Lembro-me perfeitamente do dia. Manhã fria e chuvosa, saímos como todos os dias ás 6,30 da manhã. Era assim nesses tempos, os miúdos saíam de casa pela madrugada e voltavam noite cerrada. O convívio com os pais era muito restrito.
Depois da volta habitual; Chança, Cunheira, Monte da Pedra, Aldeia da Mata, Flôr da Rosa, Crato e Alter, onde chegávamos depois das 8:00 horas, parávamos frente ao portão do colégio particular. Rapazes para um lado, raparigas para outro.
Mas nesse dia havia algo diferente no ar. No átrio das salas de aula, as funcionárias; Menina Teresa e Menina Antónia, ouviam um pequeno rádio onde não cantava o Mourão, o Artur Garcia, a Tonicha. Tocava coisas diferentes. Havia uma música ritmada que falava de fraternidade, de igualdade, de povo.
Acho que nos mandaram para casa a meio da manhã. E eu, miúdo de 14 anos, nem fazia ideia o quanto o meu mundo tinha mudado naquela madrugada.
Depois da volta habitual; Chança, Cunheira, Monte da Pedra, Aldeia da Mata, Flôr da Rosa, Crato e Alter, onde chegávamos depois das 8:00 horas, parávamos frente ao portão do colégio particular. Rapazes para um lado, raparigas para outro.
Mas nesse dia havia algo diferente no ar. No átrio das salas de aula, as funcionárias; Menina Teresa e Menina Antónia, ouviam um pequeno rádio onde não cantava o Mourão, o Artur Garcia, a Tonicha. Tocava coisas diferentes. Havia uma música ritmada que falava de fraternidade, de igualdade, de povo.
Acho que nos mandaram para casa a meio da manhã. E eu, miúdo de 14 anos, nem fazia ideia o quanto o meu mundo tinha mudado naquela madrugada.
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