“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo... Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer porque eu sou do tamanho do que vejo, e não do tamanho da minha altura... Nas cidades a vida é mais pequena que aqui na minha casa no cimo deste outeiro. Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave, escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe de todo o céu, ..” (Alberto Caeiro)
È a última noite do ano. Está frio como é normal e é tempo de fazer balanço de 2009. Foi um ano de transição, muito complicado para mim. Houve que assumir posições, fazer rupturas. Acho que agi correctamente. Pelo menos não me arrependi. Consegui, contra quase todos, fazer vencer o que achei ser justo. Fazer por mim e pelos que não têm poder crítico.
Este fim-de-ano foi muito diferente do anterior. O que foi impossível e impensável, um pai e um filho jantarem juntos na Noite de Natal, este ano foi um dado adquirido. Sem dramas.
Vem aí o Novo Ano e as coisas ainda vão melhorar. Vamos fazer por isso.
Provavelmente ninguém sabe como nós, como foi a génese da construção da Praça. Uma obra que nunca esteve nos Planos Anuais da Junta, foi no entanto aceite quando a Câmara resolveu disponibilizar verbas para Seda, coisa rara naqueles tempos.
Em boa hora se construiu. Não se podia imaginar na altura que hoje seria impensável a nossa malha urbana sem este edifício. Além de ser um caso notável de integração e aceitação, mudou radicalmente a centralidade da vila. Pena nunca ter funcionado a 100%, o que nós já esperávamos.
Durante muitos anos foi uma grande fonte de despesas para a junta. Eu não estou de posse dos dados actuais, mas imagino que continue a ser. O que não é insólito. É um serviço que se presta á população, que logicamente tem os seus custos.
Se é lógico que a autarquia suporte os custos dum serviço público, não é menos que este deve, podendo, dar contrapartidas, isto é, ser útil. Não é aceitável que um equipamento com aquela qualidade e no centro da nossa vida social, esteja e continue em grande parte desaproveitado. Se não serve como praça, finalidade para que foi construída, mude-se o destino.
Limpo todo o espaço das bancas, rasgando as paredes do lado da rua e da escola, substituindo-as por vidro, dá, aí sim, uma excelente Sala de Leitura, de Jogos e Zona Wirless. (no centro real da freguesia)
Depois dessas modificações, que não serão muito caras, se a junta transformar a loja anexa num pequeno Quiosque, estou em crer que não terá grande dificuldade em alugá-lo.
Deixar o espaço assim como está, às moscas, é inconcebível numa comunidade com tanta falta de equipamentos. O que a ex-Casa do Povo nunca foi, por estar mal situada, pode fazer-se aqui.
Foram hoje eleitos os novos Corpos Gerentes da Comissão de Melhoramentos da Freguesia de Seda. Lista única, difere pouco da anterior, “só” perdeu o Conselho Fiscal e um director executivo. Vai ficar em funções para o próximo triénio.
Junto com os votos de Bom Natal, acabei de receber este pensamento.
" O que é mais preocupante não é o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, ou dos sem ética. O que é preocupante é o silêncio dos que são bons”