Exmo Senhor:
Presidente da Direcção
Tive conhecimento que convocaram o meu irmão para o próximo sábado ás 10 horas. Ele não me referiu o motivo concreto, falou só do mau comportamento do meu pai. V/excias deviam ter-lhe dito que o que motivou este mau comportamento, foi a sua (dele) infracção aos regulamentos no dia 23 de Dezembro. Se ele tivesse pedido a autorização para entrar mais cedo, ou se o Senhor Presidente, ao invés de ir ao meu quarto apontar o mau comportamento, coisa que o meu considerou ameaça, tivesse feito a censura directamente ao meu irmão, nada do que se seguiu teria acontecido. Afinal foi ele que se comportou mal, era justo que tivesse sido ele a levar o “puchão de orelhas”.
Presidente da Direcção
Tive conhecimento que convocaram o meu irmão para o próximo sábado ás 10 horas. Ele não me referiu o motivo concreto, falou só do mau comportamento do meu pai. V/excias deviam ter-lhe dito que o que motivou este mau comportamento, foi a sua (dele) infracção aos regulamentos no dia 23 de Dezembro. Se ele tivesse pedido a autorização para entrar mais cedo, ou se o Senhor Presidente, ao invés de ir ao meu quarto apontar o mau comportamento, coisa que o meu considerou ameaça, tivesse feito a censura directamente ao meu irmão, nada do que se seguiu teria acontecido. Afinal foi ele que se comportou mal, era justo que tivesse sido ele a levar o “puchão de orelhas”.
Do que se passou depois, eu não encontro justificação, a não ser a má noite que estávamos a passar,…
“Antes de mais, quero desejar a todos um Bom Natal. Que seja infinitamente melhor que o meu. Podem crer que não será muito difícil.
São 18 horas e 45 minutos do dia 24 de Dezembro, e quero que saibam que tive o Jantar de Natal mais triste da minha vida. Em quarenta e alguns anos de memórias, não me lembro de alguma vez ter jantado sozinho neste dia. Jantei no quarto, o meu pai foi para a sala, como mandam os omnipresentes regulamentos e ninguém se lembrou de um gesto tão simples como servir a nossas refeições no meu quarto. Era uma vez sem exemplo, mas os malditos regulamentos não permitem. Quando todos procuram a companhia dos familiares, a nós, num gesto gratuito e cruel, separaram-nos. Desta vez, será só desta?, quem tem o poder de mandar, não teve o “dom” da sensibilidade”…
“Antes de mais, quero desejar a todos um Bom Natal. Que seja infinitamente melhor que o meu. Podem crer que não será muito difícil.
São 18 horas e 45 minutos do dia 24 de Dezembro, e quero que saibam que tive o Jantar de Natal mais triste da minha vida. Em quarenta e alguns anos de memórias, não me lembro de alguma vez ter jantado sozinho neste dia. Jantei no quarto, o meu pai foi para a sala, como mandam os omnipresentes regulamentos e ninguém se lembrou de um gesto tão simples como servir a nossas refeições no meu quarto. Era uma vez sem exemplo, mas os malditos regulamentos não permitem. Quando todos procuram a companhia dos familiares, a nós, num gesto gratuito e cruel, separaram-nos. Desta vez, será só desta?, quem tem o poder de mandar, não teve o “dom” da sensibilidade”…
Eu não concordo com muitas das palavras e atitudes do meu pai. Neste momento fi-lo compreender que tem que mudar e ele prometeu-me que não volta a acontecer. Mas a minha obrigação é apoiá-lo mesmo quando erra, criticando-o em privado, mas ficando do lado dele sempre. É o que vou fazer agora.
Quero que saibam que aconselhei o meu irmão a não vir. A vinda dele vai reavivar o que começa a ser passado. E isso é o que menos interessa agora.
Espero que o bom senso prevaleça, a bem de todos.
Atentamente,
Quero que saibam que aconselhei o meu irmão a não vir. A vinda dele vai reavivar o que começa a ser passado. E isso é o que menos interessa agora.
Espero que o bom senso prevaleça, a bem de todos.
Atentamente,
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PS: Aproveito para pedir favor a v/excias. Se alguma vez acontecer um problema que me inclua, não quero que importunem o meu irmão. Os meus problemas sou eu quem resolve.
O tipo não presta, é sobrinho do Andarilho.
ResponderEliminarCorram com ele.
Caro JG,
ResponderEliminarAlheio aos factos, conte comigo para o que der e vier. É só dizer. Digo-lho com toda a alma porque sempre vi em si um Homem de bem. E isto basta-me.
Um abraço,
José Manuel Barbosa.