O homem finalmente “desamparou-nos a loja”. Não acredito que tenha sido um resto de dignidade, como vieram imediatamente fazer notar alguns amigos. O tipo não saiu, foi empurrado. E o presidente, teimosamente, está com ele. Porquê?
AS ESCOLHAS DE CAVACO (19/03/06)
Não me surpreenderam nada as escolhas de Cavaco Silva para o Conselho de Estado. Três dos cinco, eram até bastante previsíveis. O presidente escolheu de acordo com a sua maneira de ser. Conservador, vaidoso e ressentido.
Marcelo Rebelo de Sousa, é uma escolha óbvia. Fez muito por esta campanha, e é muito útil poder contar com um “opinion maker”, sobretudo quem não tem o dom da palavra.
Dias Loureiro e Ferreira Leite, são as outras duas. Apoiantes incondicionais, são uma bênção para o EGO do Senhor Professor.
João Lobo Antunes, também foi muito importante na campanha e beneficia do fascínio que exerce uma pessoa “bem nascida” sobre um provinciano.
Anacoreta Correia, pode vir a ser muito útil em batalhas futuras.
A exclusão de Vítor Constâncio, também era previsível. Cavaco não ia suportar junto dele, alguém mais credenciado na área económica.
Já o afastamento do representante do PCP, pareceu-me ser uma demonstração de respeito pelo partido. Seria uma vergonha para o PC, ver um seu militante ser escolhido para conselheiro de Cavaco.
Obviamente que nenhum aceitaria, mas a acontecer, era motivo para expulsão imediata.
Cavaco Silva nunca será o presidente de todos os portugueses.
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