"Casamento"

Primeiro: temos que pensar se aceitamos os gays como pessoas ditas “normais”, depois pronunciamo-nos acerca do assunto.

Segundo: temos que saber distinguir os verdadeiramente gays daqueles que, infelizmente, não têm discernimento e são os chamados “bichas” e outros nomes feios, que agora também não interessa nada, essas borboletas que acham que chamam a atenção só porque fazem figuras tristes com eles próprios e acabam por ajudar o povo a ter má impressão daquilo que significa verdadeiramente ser gay.

Não é uma doença, é uma condição com a qual se nasce, não se tem escolha, é-se assim e pronto, atraídos pelo mesmo sexo, não se sentindo mal com o sexo que têm, mas simplesmente não gostam do sexo oposto. Não deixam por isso de ser pessoas perfeitamente normais, aliás, conheço pessoas assim e, pasmem-se, ninguém diria!

Essas pessoas amam normalmente, agem normalmente, trabalham, contribuem para a sociedade, pagam impostos, compram casa e têm expectativas familiares, escolhem parceiros para a vida, como qualquer casal normal, devem por isso ter os mesmos direitos, já que têm os mesmos deveres, devem poder agir em sociedade como um verdadeiro casal, sem objecções ou restrições, já lá vai o tempo da Idade Média, o evoluir dos tempos dá-nos abertura de mente, faz-nos crescer e aceitar aquilo que antigamente nos parecia absurdo.

Ser gay É SER NORMAL.

Ser objecto de discriminação NÃO É NORMAL.

Aliás está na Constituição Portuguesa:

Artigo 13.º
Princípio da igualdade

1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.

Se em 1976 se pensava assim, não se justifica que em 2009 se tenha uma mentalidade tacanha e retrógrada, não aceitando as pessoas como elas são, não nos damos sequer ao trabalho de pensar se é justo ou não, simplesmente não aceitamos.

Pessoas são pessoas, se não se gosta delas, há que ter razões válidas, não é só porque sim.

No tempo da “avozinha” os pretos não eram gente, as mulheres não eram gente, não votavam, nem tinham direitos de sucessão, agora tudo isso parece ridículo, naquele tempo não o era, se as nossas mentalidades mudaram, se hoje a escravidão e a supressão das mulheres nos parece tão desproporcionado, às vezes até pensamos “como foi possível?”……. agora é tempo de mudar outras convicções e não de voltar atrás.

(Fantasma)