terça-feira, dezembro 30

A Birra Presidencial

Os portugueses começam a estar fartos dos “cheliques” de Cavaco Silva. Eu estou e muito.
Não consigo perceber, em que o Artº 114 do Estatuto Regional do Açores, (O Presidente antes de dissolver a Assembleia Regional, deve ouvir o Presidente do Governo Regional e esta mesma Assembleia), põe em causa a qualidade da democracia e os poderes do presidente. Ouvir não apouca poderes de ninguém, antes pelo contrário. E é perfeitamente lógico que, antes de tal decisão, sejam ouvidos os órgãos de poder interessados.
Falta de lealdade política também não é entendível. Em Belém e São Bento, há dois órgãos de poder com a mesma legitimidade política, a do voto popular. E o facto de terem opiniões políticas diferentes, são razões políticas as de Cavaco, é salutar. A paz podre dos cemitérios, era no tempo “da outra senhora”.
Nós já estamos habituados á bi-polaridade de Cavaco. Leão com os Açores, cordeiro com a Madeira. Foi vergonhoso o silêncio em relação ao acontecido na Assembleia Regional da Madeira. Aí sim, a democracia foi ofendida.
O comunicado de ontem só podia ter duas saídas. A Renuncia ou a Dissolução da Assembleia.
O resto, é Baixa Política.

segunda-feira, dezembro 29

Memória do Crónicas

29/12/2003 Negócios Ruinosos

O governo vendeu ao City Group, 11,5 mil milhões de dívidas a cobrar, por 1,8 mil milhões em cash. Esta operação é muito comum entre empresas para resolver problemas de tesouraria.
Quem vende recebe, e quem compra assume o ónus da cobrança, que é sempre um risco a ter em conta. Por isso os créditos são tomados a bom preço.
Ora neste caso, não será bem assim. O Estado além de efectuar a cobrança, parece que garante montantes, prazos e até juros no caso de demora a cobrar.
O grupo de Capital de Risco arrisca o quê?

domingo, dezembro 28

Acabei de ler “Todos os Nomes” de José Saramago. É estranho que com este título, só um nome seja referido o Sr José. Eu chamaria ao Conservador, Sr João; cá por coisas…
O Sr José é uma pessoa muito comum nos tempos que correm. Alguém que à falta de uma vida própria, vive a dos outros. Coleccionar a vida de pessoas famosas, ou segui-la, é o que faz muita gente que apesar das dificuldade económicas, não deixa de comprar a Holla e a Caras.
O facto de ser um bispo a “Vida de Pessoas Famosas” mais importante que ele segue, também é sintomático. O autor, ateu convicto, quis fazer o Sr José religioso. Uma maneira de lhe apoucar a vida. O facto de haver resposta, e sempre a mesma, para todas as nossas perguntas, limita os sonhos, cerceia a imaginação.
O facto de o “tecto” funcionar como consciência, está bem conseguido. Pelas conclusões a que chega o outro “eu” do agente da história, mostra que ele podia bem ser outra pessoa, noutras circunstâncias.
Será que a senhora que o olha longamente no autocarro, era a professora de matemática a pedir que deixasse de a procurar? Fiquei com essa impressão depois das falas do Pastor no Cemitério Central. “Alguém que se suicida, não quer ser encontrado”, de contrário deixava-se estar vivo. Meritório o acto de trocar os números das sepulturas.
Gostava que o Sr José tivesse continuado uma amizade de Xá e bolachas com a Senhora do Rés de Chão Direito. Mas o destino dele é ficar só, a misturar a vida dos vivos e dos mortos nas noites escuras da Conservatória.

Comecei a ler A Jangada de Pedra.

