra vã. Entrou na crise.
Passa-se o mesmo na Justiça que não merece o crédito das pessoas. Em tempos foi equiparada á paz que a própria Justiça legitimava.
Estão a milhas da Luz (pelo menos a apregoada luz ao fundo do túnel) as realizações das cansadas e velhinhas promessas feitas pelos governantes. Muitos deles em vez de governarem, governam-se. Começa a constar que a honradez tirou passaporte para parte incerta.
Não foge á crise a igreja católica. Cada dia que passa perde crédito nos seus fundamentos. Servindo-se da religião, muitos dos seus guardiões são responsáveis por actos condenáveis. Desde o encobrimento de conhecidos e antigos abusos sexuais, como o da cobertura a depósito de armas. Armas essas de fogo e morte em vez das armas da fé. Misturam religião com política. Usam o poder da mística da fé para fazerem propaganda eleitoral em defesa dos detentores de determinado poder político, desde que este coincida com o poder monopolista económico da igreja! Assim vão minando, num crescente descrédito, a fé dos fieis e afastando-os da igreja. Muitos deles já confundem religião com comércio. Não só por tudo ser pago desde o Baptizado até ao dia quando baixamos à terra. A igreja além de várias facilidades, tem ajudas dos governos, autarquias, enquanto ela dispõe de um património com uma riqueza incomensurável.
Chegamos a uma situação de não ser já possível tentar esconder a crise, que anda por aí. ( Também Santana Lopes disse um dia que iria andando por aí...). A crise já não anda só por aí. Resolveu instalar-se por cá e por aí. Não a devemos ignorar. Numa época onde o aldrabão, o que rouba milhões, o profissional da vigarice são pessoas distintas e têm toda a protecção ao seu alcance e ao seu bom nome. Será isto o produto de algum vírus? Andam por aí vários vírus. É nas gripes, nos hospitais, nos computadores... Talvez por isso anda tudo VIRADO!
Está instalada uma pandemia de falsidade infecciosa, arrogante, perseguindo todos aqueles resistentes que não querem ser marionetes desta sociedade VIRADA, em CRISE.
Só um milagre poderá alterar esta situação? Os milagres foram inventados, em certas alturas, por darem um grande jeito... A crise de agora não está nas boas graças para os “milagres”? Ou ainda não terá chegado a sua hora?
Não tenhamos dúvidas que estamos confrontados e a viver uma muito grande crise!
A. A.
F.M.I.
ResponderEliminarTenhamos muita atenção às "receitas" que este laboratório do capitalismo indica para a "doença" de Portugal! Doença esta sem cura porque ela nasce laboratorialmente do F.M.I..
Receita do FMI a aplicar:
Restrições em tudo o que seja os vencimentos daqueles que TRABALHAM! Como se vê é uma receita simples e sem dor para os seus aplicadores...
Entretanto arrecadam o produto desse trabalho para se governarem.
Eu que sou um Zé Ninguém atrevo-me a dizer lá aos "cientistas desse labortório" F.M.I., o seguinte: Nós já temos receitas dessas a mais e como podem verificar o mal não teve cura. Antes pelo contrário, estamos cada vez PIOR. Apetece-me, sem que isso possa ser ofensa, acrescentar: PORRA QUE É DE MAIS"! E já agora porque é que Vossas Excelências não receitam aos TRABALAHDORES que terão de começar a ROUBAR como fazem aqueles que R O U B A M quem TRABALHA?
Não será que F.M.I. também queira dizer:
F de Fome
M de Miséria
I de Internacional?
Isto pode parecer duro, mas também pode parecer que seja a realidade!!!
A.A.