Pouco tempo após a tomada de posse e depois de resolver a situação dum contratado que o anterior presidente deixou, (sem nenhuma hipótese de lhe pagar o salário), chegou o tempo da actualização dos cadernos eleitorais.
Não foram precisos mais que alguns minutos para começar a descobrir “defuntos eleitores”. E não eram poucos. A minha avó falecida em 78, ainda engrossava a lista das abstenções em 84. Depois de uma apurada busca e confirmação junto das famílias de algumas dúvidas, terminado o mês de actualização, comunicámos mais de oito dezenas de óbitos á Câmara Municipal.
Caíu o “Carmo e a Trindade”. Em pouco mais de 500 eleitores esse número de óbitos só seria possível fruto de qualquer cataclismo. E no ano transacto isso não tinha acontecido.
Convocaram-me para explicar o ocorrido ao chefe Martins. E o Luis José lá me levou á Alter, com o Caderno Eleitoral debaixo do braço e a explicação na ponta da língua.
Algum tempo depois, já na nova junta, foi a vez de actualizar o Arquivo Morto. Foram centenas de Comunicações de Óbito que vinham sendo guardadas numa caixa sem ninguém lhes dar o destino devido, que mandámos nesse ano.
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