quarta-feira, dezembro 24

Carta Aberta à Direcção

Antes de mais, quero desejar a todos um Bom Natal. Que seja infinitamente melhor que o meu. Podem crer que não será muito difícil.
São 18 horas e 45 minutos do dia 24 de Dezembro, e quero que saibam que tive o Jantar de Natal mais triste da minha vida. Em quarenta e alguns anos de memórias, não me lembro de alguma vez ter jantado sozinho neste dia. Jantei no quarto, o meu pai foi para a sala, como mandam os omnipresentes regulamentos e ninguém se lembrou de um gesto tão simples como servir a nossas refeições no meu quarto. Era uma vez sem exemplo, mas os malditos regulamentos não permitem. Quando todos procuram a companhia dos familiares, a nós, num gesto gratuito e cruel, separaram-nos. Desta vez, será só desta?, quem tem o poder de mandar, não teve o “dom” da sensibilidade. O Regulamento impera, num mundo onde quase tudo é proibido; desde uma fatia de queijo ou um yogurte, até uma visita fora da hora regulamentar.
O jantar foi o do costume: sopa, bróculos com bacalhau, uma fatia de pão e maçã cozida. Nada indica que é Natal. O meu pai comeu só a sopa, em dez minutos. Pelos vistos tinha tanto apetite como eu.
Eu até nem tenho muitas razões de queixa. Mas sinto, pelos que não têm capacidade reinvidicativa, que tenho obrigação de erguer a voz por eles. Por mais que queiram, nesta casa não há utentes. Há pessoas. E são os regulamentos que devem adequar-se ás pessoas, não o contrario. Proibir é fácil, mas não é a solução. Está mais que provado que não resulta. E o medo dos fiscais da ASAE, não justifica o comodismo e a falta de imaginação, o fácil proibir.
Hoje é Natal, amanhã é um Ano Novo, eu fiz o meu Jantar de Natal pela primeira vez sozinho e estou triste e cansado.
Hoje é Natal, amanhã é um novo ano e é tempo de mudar as coisas, assim todos o queiramos.
Por mim e pelos que não têm voz, eu não tenho nada a perder, estou disposto a ir até às últimas consequências para que as coisas mudem e se perceba que o importante são as pessoas. Comecei por rasgar o Regulamento. De agora em diante para mim não conta mais. Vamos aguardar o que aí virá.

Seda, 24/12/08

Feliz Natal
Próspero Ano Novo

segunda-feira, dezembro 15

Dignitas Personae

O Vaticano emitiu hoje um documento intitulado Dignitas Personae que revela as suas reservas sobre quase todas as formas de fertilização artificial e engenharia genética. Fica o apelo aos católicos de todo o mundo para que se oponham a estas novas técnicas da biotecnologia que, dizem, são moralmente condenáveis.

(Público)

Nem sequer o deixavam ter pai e mãe como as outras crianças. O seu pai era duas pessoas... Um velho chamado José, que era carpinteiro, e que não era pai dele; e o outro pai era uma pomba estúpida, a única pomba feia do mundo porque não era do mundo nem era pomba e a sua mãe não tinha amado antes de o ter, não era mulher: era uma mala, em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe, e nunca tivera pai para amar com respeito, pregasse a bondade e a justiça!...

(Fernando Pessoa)

sábado, dezembro 13

Poesia Popular

Natal


Que neste Natal triunfe o AMOR
Que se inicie para todos um mundo melhor
Onde não haja ódio, ambição, rancor
Para que assim seja, ajuda-nos Senhor

Que todos tenhamos coração de criança
Mente de fraternidade, onde brilhe a luz
Aonde reine a paz e a confiança
Para tudo isto, ajuda-nos Jesus

Acendem-se as luzes do presépio de Belém
E cantemos todos com pura alegria
Adorando o Menino que nasceu p’ra nosso bem
Não esquecendo os outros, ajuda-nos Maria

Como seria belo e lindo um mundo assim
Onde os Lares das crianças fosse de amor e fé
Sem separações de tormentos sem fim
Ajuda-nos Sagrada Família, Jesus Maria e José

Margarida 11/12/2008




quinta-feira, dezembro 11

Mário Viegas

O Guardador de Rebanhos

sábado, dezembro 6


sábado, novembro 29

Lar de Seda - Festa de S. Martinho (11/11/08)




Poesia Popular

Como eu gostava de voar
Quer entre as nuvens bem altas
Quer sobre a água dos mares
Poisando aqui e ali p’ra muitas vidas salvar
Convertendo o mal em bem
Como eu gostava de voar!...
Ser qual soldado alado
Batalhar para vencer
Vencer o mal espalhado
Neste mundo de temer
As criancinhas guardar nos seus galreios singelos
A dar-lhes só caminhos belos
Como eu gostava de voar!...
A todo o mundo gritar
As guerras hão-de cessar!...
Baixem armas cavalheiros
Sede amigos não guerreiros
Almas perdidas, inquietas
Serenai e vinde amar
Cantando glórias a Deus
Como eu gostava de voar!...

Margarida

sexta-feira, novembro 28

quarta-feira, novembro 26

Uma imagem vale mais que mil palavras...


