Antes de mais, quero desejar a todos um Bom Natal. Que seja infinitamente melhor que o meu. Podem crer que não será muito difícil.
São 18 horas e 45 minutos do dia 24 de Dezembro, e quero que saibam que tive o Jantar de Natal mais triste da minha vida. Em quarenta e alguns anos de memórias, não me lembro de alguma vez ter jantado sozinho neste dia. Jantei no quarto, o meu pai foi para a sala, como mandam os omnipresentes regulamentos e ninguém se lembrou de um gesto tão simples como servir a nossas refeições no meu quarto. Era uma vez sem exemplo, mas os malditos regulamentos não permitem. Quando todos procuram a companhia dos familiares, a nós, num gesto gratuito e cruel, separaram-nos. Desta vez, será só desta?, quem tem o poder de mandar, não teve o “dom” da sensibilidade. O Regulamento impera, num mundo onde quase tudo é proibido; desde uma fatia de queijo ou um yogurte, até uma visita fora da hora regulamentar.
O jantar foi o do costume: sopa, bróculos com bacalhau, uma fatia de pão e maçã cozida. Nada indica que é Natal. O meu pai comeu só a sopa, em dez minutos. Pelos vistos tinha tanto apetite como eu.
Eu até nem tenho muitas razões de queixa. Mas sinto, pelos que não têm capacidade reinvidicativa, que tenho obrigação de erguer a voz por eles. Por mais que queiram, nesta casa não há utentes. Há pessoas. E são os regulamentos que devem adequar-se ás pessoas, não o contrario. Proibir é fácil, mas não é a solução. Está mais que provado que não resulta. E o medo dos fiscais da ASAE, não justifica o comodismo e a falta de imaginação, o fácil proibir.
Hoje é Natal, amanhã é um Ano Novo, eu fiz o meu Jantar de Natal pela primeira vez sozinho e estou triste e cansado.
Hoje é Natal, amanhã é um novo ano e é tempo de mudar as coisas, assim todos o queiramos.
Por mim e pelos que não têm voz, eu não tenho nada a perder, estou disposto a ir até às últimas consequências para que as coisas mudem e se perceba que o importante são as pessoas. Comecei por rasgar o Regulamento. De agora em diante para mim não conta mais. Vamos aguardar o que aí virá.
Seda, 24/12/08
São 18 horas e 45 minutos do dia 24 de Dezembro, e quero que saibam que tive o Jantar de Natal mais triste da minha vida. Em quarenta e alguns anos de memórias, não me lembro de alguma vez ter jantado sozinho neste dia. Jantei no quarto, o meu pai foi para a sala, como mandam os omnipresentes regulamentos e ninguém se lembrou de um gesto tão simples como servir a nossas refeições no meu quarto. Era uma vez sem exemplo, mas os malditos regulamentos não permitem. Quando todos procuram a companhia dos familiares, a nós, num gesto gratuito e cruel, separaram-nos. Desta vez, será só desta?, quem tem o poder de mandar, não teve o “dom” da sensibilidade. O Regulamento impera, num mundo onde quase tudo é proibido; desde uma fatia de queijo ou um yogurte, até uma visita fora da hora regulamentar.
O jantar foi o do costume: sopa, bróculos com bacalhau, uma fatia de pão e maçã cozida. Nada indica que é Natal. O meu pai comeu só a sopa, em dez minutos. Pelos vistos tinha tanto apetite como eu.
Eu até nem tenho muitas razões de queixa. Mas sinto, pelos que não têm capacidade reinvidicativa, que tenho obrigação de erguer a voz por eles. Por mais que queiram, nesta casa não há utentes. Há pessoas. E são os regulamentos que devem adequar-se ás pessoas, não o contrario. Proibir é fácil, mas não é a solução. Está mais que provado que não resulta. E o medo dos fiscais da ASAE, não justifica o comodismo e a falta de imaginação, o fácil proibir.
Hoje é Natal, amanhã é um Ano Novo, eu fiz o meu Jantar de Natal pela primeira vez sozinho e estou triste e cansado.
Hoje é Natal, amanhã é um novo ano e é tempo de mudar as coisas, assim todos o queiramos.
Por mim e pelos que não têm voz, eu não tenho nada a perder, estou disposto a ir até às últimas consequências para que as coisas mudem e se perceba que o importante são as pessoas. Comecei por rasgar o Regulamento. De agora em diante para mim não conta mais. Vamos aguardar o que aí virá.
Seda, 24/12/08
Vamos todos achar um outro acrónimo para IPSS?
ResponderEliminarQue tal o desafio? Tendo em conta aquelas que conhecemos, bem visto.
Lídia
Não existe outra via para a solidariedade humana senão a procura e o respeito da dignidade individual
ResponderEliminarAutor: Nouy , Pierre
- Bom dia. Por que acabas de apagar o teu lampião?
ResponderEliminar- É o regulamento, respondeu o acendedor. Bom dia.
- Que é o regulamento?
- É apagar o meu lampião. Boa noite.
E tornou a acender.
- Mas por que acabas de o acender de novo?
- É o regulamento, respondeu o acendedor.
- Eu não compreendo, disse o principezinho.
- Não é para compreender, disse o acendedor. Regulamento é regulamento. Bom dia.
E apagou o lampião.
Em seguida enxugou a fronte num lenço de quadrinhos vermelhos.
- Eu executo uma tarefa terrível. Antigamente era razoável. Apagava de manhã e acendia à noite. Tinha o resto do dia para descansar e o resto da noite para dormir...
- E depois dessa altura,o regulamento mudou?
- O regulamento não mudou, disse o acendedor. Aí é que está o drama! O planeta de ano em ano gira mais depressa, e o regulamento não muda!
- E então? disse o principezinho.
- Agora, que ele dá uma volta por minuto, não tenho mais um segundo de repouso.
Acendo e apago uma vez por minuto!
Antoine De Saint-Exupery "O Princepezinho"
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Bom Ano Novo
Orlando
Sensibilidade?Que sensibilidade pode ter o presidente?Pouco se preocupou com os próprios pais e que deixou os sogros serem enterrados fora da sia terra natal?
ResponderEliminarPor falar em regras e com a devida vênia, volto a insistir na velha estória do "7" pagão e do "7" cristão: Ao descer do Monte com as Tábuas da Lei, Moisés relacionou uma a uma ao povo que as recebeu de bom grado, mas só até o Sexto Mandamento. Ao ser-lhes ordenado: "Não cometerás adultério", o povo rebelado clamou - risca o 7...risca o 7 !!! Daí a origem do 7 com e sem risco.
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