Uma mão lava a outra

Se é verdade que o BPN, (Banco Português de Negócios), financiou a campanha de Cavaco, é perfeitamente compreensível que este tenha nomeado o presidente da SLN, (Sociedade Lusa de Negócios), Conselheiro de Estado.
Saber valorizar e retribuir os favores que nos fazem, é um traço de excelência de carácter.

“Isto é tudo boa gente”

Lar de Seda - Festa de S. Martinho (11/11/08)

terça-feira, novembro 25

Memória do Crónicas

25/11/06 Ligado na TV
Felizmente esta semana não tive dúvidas na entrevista a assistir.
Liguei para a RTP, para ouvir o músico Rui Veloso.
Gostei. Como era de esperar, um homem simples, despretensioso, como as pessoas que têm mesmo valor. Não tem a certeza que o que faz é Arte. Chama-lhe simplesmente Musica Popular. É bonito.
É bonito, sobretudo num país onde tanto “pimbalhão” se crê artista.

À SIC, nem liguei. Não me apetecia ver Fujão Burroso. Não suporto desertores.

Memória do Crónicas

O PIOR PORTUGUÊS DE SEMPRE
Este país sempre foi uma espécie de grande Entroncamento. Tem sido um alfobre de fenómenos, esta nossa terra. Para o bem e para o mal.
Se durante estes séculos, tivemos portugueses de alta estirpe, daqueles em quem poder não tem a morte, como Camões, Gama, Pessoa, Zeca, ou Saramago.
Também é verdade que a nossa quota de “ervas daninhas” é bastante apreciável.
Como pior de todos nós, temos vasto campo de escolha nos ilustres filhos da desprezível Casa de Bragança. A mais cruel praga que pode acontecer a uma nação.
Há muito por onde escolher. D. João IV, o Poltrão, D. Afonso VI, o Imbecil, D. João V, o Esbanjador, D. José, o Banana, D. Maria, a Tonta e os filhos Cobardes, D. Carlos, o Caloteiro. A todos eles o título ficava a matar.
Enfim, é escolher meus senhores, é escolher…

Dos actuais, falta-nos o necessário distanciamento para uma apreciação mais desapaixonada.
Do passado recente as feridas ainda estão verdes, a sangrar. Está ainda muito na memória aqueles quatro meses de pesadelo. A nova sensação de se sentir vergonha de ser português.
Isso tolhe-me o discernimento para optar entre:
Santana Lopes, o mais quixotesco primeiro-ministro que algum país já teve.
Ou Jorge Sampaio, o responsável por tamanha humilhação.

Lar de Seda - Festa de S. Martinho (11/11/08)






segunda-feira, novembro 24

Madredeus

Vaca de Fogo

Lar de Seda - Festa de S. Martinho (11/11/08)





Poesia Popular

Em meus dias de lazer
Às vezes versos eu faço
Mas para hoje os fazer
A mínima razão não acho

Nada tenho na lembrança
Nada hoje me anima
Já não tenho a menor esperança
De preencher estas linhas

Eu não as queria vazias
Queria ter algo a sair
Desta mente sem pensar
Que hoje me está a trair

Mas perante esta evidencia
Só vos deixo a minha dor
Pois tomei a consciência
Da minha falta de valor

Margarida 23/09/07

domingo, novembro 23

Lar de Seda - Festa de S. Martinho (11/11/08)





Poesia Popular

Mote Portalegre

De Portalegre cantando
Meu canto é doce é amargo
Já sinto os olhos turvando
Já sinto o peito mais largo

( José Régio
)

De Portalegre cantando
Quadras soltas, bem antigas
Meus olhos estão chorando
Ao lembrar velhas cantigas

Meu canto é doce é amargo
Quando canto de saudade
Quão pesado foi o fardo
Ao deixar minha cidade

Já sinto os olhos turvando
Por me ver na minha Terra
Nela eu amo cada canto
Pela beleza que encerra

Já sinto o peito mais largo
Dentro do meu Alentejo
Ai que saudades eu trago
À quanto tempo o não vejo!...


Margarida, 1983

sábado, novembro 22

Lar de Seda – Festa de S. Martinho (11/11/08)

Pequena representação alusiva ao dia, pelo grupo de utentes do lar de Alter.






sexta-feira, novembro 21

Lar de Seda – Festa de S. Martinho (11/11/08)

A festa contou com a presença dos idosos de Seda, Chança, Cunheira e Alter. Hoje são editadas as primeiras fotos.